domingo, 2 de julho de 2017

DESFILE 7 DE SETEMBRO – COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Desfile 7 de Setembro – Colégio Nossa Senhora das Graças

Foto: Autoria desconhecida

O colégio Nossa Senhora das Graças nasceu sob a égide daquela que lhe empresta o nome, em decorrência da fé que os proprietários da instituição nela sempre depositaram e depositam.
Em 7 de Março de 1958, foi criada a Sociedade Ginásio Nossa Senhora das Graças, entidade mantenedora da escola, estando assim redigido o início do resumo dos Estatutos, publicado no Minas Gerais:

“Sob a denominação “Sociedade Ginásio Nossa Senhora das Graças”, fica constituída, nesta cidade, uma sociedade civil de caráter educacional e cultural, mantenedora do Ginásio Nossa Senhora das Graças e dirigida por um presidente, um secretário e um tesoureiro, respectivamente Prof. Murilo Pacheco de Menezes, Profa. Terezinha Hueb de Menezes, casados, brasileiros, e Salim Hueb, casado, sírio”.

Iniciada a tramitação legal, o grupo idealizador do projeto educacional optou por instalar-se no alto São Benedito, para isso adquirindo área na rua Veríssimo, 103. A construção precisaria ser acelerada, para acolher os alunos ainda no ano de 1958. Em 3 de Junho. do mesmo ano, iniciaram-se as atividades escolares propriamente ditas- por isso a data é o Marco na escola, coincidindo com o aniversário natalício do diretor-presidente: nos primeiros dias de Junho e Julho aconteceram as matrículas para o Curso de Admissão ao ginásio, com a construção em andamento. As aulas inicias do referido curso ocorreram em sala de aula ainda sem telhas, tal a premência do tempo e do espaço. Primeiro aluno.

Marcaram a fase inaugural do Colégio : a imagem de Nossa Senhora das Graças, recebendo os que chegam, e o sino de bronze, para os sinais de entrada dos alunos, ambos comprados em São Paulo por Salim Hueb.

Em 1959, realizados os exames de admissão, funcionaram as quatros séries do curso primário e a primeira série ginasial, esta em dois turnos.

A portaria nº 412, de 20 de Abril de 1959, autoriza o funcionamento condicional da escola durante quatro anos. Foram professores, em 1959: Hilda Barsam, Maria Aparecida Hueb da Silva, Laci Ferreira Sucupira, José Deusdará, Moab dos Reis Pereira, Murilo Pacheco de Menezes, Quintiliana Figueira e Shirley Aparecida Santana.

A portaria nº 615, de 14 de Novembro de 1962, veio “conceder reconhecimento ao 1º ciclo do ginásio Nossa Senhora das Graças”.

Em 1963, começou a funcionar a primeira turma do Curso Normal, enriquecendo de atividades a escola.

A instituição, a partir de 5 de Junho de 1970, passa a denominar-se Colégio Nossa Senhora das Graças, com a autorização de funcionamento do segundo ciclo, ratificando o Ato nº 5, de 15 de Dezembro de 1963.A portaria nº 5, de 30 de Julho de 1971, veio conceder reconhecimento ao 1ºe 2º ciclos do Colégio, tendo sido o Pré-escolar registrado através da Portaria nº 39, de 29/06/74.

Adquirida outra área , construído novo prédio da escola em tempo recorde (seis meses aproximadamente), através da Portaria nº 4, de 28 de Julho de 1971, a Inspetoria Seccional do Ensino Secundário de Uberaba autorizou a transferência da sede do Colégio da Rua Veríssimo, nº103, para a Rua Edmundo Borges de Araújo, nº 90.
Uma lembrança interessante: a primeira escola em Uberaba a adotar calças compridas para as alunas foi o Colégio Nossa Senhora das Graças, no início da década de 70. A ideia era tão arrojada que foi necessário enviar pedido de autorização aos pais, deixando como opção, o uso de saias.

Desde a sua fundação, o Colégio Nossa Senhora das Graças teve como símbolo a efigie de uma águia com o lema: “Ad altiora nati sumus” – “Nascemos para as alturas” -representando a disposição sempre presente de conduzir os alunos a caminho de formação integral cada vez mais ascendente, dentro de princípios cristãos.

A inquietação e dinamismo, que caracterizaram e caracterizam tanto a direção como o corpo docente, fizeram com que a escola não apenas investisse em suas promoções internas, mas participasse de eventos em nível comunitário.

Nas décadas de 60, mesmo um pouco antes, os desfiles de 7 de setembro, e dos jogos olímpicos, promovidos pela União Estudantil Uberabense, eram enriquecidos com a participação maciça dos alunos desse educandário: ficaram célebres os carros alegóricos (o primeiro, em 1959, representando Dom Pedro I e a República), como, por exemplo, um que trazia uma enorme pira dourada girante, tendo, fixa, em seu centro, uma estudante vestida de túnica, feita de recortes de metal, imitando moedas (tingidas de dourado), unidos por argolinhas de arame. Em outro desfile, foram construídas bigas romanas, puxadas por cavalos, conduzidos por alunos em vestimentas características. Uma grande honraria para o Colégio: foi encarregado de ornamentar o carro alegórico que, em 22 de setembro de 1979, comemorando as Bodas de Ouro de Dom Alexandre Gonçalves Amaral, conduziu, amparada por Dom Benedito de Ulhôa Vieira, Nossa Senhora da Abadia da Água Suja.

O Colégio Nossa Senhora das Graças foi o primeiro em Uberaba a formar uma fanfarra feminina, além da masculina, já existente. Na época, as duas fanfarras perfaziam um total de 120 componentes. O uniforme era vistoso: para os meninos, calça branca e blusão azulão, com faixas vermelhas, chapéu alto, azul, com penacho branco; para as meninas, saia vermelha, blusão branco, botas e chapéu brancos, no chapéu, penacho branco. Os penachos eram confeccionados com penas escolhidas de frangos, cedidas pelo Restaurante Pulenta. Os alunos eram treinados pelo Sr. Langerton e pelo prof. Ivan Batista de Andrade.

Houve fatos interessantes, ligados aos desfiles: certa vez, um aluno, João Roberto Rodrigues, passou a noite dentro de um carro alegórico, todo enfeitado, deixando apenas um visor para que ele o dirigisse (era um jipe coberto); de outra feita, estando em moda botas douradas, a equipe do Colégio confeccionou, para as balizas, botas de cano alto, em papel laminado, cobrindo cartolina, dando impressão do material sintético, muito caro na época.

