segunda-feira, 5 de junho de 2017

2º Encontro de Judô Master - Centro Educacional e Desportivo Judô Oriente Uberaba - Minas Gerais




Randori Treino -   Sensei José Carlos, Sensei Moisés



Tranquilo Baliana sendo
homenageado



Foto oficial do evento Academia de Judô Oriente - Cemea Pacaembu - Cemea Abadia, Projeto Judô Adolfo Fritz e Academia Pinti.




Sensei José dos Reis - Presidente da Liga Triangulina de Judo ( LTJ)


Judô e a Velha Guarda

Nesta foto, da esquerda para direita

Osório, Wanderley Marques, Shihan Sansão, Sensei Tranquilo



Professores, alunos e ex-alunos


Judocas do Judô Oriente

Da esquerda para direita

 Adriana  Evangélica e sua irmã Bianca, Viviane,Shihan Irineu, Ana Paula e Leilane





Esq/direita;Shihan Sérgio Leite,Cirilo Salge,

                                         Shihan Irineu, Augusto Salge, judoca do presente                                         




Esq/direita: Afraninho, filho do Sensei Afrânio fundador do Judô Oriente,
 Sr Osório  Amigo do Sensei Afrânio, Sansão e Tranquilo Baliana             







Professores Shihan Sérgio Leite responsável pelo Judô Oriente e Shihan Irineu Leite responsável de alto rendimento da Liga uberabense de Judô

Giovanny Lima e Shihan Sérgio Leite 


Shihan Irineu Leite e Giovanny Lima      



                Membros da diretoria da Liga Uberabense de Judô (LUJ)
Tesoureiro; Renato, Presidente; Sensei Aquino, Vice Presidente; Paulo Regô




Shihan Sansão com o judoca do passado, José Ferreira 

Paróquia São Benedito (1961)


PROCESSO DE CRIAÇÃO  DA PAROQUIA

Antiga Matriz de São Benedito

Capela Provisória
Construção São Benedito

Missa de Inauguração


terça-feira, 16 de maio de 2017

Primeiros Filmes de Júlio Bressane



O REI DO BARALHO
Procedimento Ficcional


Guido Bilharinho







Já se tem dito diversas vezes e em inúmeras oportunidades, que a ficção (literária, cinematográfica e teatral) não se limita a estruturar e narrar estórias. Essa é uma de suas possibilidades, por sinal, a geral e quase totalmente utilizada, porque é a que agrada e se pensa ser a finalidade única e exclusiva do gênero.
         Mais ou tão importante ainda, restringindo-se à narrativa, é a maneira de se procedê-la. Normalmente, é efetuada convencional e linearmente e arquitetada com início, meio e fim, sucedendo-se os atos, capítulos e cenas em decorrência e/ou em continuidade uns dos outros.
         Em O Rei do Baralho (1973), Júlio Bressane mais uma vez foge desse esquema tradicional e repetitivo para, subvertendo e fragmentando a usual sistemática discursiva, conceber não simplesmente uma estória, mas, elegendo dada situação, apresentá-la em quadros distintos, selecionados de conformidade com sua importância e indispensabilidade para expor sentido e não meramente atos e fatos.
         Sucedem-se, então, conquanto em linha evolutiva cronológica, cenas e sequências formadas de flagrantes isolados entre si, porém, em seu conjunto e por força da sucessão temporal, compondo o quadro diegético.
         Nem se tem possibilidade de sintetizar o eixo narrativo, visto que ele, por si próprio e por natureza, já é essencializado e sintético.
         Loira alta e esbelta (Marta Anderson) apaixona-se por negro baixo e retaco (Grande Otelo), que se proclama o Rei do Baralho.
         O mais que se segue é constituído de mosaicos aleatórios, compostos de cenas de jogos de carteado, diálogos entre o casal, alguns propositadamente inaudíveis, bem como outros ocorridos entre personagens apenas silhuetadas.
         Cenas se repetem, além de muitas delas serem fixadas demoradamente. Não havendo sequenciamento de causa e efeito, ou seja, o acontecimento contemplado na tela não produzir consequências nem ter continuidade lógico-temática, a composição da narrativa é deferida ao espectador, que é obrigado a mentalizá-la e constituí-la de conformidade com sua capacidade intelectiva de extrair das situações apresentadas o sentido que possuem e sua significação no conjunto fílmico.
         Esse procedimento elaborativo exige igual esforço e capacidade do espectador. Não se lhe dá o alimento pronto a ser digerido, mas, apenas – o que é muito – os elementos/ingredientes com que se fazem ou se podem fazê-lo.
         Há de haver, forçosamente, atividade mental do espectador, sem a qual as imagens que lhe são exibidas não se revelam em suas possibilidades, naquilo que são e significam, isto é, aproximação e representação do real sem a intermediação facilitária do cineasta, simples cozinheiro nos filmes convencionais, que só carece, ele próprio, de também ingerir os alimentos artificiosos que produz, sem transferi-los (vendê-los) a outrem. O que, aliás, poderia fazer sem prejuízo de quem quer que seja. Muito ao contrário.
         Em decorrência disso, esse filme não é suscetível, à semelhança da maioria das demais obras de Bressane, pelo menos dessa fase, de ser exibido comercialmente a plateias habituadas, condicionadas, e mesmos viciadas, com o tóxico ficcional que lhes é comumente repassado.
         É bem capaz, como já aconteceu com a obra-prima A Regra do Jogo (La Règle du Jeu, França, 1939), de Jean Renoir, de se tentar até incendiar o cinema, embora o filme francês não apresente a radicalidade conceptiva de O Rei do Baralho.
         Merece ainda referência tópica, a circunstância das cenas de interiores revelarem-se escuras e as de exteriores assaz claras, ambas quebrando, significativamente, a comportada e rotineira técnica oposta.
         Também nunca se viu Grande Otelo tão sério, compenetrado e, felizmente, coloquialmente parcimonioso como nesse filme.

(do livro Seis Cineastas Brasileiros. Uberaba,
Instituto Triangulino de Cultura, 2012)

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Guido Bilharinho é advogado atuante em Uberaba, editor da revista internacional de poesia Dimensão de 1980 a 2000 e autor de livros de Literatura (poesia, ficção e crítica literária), Cinema (história e crítica), História (do Brasil e regional).
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(Obras-Primas do Cinema Brasileiro:
toda segunda-feira novo artigo -



(Brasil: Cinco Séculos de História:
toda quarta-feira novo capítulo -


sexta-feira, 12 de maio de 2017

SAUDADE

     Ah! que saudade eu tenho (deixa prá lá o Olavo Bilac...)Ai que saudade eu tenho dos “velhos 3 de maio” de anos passados... 3 de maio da inauguração da Exposição de Zebu que acontecia em Uberaba ...ai que saudade eu tenho quando via chegar á terrinha,o Presidente da República e sua enorme comitiva de Ministros,senadores, deputados, figuras exponenciais do Brasil...ai que saudade eu tenho, quando antes da chegada da elite presidencial, o aeroporto estava apinhado de prefeitos da região,deputados estaduais,estudantes de todas as classes, à espera do Governador do Estado, outros governadores que chegavam primeiro e ali papeavam até a “descida” do avião presidencial...Autoridades de Minas,S.Paulo,Rio, Mato Grosso,Goiás...era tanta gente importante.Da grande imprensa nacional, nem se fala...

