sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

UBERABA 197 ANOS



Eventos Comemorativos

PROGRAMAÇÃO

02/03/2017

 17h: Abertura Oficial, pelo Prefeito Paulo Piau.

17h30: Lançamento dos Selos Comemorativos dos 35 Anos da FCU

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura

 Casa da Cultura- Praça Rui Barbosa, nº 356. 


  
19h30: Abertura da Mostra Fotográfica Retratos de Uberaba – um breve                    olhar sobre a cidade, de Francisco Marques Reis.

20h: Homenagem a musicistas uberabenses

Local: Centro de Cultura José Maria Barra -SESI/Minas- UberabaPraça Frei Eugênio
  Apresentação da Orquestra Municipal e Orquestra de Viola da Fundação Cultural de Uberaba no Teatro do SESI. Horário: 20h

Homenagem a compositores e intérpretes nascidos ou que aqui viveram e deram sua contribuição para a cultura musical em Uberaba: Alberto Frateschi, Mário Palmério, Joubert de Carvalho e Rigoleto de Martino.

08h30 às 12h30 - UBERABA EU TE AMO - Evento Evangélico
Local: Praça da Bíblia, perto do Piscinão.


05, 12,19 e 26/03

11h às 14h: Domingo na Concha - Uberaba Canta

Músicos e bandas de Uberaba prestam suas homenagens aos compositores e intérpretes uberabenses a Música Popular Brasileira.  

    
02/03 a 31/03

Exposições e Mostras

 Mostra Raízes de Uberaba - artesanato, objetos e símbolos da cultura popular em Uberaba: Catira, Congados e Moçambique, Afoxé e Vilões, Folias de Reis, Capoeira, Hip Hop.

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura Casa da Cultura-
    Praça Rui Barbosa, nº 356. 

  Horário de funcionamento: 8h às 17:30h


Mostra Fotográfica Exposição: Imagens de Uberaba

 Fotos antigas da cidade e documentos manuscritos do século XIX

Local: Superintendência do Arquivo Público de Uberaba, Praça Dr. José Pereira Rebouças, 650 - Boa Vista.

Horário de funcionamento: 09h às 17h

Exposição Entre Memórias e Histórias - Memorial Chico Xavier
AV. João XXIII nº 2011, Parque das Américas
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Posters de bens tombados e registrados do Patrimônio Histórico e Cultural de Uberaba

Mostra do acervo do Museu de Arte Decorativa
Local: MADA - Rua Maria de Lourdes Melo Coli, nº 100, Residencial Abel Reis.
Horário de funcionamento: 13h às 18h

Exposição: Santos de Devoção - Imagens dos santos padroeiros dos bairros de Uberaba.
Local: Museu de Arte Sacra/Igreja de Santa Rita, Praça Manoel Terra – Centro.
Aberta ao público: de 09h às 17h30min 



Exposição Orixás de Devoção – a herança da religiosidade de matriz africana em Uberaba. 
LocalGaleria de Arte Anatê/ Biblioteca Municipal -, Rua Alaor Prata, nº 317
Horário: 2 de março – de 09 a 16 h; de segunda a sexta: de 8h às 21 h; sábados: de 8h às 16h30min.

03, 10, 17, 24 e 31/03
                                         Apresentações culturais na Praça Rui Barbosa.

Dia: 03/03 – Apresentação do grupo de Hip Hop -  rimas alusivas aos 197 anos de Uberaba.
Dia: 10/03 – Apresentação do Grupo de Catira Tradições de Minas de Wosley Torquato e da Companhia de Reis Divina Santa Estrela – Capitão: Eurípedes Miguel de Morais.
Dia17/03 – Apresentação do Grupo de Moçambique Zumbi dos Palmares - Capitão: José Reinaldo e apresentação do grupo de Capoeira Águias 2000.
Dia: 24 /03 – Apresentação da Escola de Viola da Fundação Cultural sob a regência do professor José Nicodemos.
Dia: 31/03 – Apresentação do grupo Bumba meu Boi “Trancilim” da Tenda Tambores de Mina, Casa na Cruzada de Xangô. Direção: Mãe Ana Lúcia de Benedito na Cruzada de Xangô.
 Essas exposições deverão permanecer abertas ao público no período de 02/03 a 31/03 com visitas guiadas para professores e para os alunos.

Marcelo Augusto Teodoro de Andrade
Presidente Adjunto da Fundação Cultural de Uberaba

Antônio Carlos Marques
Presidente da Fundação Cultural

A “ PROVIDÊNCIA ‘ DO PREFEITO...


A decantada fermentação do caldo de cana, caiana ou baiana, aliada a outras fermentações, conseguiu, há séculos, criar a mais tradicional bebida dos brasileiros: a famosa “caninha” ou no português comum, a aguardente, a cachaça. O que se conhece de nomes, apelidos para o caldo de cana fermentado,daria um novo dicionário “Aurélio”...Birita, maluca, sai de baixo, “aquela”, donzela, “branquinha”, “da boa”, “esquenta peito”, “ que passarinho não bebe”, a infinidade de nomes que se dá à cachaça, é incontável.