Chamava a atenção, nos desfiles, além dos carros alegóricos, os vários pelotões especiais, inclusive os de balizas, fazendo evoluções com coreografias próprias.
Outras promoções e participações enriqueceram (muitas permanecem até os dias atuais) a história do Colégio, entre outras:

As festas Juninas, com quadrilhas, fogueiras e números folclóricos. Durante muitos anos, o animador das quadrilhas foi o Dr. Edelweis Teixeira, com seu chapéu de Cel. Jacinto.
As feiras de trabalhos artísticos, organizados com as alunas do Curso Normal, sob a orientação da Profa. Mirtes Bruno.

Feiras de Pesquisas e Criatividade (nas áreas de Comunicação e Expressão, Estudos Sociais e Ciências – sob a coordenação da Profa. Maria Aparecida Hueb da Silva. A primeira foi realizada em 1976, sendo inaugurada pelo casal Salim Hueb e Zulmira Correa Hueb.
Criação do Centro Cívico Escolar ” Murilo Pacheco de Menezes”, em 1976.
Missas de formatura, de Primeira Comunhão e em Ação de Graças por ocasião do aniversário do diretor e do Colégio. Como atividades complementares, têm ocorrido reuniões festivas, solenidades de entrega de diplomas e até bailes.

Realização de jogos intercolegiais e intercalasse, havendo grande quantidade de troféus de premiação em variadas disputas.

Participação do Colégio nas várias atividades da Paróquia de São Benedito, com as presenças constantes de Pe. Eddie Bernardes da Silva e Con. Vicente Ambrósio dos Santos.

Participação dos alunos no Concurso Literário ” Vinícius de Morais”, sob a coordenação da Profa. Vania Maria Resende, inicialmente nas Faculdades Integradas Santo Tomás de Aquino, posteriormente nas Faculdades Integradas de Uberaba, com grande número de premiações.

Os festivais anuais de Folclore: cada turma possuía um patrono ( da comunidade), encarregado de preparar número – o concurso premiava os primeiros colocados. Os números eram artísticos, vistosos e impressionavam pela beleza. A primeira apresentação folclórica ocorreu em 1977, substituindo a festa junina. O número vencedor foi ” O Folclore em Quatro Tempos”, do 2º colegial diurno, sob a coordenação da Profa. Maria Iraides Tosta Madeira.

Lançamento da Revista Bolando Comunicação (foram, aproximadamente 15 números). Cada uma delas trazia mensagem inicial do diretor, como apresentação, além de pensamentos nos rodapés.

Lançamento dos livros dos alunos, contendo poesias e contos: Vida G (e)ração, Reflexos, Segmentos abertos, vôo calado, Uberaba – Amor Maior, Geração, As Noites de Geração e Gravação e Ação. Lançamento são realizados com números artísticos e com presença dos alunos – autores autografando os livros. O primeiro, Vida G e ração, foi editado em 1980.

Gincanas culturais e esportivas, muitas delas com finalidade beneficente.

O já tradicional Concurso da Garota e do Garoto Gração, em animado baile, com presença de júri especializado, desfiles e coreografias com os candidatos, trabalho organizado pela Associação de Pais dos Estudantes.

Confraternização anuais de ex-alunos, promovidos pela Associação de Ex-alunos.
Nas décadas de 60, o Grêmio Estudantil desempenhou importantes atividades, tanto artísticas ou culturais, quanto esportivas e filantrópicas. Mais recentemente, duas grandes forças de apoio às atividades da escola situam-se na Associação dos pais e na Associação de Ex-alunos. Primeiros presidentes, respectivamente: Profa. Sônia Izabel de Souza Calabrez e Dra. Maria Conceição Nunes de Oliveira.

Uma outra implantação no Colégio Nossa Senhora das Graças, a partir de 1978: a adoção da disciplina Redação, em todas as séries, com professores especializados. A escola teve sempre, com preocupação, também, o cultivo da língua materna.
É muito numerosa a quantidade de ex-alunos que, tendo cursado os mais diversos cursos superiores, atuam, hoje, no país e no exterior, levando, com ,brilho, a marca da escola que frequentaram, muitos do pré-escolar ao 3º colegial, acompanhados, sempre, pela competência e estimulo da Direção e do corpo docente.

O Colégio Nossa Senhora das Graças mantém a proposta inicial de seus idealizadores, Murilo Pacheco de Menezes, Salim Hueb e Terezinha Hueb de Menezes: a promoção do aluno como ser humano, sem massificação, mas através de estímulos que sempre o fizessem crescer, como dizem as palavras de Michel Quoist: “Se você deixar de amar, deixa de crescer.

Se você deixa de crescer, deixa também de desabrochar em Deus porque amar é seguir o caminho de Deus, é encontra-lo”. E, ainda, crescimento em ambiente que continuasse a família, através de um relacionamento afetivo, mas respeitoso entre direção professores, pais e alunos.

O contexto familiar tem perdurado, através de elementos da família que atuam no Colégio, da quantidade de professores ex-alunos e do grande número de pais ex-alunos, o que mantém o círculo de proximidade e afeição.

A imagem de Nossa Senhora das Graças continua e continuará abençoando, de braços abertos, todos os que militam na escola e a frequentam: diretores, professores, funcionários, alunos e pais.


Fonte: Colégio Nossa Senhora das Graças           

Bar do Caixeta

Bar do Caixeta

Outra raridade (demolida), clicada por Marco Túlio Oliveira Reis (Túlio Reis).

Rua José de Alencar com a Rua Cap. Manoel Prata.         

Bar do Caixeta

Bar do Caixeta
 Esquina da Av. Capitão Manoel Prata com a Rua Jose de Alencar.
                                             
Que saudades dos fogos de artificio e fogueiras de São João… Do vidro de salsicha temperada que ficava no balcão. Do sorriso aberto e franco! De ali entrar com meu avô de cabelos brancos! Ah que saudades. Tempos que não voltam atrás, mas que poderiam estar pelo menos marcados a vista de uma construção preservada… Mas não! Uberaba não tem história e não se preocupa aqui com nenhum ponto turístico ou de referência. O que uma época escreve a outra apaga e a praça Rui Barbosa é a maior prova disso. Deveríamos começar a expor nossa historia no – aqui jaz a memória de um povo! Assim somos. Assim estamos.


 Maria Neli Borges Prata

SUA BÊNÇÃO, “GENTE FINA “


Parodiando o imortal Vinicius de Moraes, quero, pertinho do pseudo aniversário de Uberaba,a nossa sagrada terrinha, pedir à bênção de personalidades extraordinárias que, num passado glorioso e tradições mil, engrandeceram e honraram o nome da mais simpática, acolhedora, hospitaleira e charmosa cidade das Minas Gerais, a quase bi-centenária Uberaba:

À BÊNÇÃO – Mário Palmério, o maior e mais dinâmico propulsor do nosso progresso. Sem ele ,não sei se estaríamos no patamar que atingimos. Palmério com suas Escolas, “trouxe a montanha a Maomé”...