   Ai que saudade do parque “Fernando Costa”,”cheiinho de gente”.Familias e mais famílias com suas “crias”; netos, amigos, conhecidos, parentes, uma festa empolgante, sem precedentes.Ai que saudade eu tenho de ouvir as marchas marciais da banda do 4º.Batalhão, nos intervalos, as fanfarras dos colégios S.Bené,N.S.das Graças,Diocesano, enfeitando,musicalmente, aquelas manhãs e tardes inesquecíveis...Ai que saudade eu tenho emocionado, assistir os malabarismos aéreos da “Esquadrilha da Fumaça” e o roncar ensurdecedor daqueles pássaros metálicos cruzando os céus de Uberaba em arriscadas evoluções, soltando rajadas de nuvens coloridas e o delírio de um público entusiasmado com festa nos ares tão bonita !...Ai que saudade eu tenho aplaudindo o espetáculo grandioso da “Banda dos Fuzileiros Navais”, do Rio de Janeiro, desfilando, garbosamente, tanto no parque, como nas ruas da sagrada terrinha...Ai que saudade eu tenho dos discursos inflamados dos nossos oradores, enaltecendo a pujança do gado na Exposição e a liderança de Uberaba no cenário da pecuária nacional. Ai que saudade eu tenho de ver dezenas e dezenas de delegações estrangeiras, algumas com seus trajes típicos,passeando no parque...realizando negócios,fortalecendo a economia citadina...Ai que saudade eu tenho das memoráveis tardes de “rodeio”,peões de todo o Brasil , a voz marcante do animador Elias Tavares e as “tropas” dos saudosos irmãos Murilo e Pilinha Tibery...Ai que saudade eu tenho dos leilões naquele acanhado “tatersal”, ao lado do palanque oficial...Vaca valendo prata, touro valendo ouro e dinheiro saindo pelo escoadouro...Ai que saudade eu tenho dos “shows” noturnos, a céu aberto,palanque servindo de palco,gramado lotado de gente,vendo Roberto Carlos,Zeca Pagodinho,Trio Parada Dura,Daniel, Leonardo,Fábio Jr, Ivete Sangalo, Rio Negro e Solimões,Wanderley Cardoso... nossa! Só gente boa, cantores sensacionais !Ai que saudade eu tenho do “Baile do Presidente”,no Jockey da praça Rui Barbosa (Presidentes pernoitavam na terrinha e compareciam ao baile...),JK,dançando com as mocinhas da cidade..Ai que saudade eu tenho do “Baile do Governador”, no Uberaba Tênis ( era tradição o Governador dormir na terrinha) e presença certa na festa ! Ai que saudade eu tenho em ler nos grandes jornais brasileiros(Rio,SP,BH,Goiânia,Brasilia),noticias da Grande Expozebu, de Uberaba.Admirar as fotos-reportagens das revistas “O Cruzeiro”,”Manchete”,”Fatos e Fotos” daquela época; depois,”Veja”,”Época”,”Isto E”, divulgando Uberaba! Ai que saudade eu tenho em ver estampada na imprensa nacional, a foto da “Rainha da Exposição de Uberaba”. Era o máximo !Cada mulher bonita, que só vendo...Ai que saudade eu tenho, lembrando o parque “Fernando Costa”,abrigando gente de todo lado,vários idiomas, afinal, o 3 de maio, era a abertura da Exposição, orgulho maior do uberabense ! “Isso,aconteceu ontem ! Hoje? deixa prá lá...

P.S.- amanhã, volto a historiar o Uberaba Sport Club. Desculpem-me pela “quebra da sequência”.O 3 de maio do uberabense merece...ou não ?

Luiz Gonzaga de Oliveira

O SONHO DE UM ESTÁDIO


Início da construção do  estádio Uberabão - Foto:Autoria desconhecida 
Década:1960

    Foram mais de 5 anos de total abandono. Edgard, saiu. Outros entraram.Presidentes se sucederam e o “buracão”,lá.Inerte.Semi-morto. Ao seu redor, ruas e avenidas asfaltadas, eram abertas.Ricas e modernas edificações surgiam. Florescia a “Vila Olímpica”! E aquele enorme “fosso”incrustado numa área de promissor progresso.Não se ouvia mais o roncar trepidante dos tratores em serviço, o estourar das bananas de dinamite, transformando em pesadas rochas de “pedra sabão” que, só mais tarde, anos depois, soube-se tratar de valiosos fósseis da era jurássica.Não se comentava e nem se estudava ainda com a assiduidade dos dias atuais, da importância que “aquelas pedras brancas que escorregam como sabão, daí o nome”...no estudo da paleontologia...Dinamitadas,ninguém sabe o destino que a elas foram dadas...

   O“buraco”permanecia. Enquanto isso, a “oposição” com a renda da gravação do hino do clube, realizava uma tímida reforma nas dependências do lendário estádio “Boulanger Pucci”.O “esqueleto” no pasto do “Pereira”,clamava por solução.Muita obra iniciada , muito mais obras para serem realizadas. Passivamente, a sagrada terrinha, nem dava “bola”...

   Em 1967,ano do cinqüentenário do Uberaba,na festa de entrega dos troféus “melhores do ano” de Uberaba, o restaurante do “Palace Hotel”,estava literalmente tomado por convidados e homenageados, entre eles, o prefeito João Guido.Jorge Zaidan,presidente da Associação dos Cronistas Esportivos de Uberaba-ACEU-,uma das maiores expressões do rádio jornalismo regional, no discurso aos homenageados,ao final, lançou um patético e oportuno apelo:

-“Prefeito,por amor a cidade, pelo nosso futebol,pela grandeza do nosso esporte, conclua as obras iniciadas do estádio do USC que estão há anos paralisadas, torne o estádio municipal e a cidade lhe será eternamente grata”! Empolgado pela saudação do líder do jornalismo esportivo da cidade, João Guido não titubeou e lançou o desafio:-“Se houver a doação da área, todos nós trabalhando em conjunto e nenhum uberabense vendo apenas a “banda passar”, terminarei o estádio”! Delirio na platéia! Aplausos e vivas vindos de todos os cantos do salão.