Os alambiques existentes na região dariam para contar histórias, muitas histórias, da famosa pinga boa fabricada na sagrada terrinha. Lembro-me de uma “tacada só”, rótulos famosos e garrafas e mais garrafas, derrubaram muitos “pinguços”.A “Chora Rita”, do Sebastião Borges, a “Pinga do Lalau”, a do “Rocha”, cujo dono ao vender o produto, experimentava uma dose... no fim da tarde, já viu, né?. A pinga do “Nenzinho”, lá pelos lados do “Cachimbo”, do “Silvio”, no Chuá, a “Famosa”, com o rosto da Carla Perez, além de outras marcas e aquelas sem marca, que fizeram a alegria dos colecionadores do produto. Uma delas, deixou saudade, a do “Barbudo”.Na “Capelinha do Barreiro”, o alambique famoso era do Álfio Borges, cujo apelido deu nome à cachaça:”pinga do Negrão” e a inevitável dúbia pergunta:-“Você já tomou a do Negrão?”- “Saltei de banda”, era a resposta imediata. “Segura o Tombo”, de Paracatu (MG),faz sucesso até hoje,embora se saiba que as cachaças mais famosas do Brasil, são fabricadas no norte se Minas, em Salinas. Uma garrafa de “Havana”, exportada para o mundo inteiro, custa em torno de 500 reais!

Existem também aquelas marcas jocosas, de sentido duplo, como, por exemplo, “Mate o véio”,”Nabundinha”,”Amansa corno”, “Atrás do saco”, “Vi o Adão” e uma infinidade de rótulos que faz a alegria dos colecionadores. Uma cachaça de Salinas, muito admirada pelos nossos lados, apreciada pelos degustadores da bebedinha, tem um nome sugestivo e é encontrada em bares, mercearias e supermercados, é a “Providência”. E o porque da fama? perguntam.

Contam os mais antigos que, ao final da década de 50, do século passado, o prefeito da terrinha, era um médico famoso, honestíssimo,professor universitário super querido, figura humana inatacável, cujo nome, por obsequioso respeito, prefiro omitir. Lembram os seus amigos ( e adversários políticos também), que, toda vez que recebia em audiência, o Chefe do Executivo terminava a“prosa”, deixava super alegre o munícipe:

-“Fique tranqüilo, não se preocupe, vou tomar, rapidamente, uma providência”.
Era sair o visitante , garboso e faceiro, o nosso Prefeito tirava da gaveta, à esquerda da sua mesa de trabalho a garrafa e sorvia, gostosamente, um gole da caninha “Providência”...
Quase final de semana, carnaval, máscaras são colocadas (ou retiradas?).Até amanhã.”Marquez do Cassú”

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ZÉ PEREIRA

Semana do carnaval,não é isso? Vou lembrar alguns lances de carnavais passados aqui na terrinha. Não vivi os áureos tempos dos grandes corsos, das “baratinhas” carregando as moçoilas lindas da pequena cidade, profusão de lança-perfumes, confetes e serpentinas à rodo, colorindo as principais ruas e avenidas da provinciana e sempre acolhedora Uberaba, de alegria, canto, euforia e a natural confraternização que só uma festa popular como carnaval, pode atrair. Uberaba era pólo de tudo.Do comércio, da indústria, da pecuária, das escolas, da saúde, do progresso e o principal, a liderança regional !Tudo tinha aqui na Santa terrinha...

Os carnavais do inicio da década de 60, século passado, a “Banda da Maria Giriza”,atração do nosso carnaval de rua, a “entrada dos roceiros” e do “Zé Pereira”, antecedendo os festejos momescos, era a “pulsação” certa de como iriam transcorrer os folguedos carnavalescos...

Roil Cussi, “Perigoso”, Caio “Guarda”, Reynildo Chaves Mendes que nos deixou outro dia, Joel Lóes, lideravam ,preparavam e organizavam com carinho incomum, a entrada do “Zé Pereira”, com aquelas máscaras satíricas, “pierrots”, “arlequins” e “colombinas”, os palhaços, homens vestidos com roupas de mulher e no melhor estilo, antecediam os bailes nos clubes sociais...