À BÊNÇÃO – Fidélis Reis, uberabense de têmpera, desprendido, valente, lutador, inteligente, responsável por projetos espetaculares para o Brasil (vide ensino profissionalizante-SENAI- )e para Uberaba fundou a ACIU, SRTM, Banco do Triângulo Mineiro e outros beneficios mais.

À BÊNÇÃO – Gabriel Toti, Borges Sampaio, Hildebrando Pontes,Dr.Degenetes, historiadores que contaram , em verso e prosa, a saga e conquistas da santa terrinha.

À BENÇÃO – Orlando Ferreira (Doca), o mais corajoso, sério, sincero, perseguido jornalista de Uberaba em todos os tempos.

À BENÇÃO –Drs.Humberto Ferreira, José Humberto R.Cunha, Randolfo Borges Jr. , Inácio Ferreira, que levaram o nome da nossa medicina, em todas as especialidades para o Brasil.

À BENÇÃO- Avelino Inácio de Oliveira, Pedro de Moura e Glycon de Paiva, engenheiros geólogos responsáveis pelas primeiras prospecções em solo brasileiro e inicio da Petrobras.

À BENÇÃO- Augusto César Vanucci, melhor Diretor de TV, do Brasil, ganhador de prêmios internacionais, elevando a TV do país ao patamar mundial.

À BENÇÃO- Alaor Prata, deixando Uberaba para ser Prefeito do Rio de Janeiro, a “cidade maravilhosa” e eterna Capital da República.

À BÊNÇÃO- Joubert de Carvalho – um dos mais compositores brasileiros de todos os tempos:”Taí”, “Zíngara”,”De papo pro à”, “Maringá”, as mais conhecidas e cantadas até hoje.

À BÊNÇÃO- Antenógenes Silva, considerado por críticos internacionais o mais completo acordeonista do mundo. Autor de “Saudade do Matão”, música inesquecível.

À BÊNÇÃO- Chico Xavier, uberabense por opção e adoção, o maior “médium” espírita que se conheceu no Universo.

À BÊNÇÃO – Álvaro Lopes Cançado (Nariz), médico e,ao mesmo tempo, jogador da seleção brasileira, em 1938 e introdutor da Medicina Esportiva no Brasil.

À BÊNÇÃO- Pecuaristas- indômitos e valentes, que foram às Índias à busca da raça zebu e fizeram de Uberaba, a “capital mundial do zebu”.

À BÊNÇÃO – Demais uberabenses ilustres que se destacaram no panorama nacional e que esse pobre escriba, por falta de conhecimento, não os enumerou. São vários, tenho certeza, que dignificaram o santo nome da terrinha amada. Perdoem-me pela omissão involuntária.
Participando do bloco”Fico em casa”, no carnaval, amanhã eu volto.Abraços do”Marquez do Cassú”.  

Bilhete ao Major Eustáquio

    
Caro major,

Continuo contando-lhe as “novidades” da terrinha que o senhor fundou.Não posso e nem devo mentir , elas não são lá muito boas. De uns 20 anos para cá só tem “nego forasteiro” chefiando a cidade.Parece que as lideranças locais depois das mortes do Palmério e do Fidélis Reis , o afastamento do Rosa Prata e as mortes do Hugo, Randolfo, João Guido e o “Fuscão”, Artur e Jorge Furtado, se esconderam ( ou se acovardaram?) e não quiserem governar a terrinha que já foi chamada de “capital do Triângulo Mineiro”...

Os “forasteiros” então entraram no jogo, “deitaram e rolaram” no comando da terrinha. Praticaram todas as falcatruas que o senhor nem imagina... chegaram com “ uma mão na frente e outra atrás” e, hoje, estão milionários...Mansões de milhões de reais, fazendas com muito gado no pasto, dinheirão aplicado em nome de “laranjas” (“caras” que se prestam em prostituir-se por pouca coisa, sabe?...), viagens todo ano pelo mundo afora com a família e sempre aquele ar de “bonzinhos”...
“Compram” jornais e jornalistas para falar bem deles e de suas ações políticas e, coitado daqueles que tentam falar a verdade... são levados à Justiça...

Por sorte nossa, “seo” major , o senhor escolheu as barrancas do Rio Grande para “ancorar” a fundação da nossa cidade, senão... Alí, está a nossa salvação ! Vale Fertilizantes e anexos !

Falaram em gasoduto, planta de amônia,duplicação de rodovia (BR-262-), “inventaram” um “montão” de indústria, ZPE, mais de 20.000 empregos , até agora, nada !Nem noticia! Só conversa mole para boi dormir ! A propósito, o senhor aí do céu, ouviu falar , fomos “ a capital mundial do zebu”, né? Pois é, não temos mais a Copervale, perdemos os frigoríficos, fecharam os curtumes, a fábrica de tecidos faliu, a indústria calçadista perdeu mercado, diretorias regionais aqui instaladas da Caixa Econômica, Banco do Brasil, Receita Federal, INSS, CEMIG, entre outros órgãos que me lembro, estaduais e federais, mudaram de cidade.

Comenta-se que a terrinha tem 5 (cinco !) deputados federais, 2 (dois !) deputados estaduais; não me pergunte o que eles fizeram, até hoje, de produtivo para a cidade...Corre à “boca pequena” que trocaram o Delegado de Policia, a Delegada de Ensino, o Comandante do Batalhão e transferiram o fiscal estadual de renda que autuava sonegadores de impostos. Só...A própria imprensa “governista” informa que o débito a prefeitura supera os 300 milhões de reais !

Obras na terrinha formam uma verdadeira “sinfonia inacabada”: represa do rio Uberaba, Hospital Regional, avenida interbairros, BRTs, restaurante popular, término do projeto “água viva”.. são os que me lembro agora. Deve ter mais. Enquanto isso, o “oba-oba” nas rádios, jornais e TVs, continua.Críticas e denúncias de mal feitos na terrinha, nem com as súplicas de Chico Xavier...(só outro dia – depois de quase 10 anos- inauguraram, parcialmente, o memorial que leva o seu nome...)
Finalizando “seo” major, os uberabenses de verdade, pedem-lhe, de joelhos, que continue olhando pela terrinha. Ela é maravilhosa, acolhedora, protetora, simpática, alegre, de bom astral, coração magnânimo, misericordiosa, caridosa... o que atrapalha são os “políticos forasteiros” que tomaram ( e tomam ) conta dela..