Edgard ainda detinha a escritura do terreno,não vacilou um instante sequer.De pronto, com altruísmo,cidadania e boa vontade, doou –o com uma condição:ver o estádio concluído. Obras reiniciadas imediatamente.João Guido,elegeu-se deputado federal.Randolfo Borges Jr.continuou.Arnaldo Rosa Prata,prefeito eleito, deu dinâmica sequência à conclusão da obra, faltando apenas o fechamento da “ferradura”,voltada para o centro da cidade.

Em 10 de junho de 1972,com a seleção tri-campeã do mundo e a seleção olímpica dos novos,o estádio, com capacidade para 30.000 pessoas, quando inteiramente concluído,era inaugurado.O nome dado ao estádio foi uma homenagem àquele que reiniciou as obras,João Guido.Porém, o povo na sua eterna sabedoria , o país vivendo momentos de euforia, onde tudo era “grandão”,não fez por menos,apelidou o estádio de “Uberabão”.São passados 45 anos !

Glórias à Edgard Rodrigues da Cunha, João Guido,Randolfo Borges Jr. e Arnaldo Rosa Prata.O primeiro,presidente do Uberaba,iniciador do projeto.Os outros 3, prefeitos da terrinha.
Desde a inauguração do semi-acabado estádio, nenhum prefeito, nos últimos 45 anos, mandou assentar um só tijolo para a conclusão das obras...Triste,né?

Luiz Gonzaga de Oliveira

INAUGURAÇÃO DO “ UBERABÃO “

 
Foto: Paulo Nogueira    


Dez horas da ensolarada manhã do dia 10 de junho de 1972.O aeroporto da terrinha soltando “gente pelo ladrão”, a espera da chegada do Boeing ”737”, que trazia a seleção brasileira de futebol, tricampeã do mundo e a seleção olímpica que fizera apaga figuras nos Jogos Olímpicos daquele ano. Vinham inaugurar o “ “Uberabão”, apelido dado ,carinhosamente, ao estádio municipal “João Guido”,nome oficial daquela praça de esporte.A auto-estima do uberabense estava que era pura adrenalina. O “Uberabão”,depois do “Mineirão”, em BH., era o melhor estádio de Minas Gerais. Gente, quanta alegria coberta de satisfação! Nem imaginam !

   Foram mais de 10 anos de luta,de expectativa, de decepção,de alegrias, trabalho, trabalho árduo, diga-se, por parte do Uberaba Sport,liderado pelo seu então presidente, Edgard Rodrigues da Cunha, conhecido advogado e professor universitário, industrial de méritos e próspero fazendeiro.Edgard,sonhou alto, tentou dar ao seu clube e a cidade, um estádio monumental. Faltou-lhe, infelizmente, o apoio da cidade e seus líderes. Fazer o quê? Despreendido, doou a área, aquele enorme “buracão”, parecido com as históricas arenas romanas, ao município para que o seu sonho não fosse consumido pelas trevas...

   O “elefante branco” como certa parte da imprensa local, se referia ( na terrinha sempre existiram os do “contra”...)ao inacabado estádio, no “pasto do Pereira”, estava ganhando contornos de realidade.

João Guido, Randolfo Borges e Arnaldo Rosa Prata, “peitaram” a obra , encarregaram-se de encher de orgulho , a alma do uberabense. Ainda “em meia boca”, o estádio seria inaugurado. Belo gramado, arquibancadas (uma parte coberta) , vestiários, cabines de rádio e TV, tribuna de honra, bares, sanitários, áreas essenciais para sua pronta inauguração. Ficou faltando tão somente a conclusão da elipse (ferradura), fechando o estádio.

   No aeroporto, o governador de Minas, autoridades municipais e regionais, políticos de todas as matizes, além de jornalistas e radialistas de todo o Brasil.A ex-Rede Tupi de Televisão,à postos para documentar a chegada dos tricampeões do mundo e. à tarde, transmitir para o Brasil, o jogo de inauguração do “Uberabão”.Gerson,Brito,Piazza,Jairzinho,Rivelino( fez o primeiro gol do estádio), freneticamente aplaudidos , o mesmo acontecendo com os “olímpicos”,cuja estrela maior era Paulo Roberto Falcão.O “Uberabão”,super lotado.Ora,pois.

   Mas,a figura central,alvo de todas as atenções,era João Havelange,presidente a Confederação Brasileira de Futebol.Na cidade,receberia o título de “cidadão uberabense” pelos relevantes serviços prestados ao futebol brasileiro.Tão logo desceu do avião,atrás dos jogadores,comissão técnica,jornalistas e convidados,a emoção tomou conta do povão aglomerado no saguão e lado de fora do aeroporto.Era gente que não acabava mais.Só comparável quando das visitas de Getúlio e depois JK, na abertura das Exposições agropecuárias. Hoje...bem ... hoje... deixa prá lá...Espocar de fogos se ouvia por todos os cantos da terrinha.Escolares com bandeirinhas do Brasil,formavam extensa fila por onde,obrigatoriamente, passariam os ilustres visitantes.Fanfarras dos nossos colégios e a Banda do 4ºBatalhão , esmeravam nas marchas militares. Emoção, gritos, palmas, vivas se ouviam por todos os lados...

   Foi nada não.O último a descer foi João Havelange.Elegante,bem vestido,sorriso discreto, pose de rei, o presidente da CBF,foi cumprimentado pela famosa “fila do beija-mão”.Quando entra no saguão do aeroporto,povão espremido como “sardinha na lata”,Havelange para.Olha fixo na porta de saída do recinto.Lá estava um homem alto,meia-idade,ralos cabelos grisalhos e que não fora convidado para formar na fila de cumprimentos.Havelange,esboça um largo sorriso, levanta os braços e chama:- “Meu querido Waldomiro Campos,venha cá.Quero lhe abraçar!’Atônitas, seguranças,autoridades,jornalistas,abrem alas e aquele senhor,semi obeso,de terno surrado e gravata velha,humildemente. dirige-se a Havelange e trocam na presença de todos, um fraterno abraço com direito a beijo no rosto...

  Waldomiro Campos, “Nenê Mamá”, na sua simplicidade , era a figura mais importante para o importante futuro presidente da FIFA! 45 anos são passados! Nunca mais Uberaba “viu”, de perto, a seleção brasileira!Uberaba, conhecida,”ao vivo”,pela TV-Uberaba, em todo o Brasil, nunca mais apareceu! O nosso futebol, que foi grande, está na UTI dos eventos esportivos!Uberaba, não viu mais nem Havelange, nem “Nenê Mamá”! Uberaba, até hoje,não viu o término do “Uberabão”! Uberaba,tristemente, não viu “ a banda passar”...


Luiz Gonzaga de Oliveira 

sexta-feira, 21 de abril de 2017

CAVALO TARADO...

Primeiro: Cristo crucificado
Segundo: Tiradentes enforcado
Terceiro: Brasileiro honesto, endividado...