A banda do Langerton, enxertada com músicos do Batalhão, os caminhões alugados, a relação dos foliões entregue ao “Dr.Delegado” para aprovação, a casa do “Caio Guarda”, quartel-general preparada para receber a moçada, o “ponche-amigo”( mistura de cachaça, rum, guaraná e um pouco de groselha para dar cor), a turma chegando, bebericando, o vestir de roupas espalhafatosas, aguardando apenas a ordem do Bolão e do Reynildo, para subir na carroceria dos dois caminhões de foliões e o outro com a boa banda, tocando, com alegria esfusiante, as marchinhas carnavalescas. Da rua Santo Antônio, que fazia fundos para a rua São Miguel ( o puteiro da cidade...)a “mulherada” ficava de olho naquele bando de homens casados ou quase, a esconder o rosto com feias máscaras, esbaldando a alegria reprimida. Chegando à rua Vigário Silva, a primeira parada ,infalível, era à frente do “Lavoura e Comércio”.Dalí, à pé, sambando de qualquer jeito, para a praça Rui Barbosa, era questão de segundos...A “choferama” da praça, entrava na farra. Na esquina da Artur Machado, Farah Zaidan, dono do “Indubrasil”, sabia para quem vender a primeira cervejinha.A descida na Artur Machado, era apoteótica !Segunda parada era no “Marabá”, do Renatinho Frateschi, que sabia, de antemão, quem se ocultava debaixo daquelas horrendas máscaras, vestidos na canela cabeluda, suvaco que era pêlo só e seios enormes recheados de pano, algodão e tudo mais que tivesse pela frente à ornar aqueles sutiãs desajeitados...A “marcha” não parava. Próxima parada:”Bar da Viúva”...Gilberto e Felipinho Vasques, sabiam prá quem vender...Semana de animação e alegria sadia. Um “código de ética” era, rigidamente, obedecido pelos foliões: delatar nomes de companheiro era expulsão da “roda”. Sem lamento.

Dias maravilhosos antecipavam os carnavais dos clubes,Tenis,Jockey,Sirio,Associação, Grêmio. Ponte Preta e Lange. Eram quatro as “saídas”:sexta e sábado da semana pré-carnaval e sexta e sábado de carnaval. Começava às 4 da tarde e só terminava quando algum companheiro , gostando da brincadeira, resolvia ficar na “São Miguel”, mostrando às inquilinas das casas, os seus “dotes femininos”... Saudações carnavalescas do ex-folião “Marquez do Cassú”...

P.S. – Segundo soube, este ano, o Carnaval na terrinha amada, começa na Quarta-feira de Cinzas...


Luiz Gonzaga de Oliveira

Teatro Municipal Vera Cruz

 Teatro Municipal Vera Cruz ,em 1948. Foto:Autoria desconhecida


 (Foto:Arquivo do teatro)

 (Foto:Arquivo do teatro)



O Teatro


O Teatro Municipal Vera Cruz completou 66 anos no dia 17 de junho, recebe vários espetáculos, e é um dos bens históricos mais queridos e importantes da nossa cidade. O Teatro Municipal Vera Cruz está preparado para receber estes shows, depois da reforma realizada em 2013 para adequá-lo às normas de segurança contra antipânico e incêndio, garantindo, assim, a segurança do público.


Histórico


O Cine Vera Cruz foi inaugurado no dia 19 de junho de 1948, graças a empreendimento da Companhia Cinematográfica São Luiz, proprietária dos cines São Luiz, Metrópole e Royal e presidida, na época, por Orlando Rodrigues da Cunha. Com a construção, Uberaba recebeu um dos mais significativos monumentos arquitetônicos. A inauguração do Cine Vera Cruz foi com a exibição do filme Festa Brava e duas películas complementares infantis, um o Concerto do Gato e uma desenho da Metro premiado com Oscar em 1947, em sistema tecnocolor (alta tecnologia para aqueles tempos).

A arquitetura moderna e arrojada é do arquiteto Taddeu Guizio e a fiscalização da construção foi feita por Jaime de Barros e Nicácio Pedro Gonçalves Vidal. Em art decó, com acesso centralizado valorizando a esquina, predominância de cheios sobre vazios, articulações de volume geometrizados e sucessão de superfícies curvas. Os desenhos simples, definidos por linhas sempre muito precisas e os ornatos geométricos ou representações estilizadas de padrões naturais são aspectos do edifício. Localizado na rua São Benedito, 290, bairro São Benedito, o espaço é um dos marcos culturais da cidade. Tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) em 2006, o teatro tem espaço para 940 pessoas.

Na década de 50 a sala foi pioneira ao utilizar o recurso Cinemascope, que é uma tela de exibição em tamanho maior e aparelhagem sonora mais potente.

Apesar de o prédio ter sofrido alterações, grande parte da obra permaneceu como o original. Na década de 70 o prédio passou por transformação do cinema em teatro, instalação de ar condicionado e fechamento de janelas laterais, substituição das poltronas de madeira e reforma dos dois banheiros, e tornando-se a principal casa de apresentações de teatro e concertos musicais de renome nacional, sendo inserido na rota dos grandes espetáculos do Brasil.

A partir de 1981, o cinema foi transformado em Cine Teatro Vera Cruz e passou a ser palco de peças teatrais, espetáculos de dança e shows com artistas locais e de renome nacional.