Ah!”seo” major, ia me esquecendo, sabe aquela cerca de arame farpado, rombudo, que o senhor mandou construir do “pasto do Pereira”, até a fazenda do Manoel Mendes, separando as terras dos Rodrigues da Cunha e Tristão de Castro, à direita do córrego das Lages, das terras à esquerda do Jesuino Felicíssimo e Cássio Rezende? Aquela cerca voltou recentemente. De ferro fundido, arame cosido e hoje separa Uberaba em parte oriental e parte ocidental...Bom fim de semana, saudoso Major Eustáquio, fundador da “princeza do sertão” !

Luiz Gonzaga de Oliveira

Dr. Paulo Andrade Costa

Dr. Paulo Andrade Costa

   Ocupou o cargo, por determinação do Governador Benedito Valadares, fato comum nos municípios brasileiros, durante a década de 1930 até 1947.

Coincidentemente, em 22 de Fevereiro de 1936, Uberaba comemorava o centenário de sua emancipação política (elevação à Vila) e Andrade Costa além de realizar vários festejos em comemoração à data, inaugurou um marco comemorativo no córrego do Lajeado (próximo ao bairro rural de Santa Rosa), início do povoamento de Uberaba.

Aspectos relevantes no período de sua gestão:

– escassez de água e energia elétrica no município;

– elaboração relatório prevendo o aproveitamento das águas baixas do rio Uberaba pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito;

– fundação do Banco do Triângulo, com sede instalada na Rua Artur Machado (atual Calçadão);
– aumento considerável dos casos de tifo, ocasionado pelo saneamento precário na periferia da cidade;

Fonte – Arquivo Público de Uberaba

BAR DO LUIZ & MARCOS HOJE UM “PATRIMÔNIO” AFETIVO DE UBERABA

Marcos Nei Marinho; Sabino Haroldo Ferrari; Luiz Gonzaga de Oliveira - Foto: Antonio Carlos Prata.

Amigos do Bar do Luiz reuniu para uma grande festa em comemoração ao aniversário de 70 anos de Luciano de Souza Junior (Lulu).

Bar do Luiz e Marcos.Mauro Moraes; Saulo Kikuchi (Saulinho), Frederico Cabral de Meneses; José Eustáquio Borges (Taquinho), Mário Molinar; Ronaldo José da Silva; Lélio Cipriani (Lelinho), José Soares de Azevedo (Zé Neto Azevedo),Ivair Severo. Foto: Antonio Carlos Prata.


Bar do Luiz e Marcos Marcos Luíz Antônio Mutão, Sebastião Jorge Aidar - Foto: Antonio Carlos Prata.

Elcio Fontes lendo as notícias do colunista Alexandre Pereira "CÁ ENTRE NÓS" e
saboreando o melhor torresmo de Uberaba - Foto: Antonio Carlos Prata.





Luciano de Souza Junior (Lulu), Artur Bernardes Cecinio , Arnaldo (Banespa), Paulinho do "Prata", Giovanni Tiveron, Jayme Pereira da Silva, Yelesy , Luiz Mutão - Foto: Antonio Carlos Prata.

Raul Augusto, Luciano de Souza Júnior (Lulu), e Arthur Bernardes Cecinio. 
Foto: Antonio Carlos Prata.



Amigos do Bar do Luiz e Marcos. Comemoração de 70 anos,Luciano de Souza Júnior Júnior, (O Lulu da Marli) Élcio Fontes, Paulo, Juscelino Cunha, João Ricardo (Cadim), Sr.José (relojoeiro) Lélio Cipriani, Jadir Costa. Foto: Rúbio Marra. 01/03/2004.



Wagner Eustáquio de Carvalho (Waguinho) "Poeta da Cabaça" - Foto: Rúbio Marra - Década de 1990.


Ronaldo José da Silva, Eurípedes Ribeiro Almeida (Didi), Donato Neto Cicci (Neto) - Foto: Antonio Carlos Prata.

Professor José Neto. Foto: Antonio Carlos Prata.


Roberto Pinheiro e Luciano de Souza Júnior Júnior (Lulu) comemorando os 70 anos.

Jornalista Alexandre Pereira e Doutor Ronaldo Jose da Silva. Foto: Prata.
Carlos Alberto Saraiva, Luiz Carlos Saraiva e Laudgero Rocha Sobrinho. Foto: Prata.
Alexandre Scalon e esposa Lígia Del Nery Scalon. Foto:Prata


Pintura à óleo, 0,50x0,70 por Marta Kikuchi.

Retratando o "Bar do Luíz", dos dois irmãos, Marcos e Luiz, estão expostas no bar, na rua Governador Valadares, 350 (Centro). Fotografia e Produção Marco Boaventura.
Homenagem as pessoas mais populares e queridas de Uberaba.


Hoje um “patrimônio” afetivo de Uberaba comemora 41 anos. Em 17 de dezembro de 1978 os irmãos Luiz e Marcos Mutão abriram um Bar na rua Governador Valadares, 350. Vindos de distrito de Jubaí, Conquista, MG os dois conseguiram o prodígio de não fechar nenhum dia durante todo esse período. É ponto de encontro de amigos de longa data com cadeira cativa no local. No cardápio, o delicioso torresmo, o maravilhoso bauru e a coxinha incomparável, cerveja geladinha a simpatia e muitas histórias para contar. 

(Antônio Carlos Prata)


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Cidade de Uberaba

Instalação dos serviços automáticos na empresa Telefônica de Uberaba Ltda


Instalação dos serviços automáticos na empresa Telefônica de Uberaba Ltda

Fotografo: J. Schroden Jr.

Data: 30 de outubro de 1941

(Acervo pessoal da família Dr. José Mendonça)

Teatro Experimental de Uberaba

Teatro Experimental de Uberaba



O Teatro

Fundado em 21 de abril de 1965, o Teatro Experimental de Uberaba (TEU) foi fomentado por um grupo de pessoas e atores que fizeram teatro em Uberaba por muito tempo, dentre eles Maurílio Cunha Campos de Morais e Castro e Paulo Silva. O TEU funcionou na rua Alaor Prata, depois na rua João Pinheiro e na década de 80 a Prefeitura de Uberaba cedeu o prédio da Padre Zeferino para o TEU.

Em 2003 aconteceu a primeira reforma e adaptação do teatro na rua Padre Zeferino, onde foi denominado "Augusto César Vanucci" e o auditório recebeu o nome do fundador do grupo TEU, Maurílio Castro.

O teatro possui arquitetura do século XX e tem capacidade para receber 140 espectadores. Em 2010 o teatro passou por obras abrangendo desde a pintura externa e interna do prédio até reforma nos camarins, banheiros, reforma na sala administrativa, que passou a ser um espaço dedicado a ensaios, com armários para os grupos e ar condicionado.

O espaço de ensaios está aberto para os grupos artísticos, principalmente para o segmento de artes cênicas, bastando apenas agendar horário. O teatro também estará disponível para eventos de grupos e da comunidade, além de sediar eventos promovidos pela própria Fundação Cultural. Dentre estes projetos está o TEU Show e TEU Jazz, que acontece toda quinta-feira, a partir das 19h30, e “Aos Mestres com Carinho”, homenageando um artista importante da música popular brasileira.