A história é antiga. Bota antiga nisso...Rico fazendeiro (na terrinha tem muito...), além do gado de elite que criava, tinha verdadeira adoração por eqüinos. Cavalos de raça era sua verdadeira paixão.”Tropeiro”,”Pantaneiro”,”Mangalarga”,Mangalarga marchador”, enfim, onde tivesse um exemplar que o agradasse,” mandava ver”.Custasse o preço que fosse,o animal era seu.

Pastos bem cuidados,divisas com “cerca paraguaia”, postes branquinhos, alinhados simetricamente, dava gosto passear pelos campos verdejantes da bonita”Estância São Pedro”. Ao correr do tempo,o capataz começou a observar um animal trotão que viera como “carga morta” de um lote recentemente adquirido.Cavalo “inteiro”,( o que não é castrado) e apto à reprodução, o garanhão não era muito dado à “cobrir”as fêmeas da fazenda. Esquisito, né ?

O dono alertado pelo empregado,passou a observar o “crioulo”.Volta e meia,estava aos coices e barrancos com outro macho...-“Isso não é normal”,pensou. Vários dias e o fato se repetiu.
Fim de tarde de uma sexta-feira,notou a falta dos dois “garanhões” no pasto que terminava no corguinho “Piranha”. Desceu da montaria e para a sua grande surpresa e espanto, os cavalos estavam mortos à beira do riacho. O “garanhão tarado”, “coberto” num potro de sua estimação,pelo qual nutria especial cuidado. Aborrecido ao ver uma cena tão inimaginável e incomum, relatou o ocorrido ao Leopoldino, capataz da fazenda.Vendo um leve e maroto sorriso do empregado, quis saber o por que da reação tão normal do empregado. Léo, Foi curto e grosso:- “Patrão, cavalo quando acha bonito o trazeiro do outro, acontece isso...”

-“Isso o quê, Léo!”, indagou. –“Me conta”, insistiu.
-“Dotô, é o seguinte:cavalo tarado não tem noção(?) e bunda bonita, fica louco para “entrar”.Quando tá na “metade”,arrepende e quer tirar. O “outro” que não estava esperando “por isso”, leva um susto tremendo e...”tranca”. Então, vem o dilema: o que “colocou”,espera que o “outro”afrouxe para ele sair. O “outro sofredor”, pensa diferente. Se eu afrouxar ele “entala tudo”. Daí, patrão, os dois morre(...), entendeu?”

P.S.- A historinha acima, é mera fantasia. Não tem nada a ver com a planta de amônia da Petrobras e o gasoduto de Betim, tão ansiosamente esperados pelos uberabenses...


Luiz Gonzaga de Oliveira

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

    Ouro Preto está fervilhando. Gente saindo pelo “ladrão”.21 de abril, comemora-se a data do “proto-mártir”da independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier. Tudo começou nas Minas Gerais onde Joaquim era popularmente conhecido como Tiradentes, pois que, através o seu padrinho Sebastião, antigo dentista prático, passou a se dedicar a profissão que lhe rendera o apelido. Nascido em 1746, em Zitápolis, perto de Vila Rica, morreu em 1792, no Rio de Janeiro. Sem dúvida, Tiradentes foi o mais famoso e importante dentista história pátria. Não foi só isso.Militar,tropeiro,comerciante,minerador e um respeitável ativista político. Filho de portugueses,donos de uma pequena propriedade rural, tinha oito irmãos. Ficou órfão de mãe,antes dos dez anos e perdeu o pai, dois anos depois. Sebastião Leitão, o padrinho, encaminhou-lhe na vida. Ao fazer parte da escola militar, “Dragões de Minas Gerais”, juntou-se a vários integrantes da aristocracia mineira, entre eles, poetas, advogados, fazendeiros, quando Joaquim envolveu-se com o movimento dos inconfidentes, que tinha como objetivo,conquistar a independência do Brasil. 

    Joaquim falava bem, comunicava-se melhor ainda, era convincente e idéias firmes.Organizado, tornou-se líder e estava à frente do movimento embrionariamente, sublevado.Quando tudo caminhava a contento, reuniões crescendo de adeptos , aconteceu a delação de Joaquim Silvério dos Reis...Movimento descoberto, inconfidentes presos e julgados em 1792.Alguns,protegidos da “aristocracia monárquica”, ganharam penas leves, confinados em masmorras ,mas,logo libertados.Outros,sem “padrinhos”, açoite em praça pública e degredo para a longínqua África.Joaquim, sem amparo econômico,frágil em amparo político, condenado à forca !

Decapitado, esquartejado , no campo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, a 21 de abril de 1792, as partes o seu corpo foram expostas em postes que ligavam o Rio de Janeiro às terras mineiras. Cúmulo da maldade, até a sua humilde casa, foi queimada por ordem do Reino e os seus poucos bens, confiscados. Joaquim, foi um herói nacional !Deu a vida pela independência do nosso país que sofria o domínio e a exploração de Portugal.O Brasil não tinha Constituição, direito a desenvolver indústrias, além do povo sofrer com os altos e escorchantes impostos cobrados pela Côrte.Nas regiões mineradoras, o “quinto”( imposto sobre o ouro extraído das nossas terras) e a “derrama”, causavam revolta na população.Tiradentes, o Joaquim, sonhava em ver um Brasil livre e independente ! E as”causas” da Inconfidência Mineira”,perguntarão ?

    - A escrava exploração colonial de Portugal ao Brasil –A cobrança do “quinto”(20%)taxa cobrada pela Coroa Portuguesa do ouro brasileiro que ia para os cofres portugueses.-----Quem não pagasse, sofria pesadas punições,incluindo o degredo (deportação)para a África---Criação da “derrama”.Cada região aurífera, tinha que pagar 100 arrobas ( 150 kilos!)de ouro, por ano, à Portugal. Se a região não conseguisse “cobrir a cota”,sol dados invadiam casas e retiravam ,à força, objetos de valor,até completar o imposto devido. A “derrama”foi o estopim da revolta !—a vontade da elite brasileira à época, em participar das decisões políticas do Brasil—a forte influência do liberalismo por parte de intelectuais brasileiros em contato com o pensamento liberal europeu, que defendia a liberdade e a democracia. Causas plenamente justificáveis !

    Joaquim, o Tiradentes,não era nenhum intelectual.Porém,interessava-se por atividades políticas e teve contatos com Alvarenga Peixoto, Tomaz Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, poetas respeitados ,seus companheiros de movimento. Presos,muitos dos inconfidentes,temendo punições severas,não confessaram seus crimes.O único a fazê-lo foi Joaquim, o Tiradentes e que, por isso, recebeu a pena capital. A imagem de Joaquim,o Tiradentes, é o ícone da Liberdade e da Independência do Brasil,o grande Herói da Nação !