No final da década de 1990 surgem salas de projeção mais modernas e bem equipadas, instaladas em shoppings onde há uma variedade de opções concentradas no mesmo local, facilidade de acesso e mais segurança. Esse fator, somado à popularização das TVs por assinatura, levaram as grandes salas de exibição à decadência, inclusive com Vera Cruz.

Em julho de 2006, o Vera Cruz foi adquirido pela Prefeitura de Uberaba, quando houve reformas, como no telhado, troca do forro, instalação de iluminação, projetor e sonorização, aquisição de novas cortinas, reformas do piso, das paredes entre outros. Também foi construído calçadão do lado de fora do teatro, com bancos e iluminação especial, de onde saem três rampas de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais. No dia 14 de dezembro de 2007 foi reinaugurado, com o novo nome de “Teatro Municipal Vera Cruz”, passando a receber eventos de diversas tendências culturais.

Em 2011 o Teatro Municipal Vera Cruz recebeu outras melhorias, dentre elas a modernização do sistema elétrico, reparo das cadeiras do teatro e instalação de modernos equipamentos de ar condicionado. O investimento deu mais conforto ao público e tornou o teatro um dos melhores da região. No total foram investidos cerca de R$ 400 mil para reforma e aquisição de equipamentos para o Vera Cruz.

Segurança – Apesar das reformas, não foram feitas medidas para cumprir normas de segurança, e a presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, decidiu pelo fechamento preventivo do espaço para realizar as adequações necessárias. A medida foi realizada após se detectar que o Teatro Municipal Vera Cruz funcionava sem alvará desde a reinauguração, em 2009. O Corpo de Bombeiros realizou vistoria à época e notificou a Prefeitura sobre o risco de incêndio, mas o teatro continuou em funcionamento sem executar projetos de prevenção a incêndio e pânico exigidos pelo Corpo de Bombeiros. O projeto de prevenção de incêndio para o teatro foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros no dia 28 de maio de 2009 e após prazo para adequações, o órgão realizou vistoria no local em fevereiro de 2010 e constatou irregularidades, inclusive a não-execução do projeto preventivo e instalação de hidrante. Também foi detectado comprometimento nos suportes de iluminação e na estrutura que sustenta os aparelhos de ar-condicionado do teatro.

A Fundação Cultural então adequou o Teatro Vera Cruz às normas de segurança contra antipânico e incêndio, com investimento de R$ 80.598,58, garantindo, com isso, a integridade e comodidade do público.

Dentre as intervenções feitas no Vera Cruz para garantir a segurança do público estão a implantação de reservatório de combate e prevenção de incêndio de 15 mil litros com uma moto bomba de 15 CV, dois hidrantes internos e um externo de recalque; instalação de uma central de alarme de incêndio, de luminárias de emergência, barras anti-pânico nas saídas de emergência, de guarda-corpo no mezanino na galeria superior, de corrimões de acesso aos camarins, revisão e instalação de novos extintores de incêndio. As saídas também foram adequadas com sinalização e setas fluorescentes, aberta outra saída de emergência e alarme para incêndios, com portas adaptadas, enfim um sistema moderno com todas as adequações necessárias.

Na véspera de completar 65 anos, no dia 17 de junho o Vera Cruz foi entregue à comunidade com apresentações do espetáculo da Turma da Mônica, do Maurício de Souza, “Era uma vez uma Floresta”, para alunos das escolas públicas de Uberaba. Desta vez com o alvará de funcionamento, garantindo a segurança de todos.

O prefeito Paulo Piau destacou, na reabertura, a ousadia que foi fechar o espaço e fazer as mudanças e lembrou que novas intervenções serão realizadas. “Temos outros projetos em andamento, junto ao Ministério da Cultura e à Secretaria de Estado de Cultura para melhorar mais o local, como uma iluminação mais moderna. Este já é um dos melhores espaços culturais de Uberaba e vai ficar melhor ainda”, ressaltou o prefeito.

A presidente da Fundação, Sumayra Oliveira, destacou a importância das adequações dos itens de segurança. “Tive esta atitude audaciosa e fizemos todas as adequações, sinalizações e agora existe no Teatro Municipal Vera Cruz um sistema moderno, com portas adaptadas, setas, extintores, reservatório, enfim todas as adequações solicitadas pelos bombeiros. Isso mostra a preocupação que esta administração tem para com a população. Agora podemos receber adultos e crianças, por isso decidimos inaugurar com espetáculo para o público infantil e para marcar os 65 anos de inauguração do Cine Teatro Vera Cruz, no dia 19 de junho.”

Regulamentação de uso do Cine Teatro Municipal Vera Cruz

Desde outubro de 2009 o Cine Teatro Municipal Vera Cruz desenvolveu uma política de trabalho para abertura de espaço à comunidade para realização de eventos voltados a área cultural.