O Teatro Experimental de Uberaba conta com um equipamento de som com 350 wats de potência, mesa digital, além de um projetor de última geração com 2.500 ansi-lumens e uma tela de 200 polegadas.


O TEU conta com uma programação bem diversificada, com sessões de cinema, apresentações de espetáculos teatrais e musicais.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba

Cine Teatro São Luiz

Cine Teatro São Luiz - Década de 1930
Cine Teatro São Luiz - Década de 1930

Cine Teatro São Luiz - Década de 1900

Foto: Marcellino Guimarães


Cine Teatro São Luiz – “A arte dramática, no Triângulo Mineiro, escreve o Dr. Hildebrando Pontes (Almanaque Uberabense, de 1907), teve como iniciador o Padre Zeferino Batista do Carmo, que era, também, um brilhante compositor, apaixonado pela música. Grupos de amadores improvisavam palcos nas ruas e nos quintais. Em 1862, diz o nosso ilustre e saudoso historiador, no referido trabalho, fundou-se nesta cidade a ‘Companhia Dramática Uberabense’, tendo como sócios, entre outros, João Pedro de Antióquia Barbosa, Major Antônio Cesário da Silva e Oliveira, Tenente Maximiniano José de Moura, Fernando Vaz de Melo, Dr. Henrique Raimundo Des Genettes, Tenente Venceslau Pereira de Oliveira. Formando o capital de CR$. 2.250,00, com ações de CR$. 50,00, adquiriu dos herdeiros do Major Salvador Ferraz de Almeida o terreno onde, hoje, se ergue o Cine Teatro São Luís, à Praça Rui Barbosa. Muito auxiliado pelo Sr. Elias Martins Marques, que contribuiu com a quantia superior a CR$. 600,00 (naquela época…), construiu o teatro, que foi inaugurado em maio de 1864, por ocasião da Festa do Divino. O ‘Pano de Boca’, feito pelo tabelião Luís Beltrão de Sousa Fleuri, inspirado pelo Cel. Carlos José da Silva e por Francisco Rodrigues de Sousa, representava o acontecimento que deu a esta região o nome de ‘Farinha Podre’. Depois de algumas séries de espetáculos, o teatro ficou abandonado, em 1871.

O Dr. Henrique Raimundo Des Genettes (o fundador da imprensa do Triângulo Mineiro), com um grupo de amadores (Antônio Pereira Magalhães, Tenente Venceslau Pereira de Oliveira, Galdino Soares Pinheiro, Zeferino Borges Sampaio e outros), conseguiu reerguê-lo. Houve novo ‘Pano de Boca’, pintado pelo uberabense Cândido de Cássia e Oliveira (Cândido Pintor) que, na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, alcançara medalhas de ouro e prata: representava a ‘Passagem do Humaitá’. Depois de um período de vida brilhante, o teatro caiu novamente em abandono, arruinando-se. O teatro passou por diversas transformações e modificações. (…) Em 1903, o Major Anthero Ferreira da Rocha, Agente Executivo, mandou reconstruir inteiramente o teatro, gastando grande quantia. (…) Finalmente a Lei Municipal nº 529, de 08 de maio de 1926, autorizou ao Sr. Agente Executivo a conceder a Orlando Rodrigues da Cunha e Dr. Olavo Rodrigues da Cunha, para a construção de um teatro nesta cidade, o terreno situado na Praça Rui Barbosa, onde existia o Teatro São Luís” (MENDONÇA, 1974, p.53-55 ). Fundado em 1930, sob a razão social de Orlando Rodrigues da Cunha e Cia Ltda, reunido em cotas os senhores Antônio Martins Borges e Agenor Fontoura Borges, a firma imediatamente deu início à construção do Cine Teatro São Luís, à Praça Rui Barbosa, confiando aos construtores Santos Guido, Cunha & Cia. Ltda. Finalmente sua inauguração se deu em 25 de maio de 1931.”

Fonte: Arquivo Público de Uberaba

RUA GOVERNADOR VALADARES (ANTIGA RUA SALDANHA MARINHO)


Década de 1930


Foto:Autoria desconhecida

Começa na rua Artur Machado e finaliza na rua Vital de Negreiros. É atravessada pelas ruas Senador Pena e Três de Outubro*. Antes desta rua, dá nascimento, à direita, à rua Treze de Maio e antes da Senador Pena, a rua Dr. João Pinheiro. É atravessada em ponte de madeira pelo córrego do Comércio, pertencendo até aí, ao Alto dos Estados Unidos e além, ao do Fabrício. Tem passeios e sarjetas no trecho compreendido entre as ruas Artur Machado e Senador Pena.

Em 1855, se conhecia pelos nomes de rua do ‘Mamede’, da ‘Palha’, como ainda hoje se conhece, e do ‘Pedro Panga’. O trecho entre a rua Artur Machado e a ponte chamava-se ‘beco do João Alves’.
A Comissão da Nomenclatura de 1880, deu-lhe a denominação de ‘Santa Rita’, fazendo-a partir da ‘Antiga rua da esquina do Matadouro até a casa última adiante da Igreja Santa Rita’ […].
O tenente coronel Antônio Borges Sampaio, no seu projeto, dividiu-a em três, a saber: ‘Imperador’ (a atual Saldanha Marinho), ‘Imperatriz’ (a atual Alaor Prata) e ‘São Francisco’ (a atual Sete de Abril). Cêrca de quatro anos antes de 1900, chamava-se rua ‘Marechal Deodoro’ e, daí para cá Saldanha Marinho.”

(PONTES, 1978, p.294)

(Arquivo Público de Uberaba)

NADA SURGIRÁ DE NOVO NA POLÍTICA, SE ESCOLHERMOS OS MESMOS NOMES DO PASSADO



Confesso a vocês que sempre fui um botequeiro inveterado. Aliás, difícil um jornalista ou radialista de verdade, não gostar de uma cervejinha, uma cachacinha ou outra bebedinha de dose. É no boteco que se sabe das coisas, da política, do esporte, quem está ganhando dinheiro, quem “ta dando”, ou quem está na “pior”. No boteco a gente ouve as piadas mais novas (alô Toinzinho !), conquista-se grandes amizades, inicia-se bons negócios e por que não, amplia seus conhecimentos em todos os sentidos. Gente de comunicação que não freqüenta boteco pelo menos uma vez por semana, ou só dá noticias “oficiais”, ou tem bons informantes que frequentam os botequins da fofoca… Fora disso, não há salvação. O “Bar da Viuva”, faz falta? Faz. O Bar do Antero” que foi para os ares na mais horrível tragédia já acontecida em Uberaba, faz falta ? E como… Verdade que o “Bar do Geraldão”, apesar do esforço do Mura, tentou manter a tradição. Infelizmente… Sinto saudade do “Bar Guarani”, dos irmãos Camanho, encravado ali entre o “Bar Marabá” e o Metrópole. Cerveja prá lá de gelada… 