    Desde 1965,lei federal instituiu o 21 e abril,como feriado nacional e, oficialmente, Patrono da Nação Brasileira ! A Medalha da Inconfidência é a mais alta Comenda concedida pelo governo mineiro, atribuída a personalidades que contribuíram para o prestigio e projeção de Minas Gerais. :Criada em 1952, no governo JK, tem quatro designações : Grande Colar ( Comenda Extraordinária), Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência.


Luiz Gonzaga de Oliveira

domingo, 16 de abril de 2017

TERRA MADRASTA

Orlando Ferreira, doca 


Terminal Rodoviário de Uberaba

Terminal Rodoviário de Uberaba - Anos 2000

A criação do Terminal Rodoviário de Uberaba foi feito através do Decreto Lei nº 433, de 07 de fevereiro de 1944, na Praça da Bandeira (atual Praça Dr. Jorge Frange). O projeto inicial foi elaborado pelo Serviço de Indústria da Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais. Este projeto foi substituído por um novo, executado pelo Engenheiro Dr. Tomás Bawden, em 1943, por determinação do Prefeito Carlos Martins Prates. O Terminal Rodoviário funcionou precariamente, de 1944 até 06 de julho de 1945, quando foi concluído. De acordo com o jornal "O Triângulo", inauguradas que foram as dependências do Terminal Rodoviário, passou a Prefeitura a alugá-las, recebendo por isso, cerca de dois mil e poucos cruzeiros mensais, o que veio acontecendo até abril de 1948. As verdadeiras finalidades, entretanto, não foram concretizadas. A falta de regulamentação criava sensível embaraço aos passageiros e às próprias Empresas que exploravam o serviço, pois, as passagens não eram adquiridas em local próprio e os veículos não tinham ponto certo de partida e chegada, causando, tudo isso, uma série de confusões e de dificuldades. Mesmo os serviços de despacho e de encomendas não eram convenientemente oficializados, dando motivo a constantes extravios e reclamações por parte dos interessados. Por outro lado, a renda auferida pela Prefeitura, em relação ao capital arrecadado e aos gastos de conservação do edifício, era quase nula. Inteirado de tudo isso, o Sr. Dr. Boulanger Pucci, meses após a sua posse na direção dos negócios municipais, determinou que o Serviço de Patrimônio elaborasse os necessários estudos, não só para a regulamentação do Serviço de Transporte Coletivo Inter-municipal, como, também, o Regimento Interno do Terminal Rodoviário. De posse dessas sugestões, o Sr. Prefeito encaminhou à consideração do Legislativo os projetos de Leis necessários, convenientemente justificados. Aprovadas que foram as matérias e imediatamente convertidas em Lei, foram, logo, postas em execução. Os resultados obtidos excederam todas as expectativas. Assim, o Terminal Rodoviário de Uberaba, trouxe grande movimento e desenvolvimento para o Bairro São Benedito; inúmeras pensões, hotéis, bares, postos de serviços, garagens, etc., se instalaram nas imediações da Praça da Bandeira, bem como inúmeras construções foram levadas a efeito. Houve um aumento significativo quanto ao número de embarques e desembarques de passageiros, mantendo assim o horário fixo para os itinerários dos veículos. O antigo Terminal Rodoviário de Uberaba, com o passar do tempo foi se tornando pequeno e inadequado, para a população que crescia. Então, no dia 22 de dezembro de 1972, durante a gestão do Prefeito Municipal de Uberaba, Arnaldo Rosa Prata, inaugurou-se o Novo Terminal Rodoviário de Uberaba, localizado na Praça Dr. Carlos Terra, no Bairro São Benedito. No início da segunda quinzena de dezembro de 1999, na gestão do Prefeito Municipal de Uberaba, Dr. Marcos Montes Cordeiro, o Terminal Rodoviário passou por uma reforma geral, sendo reinaugurado no dia 1º de setembro de 2000.

(Arquivo Publico de Uberaba)



sábado, 15 de abril de 2017

Reforma da Catedral de Uberaba

Reforma da Catedral


    Eleita, no ano passado como umas das Setes Maravilhas de nossa cidade, a Catedral Metropolitana foi fundada com o nome de paróquia de Santo Antônio e São Sebastião, em 2 de março de 1820 vinculada à então diocese de Goiás.

    Em 1890, o Bispo de Goiás Dom Eduardo Duarte e Silva solicitou à Santa Sé a criação de uma diocese com sede em Uberaba, por causa da grande extensão territorial da diocese de Goiás. A Santa Sé condicionou  sua criação à construção de uma Catedral. Dom Eduardo mandou construir, então, a atual Igreja do Santíssimo Sacramento (antiga Adoração)para a Catedral de seu bispado. Essa construção foi concluída em 30 de setembro de 1905, mas só foi inaugurada em 27 de janeiro de 1907 e, com a criação da Diocese de Uberaba, passou a condição de Catedral, em 29 de setembro de 1907.

    Em 1926, Dom Frei Luiz Maria de Santana transladou o título de Catedral para a primeira igreja da cidade de Uberaba, a Paróquia de Santo Antônio e São Sebastião. Por ser padroeiro da diocese o Sagrado Coração de Jesus, a nova Catedral do Sagrado Coração de Jesus e de Santo Antônio e São Sebastião.

    A Catedral tem como padroeiro titular o Sagrado Coração de Jesus e padroeiro secundário, Santo Antônio e São Sebastião.

    Tornou-se Catedral Metropolitana com a elevação da diocese a Arquidiocese de Uberaba, em 14 de abril de 1962. 

     É um grande patrimônio de nossa cidade e cabe a nós, cristãos e cidadãos, o cuidado e a preservação desse patrimônio.

    Ao fazermos o planejamento da nova pintura, que se faz necessária há algum tempo deparamo-nos com a necessidade urgente e delicada de renovar as instalações elétricas e o telhado. Nas instalações elétricas ainda existem fiação de pano; o telhado precisa ser trocado, pois, em uma das chuvas ocorrida neste ano, a sacristia foi inundada. Se não consertarmos o telhado antes da pintura, as infiltrações e os riscos de curtos circuitos, pela fiação muito antiga, serão uma constante e o serviço será perdido.

    Sendo assim, feitos os orçamentos e o levantamento da mão de obra para troca geral do telhado e da instalação elétrica, chegou-se ao montante de R$244.227,78 (duzentos e quarenta e quatro mil, duzentos e vinte sete reais e setenta e oito centavos).

    Para essa reforma se viabilize, o Conselho Paroquial Administrativo optou pela realização de um bingo de um carro 0 km. Estão sendo vendidas 10.000 (dez mil cartelas) no valor de R$15,00 cada. Para que alcancemos esta meta e tenhamos os 150.000,00 livres, precisamos ainda de patrocinadores para aquisição do carro.