Todas as solicitações de uso do Vera Cruz deverão ser realizadas através do preenchimento de um requerimento formal, disponível no site da Fundação Cultural e no próprio Cine Teatro, conforme especificado no Decreto Municipal Nº 784/2009.

As regras, procedimentos e condições para utilização do espaço físico e das instalações do “Cine Teatro Municipal Vera Cruz” obedecerão ao disposto neste Decreto.

Os requerimentos deverão ser encaminhados ao escritório do Cine Teatro Municipal Vera Cruz, onde passarão por uma análise e posteriormente encaminhados à Fundação Cultural de Uberaba. Os pedidos serão analisados e respondidos no prazo de cinco (5) dias úteis.

O uso do “Teatro Municipal Vera Cruz” será avaliado conforme a natureza do evento e a disponibilidade da agenda do teatro, desde que os eventos sejam espetáculos de natureza artística e cultural, conforme termos dos arts. 3º a 5º, da Lei nº 10.185, de 2007, e suas posteriores alterações.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba

Igreja de Santa Rita - Museu de Arte Sacra


Igreja Santa Rita de Cássia - Foto - Antônio Carlos Prata


A Igreja Santa Rita de Cássia foi construída no centro de Uberaba, local onde teve início o povoamento da cidade de Uberaba. Alguns historiadores relatam que a igreja foi construída em Uberaba, no ano de 1854, e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1939. Atualmente dentro da igreja se encontra instalado o Museu de Arte Sacra, sendo que contem um riquíssimo acervo cultural composto de peças barrocas dos séculos XVIII e XIX, neste acervo existem também peças doadas pela Cúria Metropolitana contendo vestes sacras, estandartes de procissões como paramentos, alfaias, imagens e mobiliário.

Um grande destaque do acervo é um conjunto de Casula feito com tecido bordado com linha e fios de outro que são originários da França do começo do século XX. Outra peça muito importante para o acervo e a escultura em madeira policromada de Santa Rita de Cássia ou Santa Rita das Causas Impossíveis para os devotos, sendo esta a única imagem que existe da capela original, mas no ano de 2003 a imagem foi restaurada com suas características originais.

Os historiadores relatam que o período que mais houve prosperidade para a cidade de  Uberaba foi  no século XIX, entre os anos de 1820 a 1859. Estudiosos relatam que nesta época que a cidade de Uberaba alcançou os privilégios que uma cidade precisa ter para se tornar uma cidade, desta época existia um comércio muito forte e o desenvolvimento acontecia gradativamente vigiado pelos padroeiros São Sebastião e Santo Antônio, a fé do povo se expandiu e mais uma capela foi erigida, dedicada a Santa Rita das Causas Impossíveis.

Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto que era de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa para se livrar do vício da bebida, mandou construir em 1854 a pequena capelinha em louvor a Santa.

Conta a tradição que no final do século XX (1980), nas escadas desta igreja, apaixonaram-se, perdidamente, um paulistano e uma tocantinense, da cidade de Peixe, desde então, outros namorados igualmente apaixonados, ali, nos mesmas escadas, esperam o aparecimento da lua, pretendendo reviver aquele inesquecível paixão.

A igreja teve que passar por um processo de reforma que foi realizado pela Casa do Artesão, com incentivos da Vale Fertilizantes (então Fosfertil), Valmont, Souza Cruz e Cemig, por meio da Lei Rouanet. O orçamento total do projeto de restauração do prédio foi de aproximadamente R$ 770 mil. O responsável pela exposição é o coordenador do Museu de Arte Sacra, o artista plástico Hélio Siqueira, funcionário público municipal e considerado como um artista de múltiplas manifestações. Desde seu surgimento a igrejinha de Santa Rita se tornou ponto obrigatório de visitação e ao longo de sua história serviu de inspiração para fotógrafos, poetas e pintores do Brasil e do Mundo. A igreja é o único prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural em todo o Triângulo Mineiro.

No seu exterior, a igreja não possui muros ou cercas e totalmente aberto e decorada com um jardim composto por gramado e várias plantas e árvores como coqueiros. No interior da Igreja de Santa Rita é composto de uma decoração muito antiga conservando as propriedades originais de decoração. Existem várias imagens e vestimentas que compõe a decoração da igreja, conjunto de relíquias, castiçais, ostensórios, conjuntos de casula romana e um belo altar contendo a imagem da Santa Rita de Cássia para adoração dos devotos.