Quem não se sentou nas cadeiras do “Tip-Top”, no térreo do prédio da ACIU. Lembram-se dos famosos aperitivos do “Buraco da Onça”, anexo ao cinema ? A fidalguia do Romeu e a alegria do “Cebolinha”? Diga-me: quem não “aperitivou” no “Bar do Ézio”, grudado no cine “Vera Cruz”, engraxou sapatos com o Jairão e fofocou derrotas do Uberaba e vitórias do Nacional? Quem não jogou sinuca no “Bar Garimpense”, na esquina da praça Jorge Frange com rua São Benedito? Lembram-0se do arrozinho de fogão de lenha e bife mal passado do “Bar do Sarí”, colado no posto de gasolina do Geraldo Salge… E a galinhada do “Bar do Dica”, ponto de encontro dos veados, putas, boêmios e notívagos? E o torresmo do “Geraldo Pé de Porco”, no Parque das Américas? Quem não deu uma parada, madrugadão afora, no “Bar Nakamura”, rival do “Dica” em matéria de boemia… Aliás, boêmio nenhum deixou de “devorar” o sanduíche de pernil, do “Bar Tabú”, esquina da praça Frei Eugênio com a famosa rua São Miguel, o mais tradicional ponto do puteiro do Brasil Central.. Que saudade eu tenho do pastel do “Bar do Yassú”, na Tristão de Castro.. Fico, até hoje, com água na boca… No bairro dos Estados Unidos, o “Bar Chaparral”, marcou época. No Fabricio, a saudade é do chopinho amigo do “Bar do Arquimedes”. No “Badião”, o “Bar do Omar”, bem na esquininha da praça com a rua Conde de Prado, virou o “Zero Gráu”, recentemente “falecido”… Ainda no São Benedito, o “Skinão”, o “Estrela Dalva”, o “Costelão do Alexandre”. Paixão não, mas, êta saudade ! Nas Mercês, dois bares deixaram ternas lembranças : a do “Stival”, na praça D.Eduardo e do “Zé do Kelé”, inicio da avenida da Saudade. Na Boa Vista, o “Bar do Waltinho”. Esquina da João Pinheiro com Elias Cruvinel, resiste ao tempo.


Agora, para os sessentões e um pouco mais, o “Bar do Mosquito”, encravado na Manoel Borges, entre a praça Rui Barbosa e rua Major Eustáquio, foi o grande ícone da boemia do século passado. O bar não tinha portas, aberto 24 horas, recebia pretos, brancos, mulatos, homens, mulheres, jogador de cartas, de futebol, rico , pobre, bem vestido, maltrapilho. Puta ou madame, os donos Mosquito e Marinho, recebia todos. Sem distinção. Se para um cafezinho, refeição, lanche ou um simples bate-papo. O bar marcou também por uma frase estampada bem à frente do balcão :”É melhor ter um cachorro amigo, que um amigo cachorro”. Alguém duvida da frase? Viajo neste final de semana. Darei “folga” a vocês.



Luiz Gonzaga de Oliveira

Farmácia São Sebastião completa 140 anos de fundação em Uberaba

Farmacêuticos da farmácia São Sebastião 


Antigos Frascos de Vidro de Farmácia   
Fundada em 1877, a Farmácia São Sebastião completa hoje 140 anos de manipulação de medicamentos em prol do bem-estar e da saúde da população de Uberaba e região. O diferencial da primeira farmácia a manipular ervas medicinais, preparar medicamentos e pomadas em Uberaba é ser dirigida por farmacêuticos altamente capacitados, sem esquecer de atualizar técnica e formas de atendimento, criadas pelo mundo globalizado.
Segundo a farmacêutica Teodora Dalva Guimarães Costa, da 5ª geração de profissionais que dirigiram a Farmácia São Sebastião, o fundador foi Sebastião Costa Teles, farmacêutico formado em Coimbra. “Ele veio para Uberaba em 1877 e fundou a farmácia na rua Manoel Borges, onde atuou por mais de 30 anos. Existiam pouquíssimas farmácias na época. Toda a história veio de Portugal, o título, o santo protetor e o Dia do Farmacêutico. Não foi uma mera coincidência, mas algo programado pelo fundador”, frisa.
Após 120 anos na rua Manoel Borges e com a dificuldade em fazer o tombamento do prédio histórico, foi preciso mudar a Farmácia São Sebastião de endereço. Porém, Teodora conta que a tradição nunca foi passar o negócio aos descendentes, mas, sim, a de sempre transmitir a direção da farmácia para outra geração de farmacêuticos, herança que é mantida com muita seriedade até hoje. Seguindo os preceitos do fundador, Ana Maria Pires, Izabel Maria de Morais, José Roberto Ramos e Teodora Dalva Guimarães Costa são os profissionais farmacêuticos que atendem na Farmácia São Sebastião, atualmente localizada na rua João Pinheiro.
Teodora explica que a tradição também não é mera formalidade e tem fundamento. “Para falar a verdade, farmácia tem que ser de farmacêutico. É uma aberração ter fugido dessa linha, permitindo que farmácias fossem dirigidas por proprietários leigos, porque farmácia é um estabelecimento de saúde”, destaca a profissional. Para ela, o contato com o profissional farmacêutico é o que traz maior segurança nas orientações sobre o uso e a interação dos medicamentos prescritos pelos médicos.
A farmacêutica e 6ª proprietária, Ana Maria Pires, ressalta também que outro diferencial é manter o trabalho com a mesma qualidade e eficiência de sua fundação, preço diferenciado, canais de atendimento pelas redes sociais Facebook, WhatsApp e Instagram, e ainda seguir as tendências e tecnologias do mercado atual ao oferecer manipulação de fórmulas dermatológicas, fitoterápicas e florais, veterinárias, nutracêuticos, ortomoleculares e suplementos dietéticos e desportivos.