    Estamos abrindo o Livro de Ouro da Catedral. Neste livro, serão colocados os nomes das famílias que generosamente contribuírem com as ações promovidas por nossa Igreja, no  que diz respeito  às necessidades financeiras,sendo,neste primeiro caso, a troca do telhado e a parte elétrica. Esse livro ficará futuramente sobre o Altar-mor da Catedral, no Presbitério, onde sempre se celebra a Eucaristia e de onde virão as bênçãos de Deus sobre as famílias que não medirem esforços para a manutenção de nossa Catedral.


Serviços a serem executados:

Ref. ORÇAMENTO PARA A TROCA DO TELHADO

Segue abaixo relatório sintético de serviços e estimativas de materiais para o FEITIO dos serviços solicitados.
SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS NO TELHADO:

*Retirada e recolocação geral do ripamento;
*Colocação geral de uma manta de proteção;
*Retirada e colocação geral de todas as telhas e emboque, sendo as novas telhas do tipo cerâmica, modelo AMERICANA – M-14, de cor vermelha, sem impermeabilização;
*Reforma dos chumbamentos das calhas e rufos existentes;
*Reforma de parte dos reboques das platibandas da CATEDRAL.

SERVIÇOS DE TROCA DOS CONDUTORES NAS PAREDES:

*Acreditamos que não será necessária a troca, porém, após as devidas análises, iremos decidir se realmente teremos que efetuar esse serviço.
Por isso, apresentamos os valores separadamente.


1-ORÇAMENTO PARA A TROCA DO TELHADO COM A MANTA, APENAS NA PARTE QUE NÃO TEM LAJE (ATRÁS DO ALTAR):

*VALOR TOTAL DOS SERVIÇOS.....................57.650,00
*VALOR ESTIMADOS DOS MATERIAIS........77.782,00
*VALOR TOTAL GERAL...................................135.432,00


2-ORÇAMENTO PARRA A TROCA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

*VALOR ESTIMADO DOS MATERIAIS..........80.589,47
*VALOR TOTAL DOS SERVIÇOS ...................28.206,31
*VALOR TOTAL GERAL..................................108.795,78


CUSTO TOTAL PARA A TROCA DO TELHADO E DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: R$244.227,78.



 (Órgão oficial de Comunicação da Arquidiocese de Uberaba).



                                                                                                                         

Jubileu de Ouro da Renovação Carismática Católica

Grupo de Oração São Domingos no Santuário da Medalha Milagrosa


    A Revolução Carismática Católica (RCA) é um movimento eclesial da Igreja Católica, surgido a partir de um retiro espiritual realizado no final de semana de 17 a 19 de fevereiro de 1967, na Universidade de Duquesne,localizada na cidade Pittisburgh(Pensilvânia,EUA).O retiro foi idealizado por estudantes universitários que propunham um aprofundamento e uma melhor vivencia da fé cristã.

    Segundo seus organizadores, aquele final de semana em Duquesne foi essencial para o movimento criar “corpo físico”. O retiro foi organizado pela sociedade estudantil Chi-ro, que foi criada para motivar a oração, a atividade litúrgica, o testemunho cristão e a ação aos universitários. Inicialmente, o encontro teve como tema os “Sermões da Montanha”e,por interferência de dois professores, os participantes sugeriram uma modificação,passando a buscar um aprofundamento do livro “Atos dos Apóstolos”e do livro A Cruz e o Punhal”, que relata a historia do pastor David Wilkerson, que pregava o evangelho ao  submundo de Nova Iorque como sinal de libertação aos jovens viciados e violentos da daquela metrópole.

    O surgimento da RCC está relacionado a outros acontecimentos na Igreja Católica, ocorridos desde o final do  século XIX escreveu a Encíclica Divinum IIIud Manus que descreve sobre a natureza do Espírito Santo e sua ação na vida do fiel.


Encerramento da Escola de Formação RCC em 1997


    A Encíclica seria uma resposta  do pontífice incomodado com a insistência de uma freira, beata Helena  Guerra, que lhe escrevia da pouca atenção que Igreja dava à pessoa do Espirito Santo mais popular, o mesmo papa celebrou uma Missa consagrando o século XX à Pessoa do Espírito Santo. Nesse século, o papa João XXIII manifestou sua vontade de que o Concílio Vaticano II fosse guiado pelo Espírito Santo e, ao convocar o Concílio, o papa rezou pedindo um novo Pentecostes para toda Igreja. O Concílio então, deu a fundamentação para que mais adiante se iniciasse a RCC. O Concilio terminou em 1965 e, no ano seguinte, aqueles jovens da Universidade de Duquesne começaram a questionar sua vida espiritual e seu apostolado, pedindo o mesmo que João XXII.

    A RCC teve um crescimento muito rápido no mundo e principalmente no Brasil, tornando-se um dos movimentos dentro da Igreja Católica que mais possui adeptos, na atualidade.

    Os primórdios da RCC da Arquidiocese de Uberaba estão ligados ao surgimento do grupo de jovens da Igreja de São Domingos, iniciado na Páscoa de 1973. Alguns desses jovens participaram de um retiro em Campinas, considerado como a “primeira Experiência de Oração”, por ensinar e motivar esse grupo a realizá-lo em Uberaba. A Revolução Carismática de Uberaba está intrinsicamente ligada a RCC de Campinas/SP, tendo um vínculo afetivo  com ela, na pessoa do Padre Haroldo Rahm,sacerdote extremamente importante não somente para o movimento da cidade, mas para toda RCC do Brasil, devido a sua disposição em organizar as “Experiências de Oração”(encontro de iniciação),que são características fundamental do movimento.

    Sem dúvida, a ida a  Campinas foi fundamental para a realização da Primeira Experiência de Oração em solo uberabense,em1974.Os jovens de Uberaba que foram ao estado de São Paulo foram a carta de apresentação da cidade para RCC do Brasil, colocando a cidade mineira na rota de desenvolvimento do movimento.

         Diego Freitas
Coord. Arquidiocesano da RCC
                                                                                                                                                               
                

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Uirapuru Iate Clube Uberaba,

Uirapuru Iate Clube Uberaba

Uma das primeiras fotos aéreas clicada pelo fotografo Paulo Nogueira, no início dos anos 60, mostrando a então UNIUBE, do lado direito, e do lado esquerdo no alto da foto também, o lago do Uirapurú e o Aeroporto, com sua pista ainda de terra  
                                                                                           
(Foto do acervo pessoal do jornalista Paulo Nogueira)

RIO GRANDE – NOSSO POLÍTICO-MOR

Ergamos nossas preces ao Criador e ao descuido do major Eustáquio de Oliveira, por estarmos ligados a poucos kilômetros do Rio Grande e dividir-nos com o progressista estado de S.Paulo.Se não tivéssemos essa divina sorte, se o rio caudaloso e piscoso, “pai” de tantas hidrelétricas , benéfico e político, seu curso fosse a mais ou menos 100 kilômetros daqui, “adiós mariquita linda”,como dizia o meu inesquecível amigo, jornalista Ramon F.Rodrigues.