Pesquisa: Hélio Siqueira

Auxiliar de Ação Cultural: Adriana Cristina Silva e Ozana Soares Durão

Museu de Arte Decorativa (Mada)

 

Museu de Arte Decorativa (Mada) 

O Museu

O Museu de Arte Decorativa (Mada) está instalado na Casa José Maria dos Reis e conta com uma programação anual de eventos e exposições culturais que contempla vários seguimentos das artes visuais. O museu conta com um acervo de mais de 100 peças dedicado à memória da casa, objetos, e costumes da família,  com o intuito de guardar parte importante do patrimônio cultural da cidade de Uberaba. Entre as peças estão móveis, porcelanas inglesa da década de 20, pinturas, uma biblioteca e objetos de decoração, com destaque para a coleção de obras do artista Reis Júnior composta por pinturas, desenhos e afrescos.

Voltado para a cultura da família brasileira o Mada aborda diversos segmentos relacionados ao cotidiano da família, entre eles a arquitetura, mobiliário, artes plásticas e decorativas. A obra de Reis Júnior, ex-proprietário do local onde se encontra o Museu constitui a parte principal do acervo do Mada. A primeira obra a integrar o acervo foi sua grande tela "Retirada da Laguna". No interior do museu a sala de jantar exibe uma réplica da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci e um barrado de estilo "art déco", ambos devidamente restaurados.

Casa José Maria dos Reis, considerado último marco rural da malha urbana no Alto Estados Unidos, em direção às saídas para outras cidades, em passado remoto, a Chácara Eucaliptos, de José Maria dos Reis, teve sede construída em 1916. Atualmente, está ligada ao centro da cidade de Uberaba, que se atinge em cinco minutos, a veículo motor. É presente dos descendentes de seu fundador à comunidade cultural de Uberaba, através da neta, Niobe Hussar dos Reis Batista e seu esposo Evaldo dos Santos Batista, que a doaram ao município em 24 de agosto de 2000. Com recursos necessários para restauração da edificação, o Museu de Arte Decorativa (Mada) ocupa esta que é denominada Casa José Maria dos Reis e está disponível para eventos e exposições culturais.

Voltado para a cultura da família brasileira e triangulina – pretendendo discutir diversos seguimentos relacionados ao cotidiano da família, entre eles arquitetura, mobiliário, artes plásticas, artes decorativas e utilitárias. O Museu quer também locar as manifestações da cultura popular – entre elas a tecelagem manual que é uma das produções mais ricas e tradicionais do povo do Triângulo Mineiro – e rediscutir a importância das famílias na ocupação do Sertão Mineiro nos séculos XIX e XX.

A primeira exposição iniciada dia 22 de abril de 2002, com obras do artista plástico Reis Junior, foi um resgate da memória do próprio espaço museológico que hoje possui um significativo acervo de obras desse artista, entre eles o retrato de sua mãe Artemira de Souza Reis e de seu pai José Maria dos Reis. Depois vieram várias outras mostras de grande relevância para o cenário cultural de Uberaba, entre elas “Art Nouveau Transição”, “O Mobiliário na Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo”, “José Duarte de Aguiar – Arquiteto de Referências”, “O Arquiteto dos Casulos” do artista Paulo Miranda, “Desenhos e Pinturas de Eugênio Paccelli”, “Colecionadores” e mais recentemente a mostra “Objetos de Cerâmica” com esculturas e objetos utilitários de várias regiões do Brasil.

O Museu de Arte Decorativa conta ainda com um acervo de mais de 100 peças entre móveis, porcelanas, pinturas e objetos de decoração.




José Maria dos Reis


(Uberaba, 24 de setembro de 1877 – 24 de março de 1934, Uberaba)

Filho de Fidélis Gonçalves dos Reis e Escolástica Guilhermina dos Reis, José Maria dos Reis nasceu em Uberaba, em 24 de setembro de 1877. Frequentou a Escola Normal, retirando-se da escola para trabalhar no balcão. Com o irmão Fidélis Reis montou pequeno comércio de gêneros do país. Matriculado no Instituto Zootécnico de Uberaba, formou-se engenheiro agrônomo em 1899. Ainda nos bancos escolares, fundou a Revista Agrícola, iniciando sua atividade jornalística.

Atuou como redator, colaborador, diretor e fundador de revistas e jornais, entre os quais A Revista Agrícola, A Sentinela, Gazeta de Uberaba, Lavoura e Comércio, O Município, Revista de Uberaba, Jornal do Triângulo, A Separação, Brasil Central, La Hacienda, A Tribuna, O Araguari, O Jornal do Comércio (de Uberaba), A Rural, O Civilista. Lembramos que O Jornal do Comércio e A Rural foram de sua propriedade.

Atuou em numerosas campanhas, quase sempre ao lado da oposição: Campanha Civilista, com Rui Barbosa; Reação Republicana, com Nilo Peçanha; Aliança Liberal, com Antônio Carlos. Ingressou no Partido Republicano e participou ativamente das lutas políticas locais. Elegeu-se vereador à Câmara Municipal (1908 – 1912) e deputado estadual.