Site:http://business.google.com/website/farmacia-sao-sebastiao-ltda/

Thassiana Macedo 

 20/01/2017


DR. JOÃO MODESTO DOS SANTOS FOI UM DOS NOSSOS MELHORES TROVISTAS, REPENTISTAS E POETAS

Dr. João Modesto dos Santos foi um dos nossos melhores trovistas, repentistas e poetas. Formado em Odontologia, só trabalhou na Regional de Saúde, onde atendia com especial zelo e carinho, principalmente os mais humildes. Mas João Modesto gostava mesmo era de compor, fazer versos, “bater papo”, viver à sua maneira. Casado, 2 filhos, figuras conhecidas na cidade. Final de tarde , raro o dia em que não estava a bebericar no “Tip-Top”, “Buraco da Onça”, ou “Guarani”. João Modesto fazia daquele trecho da Leopoldino seu trecho favorito do “amassa barro”. Certa vez, precisou de um empréstimo bancário e recorreu ao amigo Zico Sotero, do “Banespa”. O amigo pediu-lhe o cadastro. Surpreso com o pedido, João Modesto não se fez de rogado e lascou pronta resposta em rápido improviso. –“Toda riqueza singela do meu rancho ao pé do morro – é um cacho das tranças dela – meu violão , meu cachorro”. O empréstimo, claro, não saiu, mas a cidade inteira tomou conhecimento do antológico verso. Apreciador da boa cachaça, não dispensava , antes dp primeiro gole, a cuspidinha no chão, era para o “santo”, dizia. No auge do bar do “Polenta”, na rua João Pinheiro, costumava reunir-se com o Morais, Saul Perácio, Cacildo Assunção, Zé Coelho e Tércio Camargo. Num final de tarde, lá reunidos, viu entrar sorridente e faceira, gingando as cadeiras, cabelos esvoaçantes, devidamente acompanhada, aquela beleza de morena! Mal estar geral. Na “roda” tinha alguém que, ainda recentemente, teve “cacho” com a morena… João Modesto pediu permissão ao amigo, tomou de um pequeno guardanapo, lápis à mão, escreveu o versinho endereçado à mocinha e assim escrito:

Ora viva quem merece Que eu também já mereci Você hoje rói a casca Da fruta que já comi

O acompanhante leu o bilhetinho e foi o bastante para levantar-se e ir embora. Sem olhar prá trás…..

Desnecessário dizer que o resto da noite, regada à cerveja, foi patrocinada pelo amigo do Dr. João Modesto, já que teve a “honra lavada” com versos tão preciosos…


Luiz Gonzaga de Oliveira

HISTÓRICO – RUA JOÃO PINHEIRO – UBERABA

Rua João Pinheiro 

                              Rua João Pinheiro no centro da cidade próximo ao Correio e Telégrafo.                              
Foto - Autoria desconhecida - Data: 1938

Rua João Pinheiro, em 1952, próximo a rua Espanha. Foto tirada de cima pontilhão.
 (Acerco pessoal de Ernani Ferreira).

“Começa na rua Saldanha Marinho e finaliza no campo além da Vila Carlos Machado que fica à direita. É atravessada em ponte de arco de tijolos pelo córrego do Pontilhão e pelas ruas Doutor João Caetano, Padre Zeferino e Padre Francisco Rocha. Nela finalizam à esquerda, a rua Silva Jardim ou Santo Eustáquio; e à direita, parte da rua Engenheiro Cândido Gomide, acima das oficinas da Companhia Mogiana. É asfaltada da rua Saldanha Marinho ao cruzamento da Padre Zeferino e daqui para cima apenas sarjeteada até a rua Padre Francisco Rocha. Pertence aos altos do Fabrício e da Estação. É uma das ruas mais antigas de Uberaba. Teve diferentes nomes conforme as pessoas distintas que a habitavam. Assim, foi a rua dos ‘Lemes’, do ‘Vieira’, do ‘Firmino’, etc. Em 1855 se conhecia pelo nome de ‘rua dos Inglêses’, logo depois’ rua da Pinga’, como ainda hoje se diz.

A comissão recenseadora de 1880 encontrou-a com o nome de ‘Antiga rua da Pinga’, e deu-lhe o de ‘rua das Flores’, que’ em 1908, se mudou, oficialmente, para rua Doutor João Pinheiro. De futuro, esta rua será prolongada pelo quarteirão entre as ruas Saldanha Marinho e Vigário Silva, ligando-se à rua Major Eustáquio.

Êste melhoramento, cuja execução já tarda, virá descongestionar o trânsito da rua Artur Machado entre as estações férreas da Mogiana e Oeste de Minas.” (PONTES, 1978, p.285).
“A atual Rua João Pinheiro começa na Avenida Leopoldino de Oliveira e finaliza no Conjunto Habitacional Morada do Sol.”

Quem foi João Pinheiro

“João Pinheiro da Silva nasceu em Serro (MG) em 1860.

Era filho de Giuseppe de Ignataro.

Depois de cursar dois anos de Engenharia na Escola de Minas de Ouro Preto-MG, mudou-se para São Paulo e bacharelou-se em Direito.

Em 1886 registrou-se como ‘eleitor republicano’ e, por meio de jornais e clubes, passou a fazer propaganda do movimento pela mudança do regime.
De volta a Ouro Preto, como advogado prosseguiu o trabalho político e tomou a liderança do Partido Republicano.

Com o advento da República, João Pinheiro foi nomeado vice-presidente de Minas Gerais. Eleito deputado com boa votação, representou o estado natal na comissão constitucional de 1890 e 1891, mas logo desinteressou-se da política.

Só retornou à atividade em 1903, quando aceitou presidir o Congresso, Industrial e Comercial, que lançou uma nova política econômica para Minas Gerais.

Após eleger-se para o Senado em 1905, foi indicado pelo Partido Republicano Mineiro para a presidência do Estado de Minas Gerais no quatriênio 1906/1910. Assumiu o cargo com um programa de estímulo às áreas da Agricultura, Pecuária, Mineração, Transporte e Educação.

João Pinheiro morreu no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte em 1908, no exercício de seu mandato.

A morte prematura se interpôs no seu caminho à presidência da República quando era o candidato natural do situacionismo à sucessão de Afonso Pena.

Era pai do ex-governador Israel Pinheiro.” (PEDROSO, 1999)

(Arquivo Público de Uberaba)

sábado, 1 de julho de 2017

Rua Segismundo Mendes

 Foto:autoria:desconhecida – Década:1929

 Foto:autoria desconhecida - Década de 1920

 Foto:autoria desconhecida – Década:1920

Foto - 1           Rua Segismundo Mendes - Foto 2

“Começa na rua Santo Antônio e finaliza na praça Comendador Quintino. É atravessada em magnífica ponte de cimento armado pelo córrego das Lajes que separa, à margem esquerda, a colina da Matriz e à direita o alto dos Estados Unidos. Atravessam-na ainda as ruas Vigário Silva, Alaor Prata e Dr. Lauro Borges e avenida Leopoldino de Oliveira, às margens do referido córrego. É calçada a paralelepípedos em toda a sua extensão. Foi tentada de modo infrutífero a sua arborização entre as ruas Santo Antônio e Alaor Prata.