Pela graça eterna, conseguimos manter o Distrito Industrial-III-,sob nossos domínios e foro uberabense.O então povoado de Delta,a vida inteira dependente de Uberaba, limítrofe da Vale,”virou” cidade ,por puro capricho eleitoreiro e político de um deles, “ aquartelado” na terrinha. Senão....

Por causa da ex-Fosfértil,hoje,Vale, as indústrias misturadoras foram chegando.Enquanto a margem mineira ao lado da indústria ia crescendo, começaram a desaparecer as grandes empresas de Uberaba.Textil (500 empregados)faliu.Curtumes Dorneld e Budeus( 400 funcionários),fecharam.Cimento “Ponte Alta”( 1500 empregados),desativou.Produtos Céres,única indústria de esmagamento de óleos de soja,algodão e amendoim (600 funcionários),foi às “calendas”. Indústria de Papel “São Geraldo”,única na região, (400 empregados), foi para o “caixa prego”...Botinas “Zebu”,nome internacional,orgulho da cidade,(500 colaboradores), é só saudade...Tem mais”baixas”, muitas! Deixo de lado....

Fico a rever com meus “botões”,qual foi a ação prática, efetiva, que os “mandões” da terrinha tomaram para tentar reverter essas perdas irreparáveis? Confirmo,citei algumas .Elas são dezenas em outras atividades comerciais , industriais e prestadoras de serviço...se são!...

Além dos nossos políticos “meia-tijela”, onde estavam os nossos empresários? As entidades de classe,criadas para defender e apoiar o crescimento da amada terrinha ? Tenho comigo que, nem na “missa de 7º dia” do “falecimento” dessas grandes empresas, propulsoras do nosso progresso, eles não compareceram à dar os pêsames aos “empresários falecidos”...Fica a minha dúvida. Arrepia-me todos os pêlos do corpo,ao lembrar o desinteresse , o alheiamento das lideranças uberabenses , incluindo,sem medo de cometer injustiça, a nossa imprensa. Ela,tão pródiga em noticiar mortes,arrombamentos,roubos, fotos de festas dos “colunáveis” que viajam ,semanalmente,para o exterior, sem falar das “prometidas conquistas do poder público para a cidade” e que nunca saem do papel...

Ver uma Câmara de Vereadores ,insípida, insossa,inodora e incolor,num eterno e humilhante “beija-mão”ao Executivo.Não sentir um trabalho de fôlego que justificasse o salário mensal que embolsam,polpudo,diga-se. Nossas entidade classistas, assistirem,passivamente, deteriorar-se o centro comercial da cidade, rua Artur Machado e adjacências..Tristeza? Muita !

Mágoa é o que sinto.Magoado pela inércia de quem deveria trabalhar pela cidade,administrar de fato a nossa amada terrinha.Mágoa,eu sei,é um sentimento que o cristão não deve cultivar.É o mal em essência em pequeno espaço.Rogo a Deus, não quero guardá-la.

Uberabenses, conterrâneos meus, vamos dar um brado de alerta e que o uberabense nato e acendrado amor à terrinha, nas próximas eleições, saiba com lealdade e cidadania, escolher um representante à altura da nossa cidade. Basta de forasteiros !


Luiz Gonzaga de Oliveira

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Equipe de judô do colégio Cristo Rei de Uberaba

Equipe de judô do colégio Cristo Rei
 Desfile de 7 de Setembro ano 1969. Equipe de judô do colégio Cristo Rei de Uberaba. Comandado pelo Professor Tranquilo Baliana.

Foto:Autoria desconhecida

Praça Rui Barbosa.

(Foto do acervo pessoal de Tranquilo Baliana)                  

terça-feira, 11 de abril de 2017

Loja Notre Dame de Paris

Loja Notre Dame de Paris

Loja Notre Dame de Paris. O estabelecimento era pertencente à família Riccioppo. 

Praça: Rui Barbosa

Década de 1940

Foto: J. Schroden

Fonte: Lavoura e Comércio/ Arquivo Público de Uberaba

Rua Jaime Bilharinho (antiga Três de Outubro)

Rua Jaime Bilharinho (antiga Três de Outubro)
Década:1967

Foto:Autoria desconhecida

"Começa em frente a entrada do campo do Uberaba Sport Club, no alto das Mercês, e finaliza na rua Portugal, no alto do Fabrício. Dela partem, à esquerda, a avenida da Saudade, as ruas Voluntário Ramiro Teles, Cassu, J. Felício dos Santos, ficando entre êstes o lado norte da praça Dom Eduardo; além, é atravessada pelas ruas Episcopal, das Mercês, Saldanha Marinho, Vital Barbosa, praça Quatorze de Julho, ruas Álvares Cabral, Padre Zeferino, Luís Soares, Francisco de Barcelos e Padre Francisco Rocha. Entre as ruas das Mercês e Saldanha Marinho é atravessada pelo córrego das Lajes que separa, à esquerda, o alto das Mercês; e à direita, o do Fabrício. É sarjeteada em quase todo o trecho que vai da rua Cassu ao Estádio ‘Dr. Boulanger Pucci’, do Uberaba Sport Club e, salteadamente, da praça até ao córrego.

Em 1880, esta rua, cuja extensão apenas ia da atual Saldanha Marinho à das Mercês, chamava-se do ‘Matadouro’. Em 1900, grandemente aumentada para ambos os lados, passou a denominar-se rua da ‘Liberdade’, entre a praça Dom Eduardo e o referido Estádio do Uberaba Sport Club, e rua ‘Formosa’, entre a mesma praça e a rua Portugal, no Alto do Fabrício, abrangendo neste trecho a antiga rua do ‘Matadouro’. (PONTES, 1978, p.299).

Foto: Autoria desconhecida

Superintendente Marta Zednik de Casanova

(Arquivo Público de Uberaba)

Primeira Equipe Masculina de Judô Oriente

Primeira Equipe Masculina de Judô Oriente, em 1969.
Em pé: Nilo Martins, Otávio Lamartins (Sansão),Dilmar Felix.


Ajoelhados: Tranquilo Baliana ,Alvoro Carvalho(Alvinho),Iraci Pedro Martins, nesta foto falta Ataíde Fonseca.... Ver mais — com dillmar felix pereira, Iraci Pedro Martins Pedro, Otavio Lamartine (Sansão), Alvoro Carvalho Filho (alvinho), Nilo Martins Guimarães e Tranquilo Baliana.           

Foto  do acervo pessoal  de Tranquilo Baliana)                                    

Transportadora de carnes de Uberaba

Transportadora de carnes de Uberaba
Em 1950, A prefeitura Municipal de Uberaba já contava com um moderno caminhão para transportar carnes.
Fontes: Lavoura e Comércio e Acervo da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba.