Fundou e dirigiu a Fazenda Modelo de Seleção; obteve do Governo a fundação do “Instituto Agrícola Borges Sampaio” (ensino profissional rural); desenvolveu campanha pelo reflorestamento dos chapadões, com o cultivo de eucaliptos; organizou e dirigiu a chácara “Nova Granja”, criando um empório de gado indiano.

Fundou em Uberlândia uma fábrica de tecidos, depois vendida para Uberaba. Para a mesma cidade conseguiu do Governo a criação de uma “Fábrica de Sementes”. Dedicou-se à agrimensura, demarcando fazendas. Por volta de 1916 construiu a “Vila Eucaliptos”, residência de sua família e onde se instala a “Casa José Maria dos Reis”.

Casou-se em 1900, com D. Artemira de Sousa Reis, com quem teve 15 filhos: Suzana Reis Pereira, Sarah Reis, Milo Reis, Silas Reis, José Maria dos Reis Júnior, Abel Reis, Celuta Reis, Artemira dos Reis Carvalho, Ecolástica Reis, Maria José dos Reis, Ana dos Reis Campos, Sofia dos Reis Oliveira, Eva Reis Bakô, Márcia dos Reis Vieira da Silva e Inocência Reis.



Reis Júnior


(Uberaba, 1903 – 1985 Rio de Janeiro)

Pintor, desenhista, historiador, crítico e professor de arte. No Rio de Janeiro, frequentou, entre 1919 e 1922, a antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde recebeu orientação de Modesto Brocos, em desenho, e Rodolfo Amoedo, em pintura.

Preferiu, então, seguir um caminho de orientação artística independente, realizando em 1923 sua primeira exposição individual, no Palace Hotel (Rio); nessa mostra figurava uma obra de grandes dimensões, A Retirada da Laguna, encomendada pela Câmara Municipal de Uberaba (hoje, integrando o acervo da “Casa José Maria dos Reis”). No mesmo ano executou paineis e cartões para vitrais destinados ao Teatro e Cassino Parque Balneário de Santos.

Depois de novas exposições, em São Paulo (1924 e 1927) e Belo Horizonte (1928), foi nomeado professor de desenho da Escola Normal de Uberaba (Escola Estadual Castelo Branco). Em 1930 executou paineis para o Teatro de Poços de Caldas.

Em viagem pela Europa, como bolsista, nessa mesma época passou logo em seguida a atuar como enviado especial dos Diários Associados, nos quais colaborou durante alguns anos como crítico de arte.

Publicou, em 1944, a História da Pintura no Brasil, livro de amplo âmbito e mais de trezentas ilustrações; outra obra de sua autoria é a biografia crítica de Osvaldo Goeldi (com quem conviveu durante muitos anos), editada em 1966. Lecionou história da arte no Instituto de Belas Artes (Rio).
No campo da pintura dedicou-se preferentemente ao retrato (embora trabalhasse também com a paisagem); entre os que pintou destacam-se os de Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, de Carlos Drummond de Andrade e Augusto Frederico Schmidt. (Roberto Pontual in Dicionário de Artes Plásticas no Brasil, 1969).

Acrescente-se a estes dados a publicação do livro Belmiro de Almeida 1858 – 1935, editado pela Pinakotheke, Rio de Janeiro, 1984.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba


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Cidade de Uberaba



domingo, 19 de fevereiro de 2017

Santuário da Medalha Milagrosa (1949)


Primeiro  Mosteiro na rua Gonçalves Dias, em 1951 



Segundo Mosteiro na rua Afonso Rato, e definitivamente em 1961
Neste prédio, teve início, o Culto da Novena da Medalha Milagrosa Uberaba 




Mosteiro e Santuário em construção, 1959 



Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em construção 


D.Alexandre Gonçalves do Amaral, então bispo de Uberaba 


Trasladação das Irmãs Concepcionistas Enclausuradas para o novo Mosteiro
 da Medalha Milagrosa.


 Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - década:1960 



 Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Foto:Antonio Carlos Prata


      
  Interior  do Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Foto: Antonio Carlos Prata




A história do Santuário da Medalha Milagrosa confunde-se com a historia do clero e do povo católico uberabense e indubitavelmente com a própria caminhada na fé das irmãs concepcionistas. Desta forma, o início desta memória vai até o século XV na Espanha, onde uma jovem chamada Dona Beatriz da Silva, de origem lusitana e nobre se recolhe em vida monástica após perseguições sofridas na corte castelhana. Transcorridos os trâmites eclesiásticos, em 1498 o Papa Inocêncio II através da Bula Inter Universal autorizou o funcionamento da Ordem da Imaculada Conceição – OIC. Esta ordem, que possui no silêncio adorante e na experiência contemplativa marcas indeléveis de sua identidade religiosa, nos exemplos da virem Maria e de Santa Beatriz inspirações para o seguimento a Jesus Cristo chegou a Uberaba – no Planalto Central  do Brasil  - em junho de 1949.Ainda que estivessem separadas por milhas daquele primeiro mosteiro em Toledo e séculos e séculos daquelas primeiras irmãs que ouviram o chamado de Cristo na pessoa de Santa Beatriz, as irmãs que chegaram a Uberaba estavam àquelas unidas através de uma profunda e ininterrupta historia de amor a Deus.