A rua Segismundo compõe-se de três partes distintas, a saber:

1ª a da antiga rua do ‘Mercado’, antes chamada das ‘Flôres’, com extremos entre a rua ‘Alaor Prata’ ao fim da ‘Sete de Setembro’. O trecho da mesma entre a Rua Alaor Prata e a Praça Comendador Quintino, na nomenclatura de 1900 se dividiu em ‘rua’ e ‘ladeira’, ambas com a denominação Brasil. Em 1916 a Câmara Municipal mudou esta denominação para rua ‘Dr. Lauro Borges’; 2ª teve esta origem: em 1918, estando já aberta ao trânsito a ‘Rua Nova’ entre Alaor Prata e Vigário Silva, no prolongamento da rua Dr. Lauro Borges, só de casas construídas pelo coronel Eliezer Mendes dos Santos, o Govêrno Municipal deu às ladeiras do Mercado (ou do Forum) e rua General Carneiro, o nome do Dr. Lauro Borges. Assim, as ruas ‘Doutor Lauro Borges’ e ‘Nova,’ reunidas numa só, receberam o nome de Segismundo Mendes, filho daquele coronel.

Recentemente (1928), anexou-se a esta o trecho da nova rua aberta entre Vigário Silva e Santo Antônio*.

Lembra o nome do vereador e grande industrial uberabense, Segismundo Mendes dos Santos, falecido a 30 de outubro de 1918.” (PONTES, 1978, p.296).

Foto1: década de 1930

Foto2: década de 2012

Fonte: Acervo Público de Uberaba

RUA ALAOR PRATA - UBERABA

RUA ALAOR PRATA - UBERABA
         Rua Alaor Prata – Trecho entre a Rua Artur Machado e a Rua Segismundo Mendes (Centro – 1930)

“Começa na rua Artur Machado, e finaliza na praça Coronel Manuel Terra. Fica no alto Estados Unidos. É atravessada pela rua Segismundo Mendes. Foi a primeira a se asfaltar […].

Em 1855 denominava-se rua ‘Manuel Antônio’, posteriormente, do ‘Sobradinho’, de ‘Santa Rita’, abrangendo com êste nome tôda a atual Saldanha Marinho. Em 1880, tomou o nome de rua da ‘Imperatriz’ que conservou até 1900, quando mudou-o para ‘Bandeirantes’. Em 1929, sem lhes arrancar as respectivas placas passou a denominar-se ‘Comendador Quintino’.

Pela Portaria nº 74, de 02 de novembro de 1930, o Govêrno Civil resolveu mudar o antigo nome da rua dos ‘Bandeirantes’ para ‘Alaor Prata’, voltando o de ‘Comendador Quintino’ a denominar a praça em cujo centro está o Grupo Escolar Brasil, como dantes era. (PONTES, 1978, p.278).”

(Arquivo Público de Uberaba)

Quem foi Alaor Prata

“Alaor Prata Soares, nasceu em 17/06/1882 em Uberaba.

Era um dos 4 filhos do primeiro matrimônio de Major Melânio Feliciano Soares e Mathilde Prata Soares. Iniciou os seus estudos em Uberaba. Cursou Humanidades no “Colégio Uberabense”, dirigido pelo Sr. Manoel Joaquim Bernardes; e, em 1899, matriculou-se no “Instituto Zootécnico de Uberaba”, lá permanecendo até que o governo Estadual suspendesse, via telegrama, as atividades daquela Instituição de Ensino.

Em seguida, matriculou-se na “Escola Politécnica de São Paulo” tornando-se engenheiro geógrafo e civil, em 1906. Atuou na imprensa local, dirigindo os Jornais “O Triângulo”; e a “Gazeta de Uberaba”, periódico no qual assinava a coluna ‘Fonografadas’.

No “Lavoura e Comércio” respondia por ‘cartas’, sob o pseudônimo SAP, – iniciais do seu nome.
O seu bom desempenho acadêmico lhe rendeu um emprego na linha da Mogiana Estrada de Ferro, ramal Monte Alegre – Socorro, oferecido pelo governo paulista.

Retornou a Uberaba, em 1907, ocasião em que foi comissionado por um grupo de fazendeiros locais para buscar Zebu na Índia.

Naquele período, 1907-1908, centenas de reprodutores zebuínos deram entrada no Brasil, através do incentivo do Governo Mineiro, numa iniciativa das casas comerciais:

Político ativo, era filiado ao Partido Republicano Mineiro, iniciando a sua vida pública como Vereador Especial pelo Distrito de São Miguel de Veríssimo, em 01/01/1908, tendo integrado, naquela gestão, a Comissão de Obras Públicas. Atuou na Câmara até 21 de janeiro de 1909, data em que solicitou renúncia do seu mandato, alegando incompatibilidade com o seu eleitorado, mesmo que sob protesto dos seus pares.

Naquele mesmo ano, graças ao Coronel Artur Baptista Machado, foi indicado candidato à Câmara Federal, como representante de Minas. Deputado eleito, exerceu os seus mandatos no período de 03/05/1909 à 15/11/1922 e 03/05/1927 a 23/10/1930.

Abraçou causas do interesse de Minas, em especial a do Triângulo e de Uberaba.

Vencendo as dificuldades das importações, Alaor Prata foi capaz de obter aprovação das leis que estabeleciam auxílios e subvenções aos que por elas se interessam.

Afastou-se da Câmara Federal, para exercer o cargo de Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, no período de 15/01/1922 a 15/11/1926, cuja gestão foi caracterizada por reconstrução de finanças daquele Distrito Federal.

Foi Secretário Estadual da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais, no governo de Olegário Maciel, entre 7 de setembro a 26 de novembro de 1930. Além das produções para a imprensa local e nacional, Prata Soares publicou “Questões Pecuárias”, em 1919, uma pequena obra em defesa do Zebu, que vinha sendo muito combatido, naquele período, em todo o País; “Caso de telefones: mensagem do Prefeito do Distrito Federal”, Rio de Janeiro, 1923-1926; “Cartas Anônimas. Ao tempo da Ditadura”, Rio de Janeiro, sob o pseudônimo Erastro.

Em 1958, publicou “Recordações de Vida Pública”, um relato sobre as condições em que ele e seu antecessor exerceram o cargo de Prefeito do então Distrito Federal, o que considerou “invocação de irrefutável direito de defesa”.

Desportista, foi o 12º Presidente do Fluminense Futebol Clube, no período de 1936 a 1940. Assinou, em outubro de 1943, o Manifesto dos Mineiros, um movimento nacional, que defendia a redemocratização do Brasil. Afastando-se da vida pública, dedicou-se exclusivamente à atividade industrial, no ramo de tecido, fixando residência na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu, em 19 de setembro de 1964.”

(Arquivo Público de Uberaba)