Foto: Autoria desconhecida

(Foto enviada por Jamilton Souza)

quarta-feira, 5 de abril de 2017

PONTE CIA. MOGIANA


A velha ponte da Cia Mogiana -  ligando Delta a Igarapava,


A velha ponte da Cia Mogiana sobre o Rio Grande, ligando Delta a Igarapava, ainda em construção, na primeira metade dos anos 1910. Antes da abertura da variante de Igarapava da Mogiana, em 1915, os trens só chegavam a Uberaba pela ferrovia que vinha de Franca, por Jaguara, Conquista e Peirópolis, inaugurada em 1889. Os trens de ferro dividiram a ponte metálica com a rodovia até 1979: eu me lembro das cancelas que fechavam o tráfego de veículos para esperar o trem passar, e também da diversão infantil que era ficar lá no Country Clube esperando para ver ao longe a travessia dos trens. Em 79 foi aberta uma ferrovia nova, que cruza o rio ao lado do DI-3, e os trens sumiram para sempre. Carros, ônibus e caminhões continuaram passando pela velha ponte por mais duas décadas. Em maio de 2001 foi finalmente inaugurada a ponte dupla da Anhanguera/BR-050 e a velha ponte de metal entrou nessa semi-aposentadoria em que se encontra hoje, Há três curiosidades sobre essa ponte: 1) Ela tem quatro vãos maiores e um menor, o último do lado de Igarapava. Reza a lenda que esse vão menor não pode ser completado na época da inauguração porque a estrutura de aço viria da Alemanha (ou da Inglaterra, segundo outras fontes) e a entrega foi cancelada em virtude do início da 1ª Guerra Mundial. Na época, teria sido construído um vão improvisado em madeira, que foi anos mais tarde substituído por esse metálico que até hoje está lá, mas que tem uma estrutura ligeiramente diferente dos demais – o que é um fato. Nessa foto histórica, não se vê o quinto vão sendo erguido. 2) A ponte teria sido palco de violentos confrontos armados entre mineiros e paulistas em 1930 e 1932. A lenda – que ouvíamos no tempo de menino – dizia que ainda podiam ser vistas várias perfurações de bala na estrutura. Na época, nunca me deixaram ir lá comprovar: a ponte é estreita e nunca teve passagem para pedestres. Caminhar por ela era terrivelmente arriscado no tempo em que todo o tráfego da BR passava por ali. Recentemente, atravessei a ponte a pé, mas não encontrei as perfurações. E tenho sérias dúvidas se os tiros daqueles velhos fuzis usados na década de 30 teriam capacidade de furar as grossas chapas de aço da sua estrutura. 3) Nos início dos anos 1980, alguns paulistas metidos a besta que estudavam em Uberaba faziam uma provocação com os mineiros, chamando a ponte de “túnel do tempo”. O que era apenas um claro sinal de que eles não conheciam a “progressista” Igarapava. De qualquer modo, a bela “ponte do Delta” é parte da história da nossa cidade, e é uma pena que esteja em estado de semi-abandono. Como muitos caminhões e carretas pesadas desviam da BR por ela (talvez para fugir das balanças e da fiscalização na divisa) temo que em breve ela acabe cedendo ou desabando, o que seria uma pena. Torço para que, antes que isso ocorra, alguém tenha coragem de propor alguma manutenção preventiva. Ou para, pelo menos, proibir o tráfego de caminhões sobre ela. Uma coragem que – que se vê nessa foto – não faltava a seus valentes construtores.



Texto: André Borges Lopes

sexta-feira, 24 de março de 2017

A FOSFÉRTIL EM UBERABA – II –

Decidida e sacramentada a instalação da fábrica nas barrancas do Rio Grande, o prefeito Hugo Rodrigues da Cunha, com a concordância e autorização da egrégia Câmara de Vereadores ( na década de 70, vereador trabalhava com espírito de cidadania e não era remunerado), criou o Distrito Industrial III para abrigar não só a Fosfértil, como também as demais misturadoras que, inexoravelmente, iriam ali se instalar, como soe a acontecer. O programa do governo revolucionário, o “Polo Centro”, na região dos cerrados, terras extremamente pobres em vegetação que, no jargão caboclo, só dava “lobeira e calango”, uma fábrica de fertilizantes viria cobrir essa lacuna no solo, tornando-o mais produtivo. Fator de desenvolvimento não só na nossa região, mas que se estendia por todo o Brasil Central. O “casamento”, insumos agrícolas e fertilidade das terras em função do “Polo Centro”, resultou e ainda resulta, no extraordinário desenvolvimento do setor agroindustrial que o Brasil experimenta.

Só que a chegada dos técnicos mineiros,ciceroneados pelo engenheiro uberabense, Wagner Nascimento,da CDI-MG, foi acompanhada de inúmeras peripécias. Fazendas enormes, terras agricultáveis, proprietários antigos, arraigados a velhos costumes, desconhecendo o enorme progresso que estava chegando para Uberaba,constituindo-se na sua redenção industrial, tentaram impedir, por todas as formas , meios e armas, fosse realizado o levantamento topográfico da área a ser desapropriada...Os fazendeiros e seus capatazes, faziam “piquetes”para impedir o trabalho daqueles “estranhos” em suas terras seculares...-“Onde já se viu,desmanchar os currais, acabar com a nossa roça, desativar os alambiques, onde fazíamos nossa inigualável cachaça?”, lamentavam, raivosamente, os donos das terras..Espingardas cano longo, “treizoitão” carregado de balas, azeitado, esparramando tiros prá cima à afugentar os “intrusos”...

Conhecendo os fazendeiros,Wagner Nascimento,com seu jeitão humilde, educado,bem falante,foi explicando, um a um, o que representava a fábrica para Uberaba.Por algum tempo,continuou a resistência.Em curto espaço,aquiesceram em fornecer informações,documentos da área,discutiram valores da desapropriação,forma de pagamento...

A terrinha ganhou nova vida! Comércio,indústria e serviços, passaram a abastecer a obra. A mão de obra local,se fez presente. Os primeiros funcionários da Petrobras chegavam a cidade.Os aluguéis tiveram demanda. A primeira residência locada foi a do casal Rubens Faria-Zilma Bugiatto, na Santos Dumont, ao encarregado dos primeiros movimentos na instalação, o engenheiro George Pedersen, que mesmo ao final das obras, continuou na cidade.

Uberaba,com a Fosfértil,rejubilava-se!Experimentamos e até hoje, bom surto de progresso.A planta,privatizada,pertence a Vale.Com o crescimento do setor graneleiro, justifica ainda, o “slogan” inicial: “Fábrica de fábricas”...O DI-III, é uma realidade hiper- saudável . Com a unidade, incentivou-se a mecanização no campo, novas tecnologias foram aplicadas e Uberaba, sem favor algum, tornou-se o maior pólo químico da América do Sul !

Graças a Deus, estamos às margens do benemérito Rio Grande, senão...


Luiz Gonzaga de Oliveira