    Tendo chegado em junho de 1949,sob a condução de Madre Maria Virginia do Nascimento, as irmãs concepcionistas fixaram-se em dois endereços distintos antes de,finalmente,se mudarem para onde, ainda hoje, se encontram localizadas. Primeiro formaram o Mosteiro na Rua Gonçalves Dias, em 1951 mudaram-se para Rua Afonso Rato e definitivamente em 1961  o Mosteiro foi estabelecido na Rua Medalha Milagrosa e desde 1955 tem se rezado a Novena Perpétua de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, infundindo esta devoção mariana tão presente em nossa Igreja Particular através da gerações.

    Os leigos tiveram papel central no desenvolvimento material e espiritual do  Santuário, visto que contribuíram desde o princípio seja com a realização de festas e campanhas seja na participação piedosas nas santas missas e novena. Lembramos de forma particular o dr.Nicolau Laterza e o sr. Orlando Bruno, respectivamente autor do projeto arquitetônico e presidente da Comissão Construtora do Santuário; o Prof. Djalma Alvarenga de Oliveira, fundador e entusiasta da Novena Perpétua, as sras.Arethusa Fernandes Brasil e Esperança Ribeiro Borges, respectivamente responsáveis pela Comissão Feminina Pró-Construção e difusora da devoção à  Medalha Milagrosa através do Correio Católico e   da extinta radio PRE-5.

    Quanto à participação do clero, destacamos a figura sempre altiva de D.Alexandre Gonçalves do Amaral, então bispo de Uberaba e incentivador constate da presença religiosa no território arquidiocesano; também haveria de proclamar Nossa Senhora da Medalha Milagrosa como rainha da diocese de Uberaba. Foram Capelães e reitores das irmãs concepcionistas:Mons.Genésio Borges (1955 a 1994),D.Benedito de Ulhôa Vieira (1997 a 2005) – na condição de arcebispo emérito – tendo sido auxiliado por Pe. Sebastião  Ribeiro (2002 a 2003) e Pe.Roberto Oliveira (2004) na condição de pró-reitores,Pe.Geraldo Maia (2005 a 2007) e atualmente o Reitor é Pe.Ricardo Fidélis. O Mosteiro da Imaculada Conceição, da Divina Providência e de São Jose é atualmente  conduzido pela Abadessa Madre Maria dos Anjos do  Santíssimo Sacramento – OIC.




Fonte:  “Preservando a Memória “da Irmã Maria  Antônia de Alencar – OIC.”Memoria da Arquidiocese de Uberaba “de Pe.Thomaz de Aquino Prata.



Vitor Lacerda

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Inauguração da maior Parada de Gado Zebu do Mundo - Uberaba

Parque dr.Fernando Costa - ABCZ

Década de 1970 


      Inauguração da maior Parada de Gado Zebu do Mundo - Uberaba - Minas Gerais                                 
        Participaram do evento o governador mineiro Rondon Pacheco, o ministro da Agricultura, prefeitos e representantes das secretarias de Estado.                                                                   

Praça Rui Barbosa

Praça Rui Barbosa -  Foto:1970 

Foto:Autoria desconhecida    
                                                                                                                                                                    

"É o mais antigo logradouro público de Uberaba, pois, foi na sua parte inferior que se começou a edificação do primeiro prédio que Uberaba teve. Dele partem as seguintes ruas, a saber, canto inferior direito, a Coronel Manuel Borges; centro, a Artur Machado. Esquerda, a Vigário Silva, lado sul, ao meio, a rua de Santo Antônio. Canto superior direito, a rua Olegário Maciel e superior esquerdo, a rua Tristão de Castro; lado norte, no meio, a rua São Sebastião. É inteiramente calçada a paralelepípedos e com luxuoso jardim à frente da Catedral do Bispado. Nos alinhamentos em diferentes lugares ficam o Paço Municipal, hoje Prefeitura, o Teatro São Luís e custosos prédios particulares. Primitivamente chamava-se ‘Largo’, mais tarde ‘Largo da Matriz Nova’, ‘Largo da Matriz’, praça ‘Afonso Pena’ (1894-1916) e finalmente praça Rui Barbosa." (PONTES, 1970, p.287).

NA BARBEARIA DO “GENERAL” - UBERABA


Fachada do Salão do General - década de 1970



Ainda coisas leves nesse final de ano. O anedotário de Uberaba é notável. “Causos” sobre gente e coisas da cidade, vale a pena anotar. Sempre convivi com amigos “fornecedores” de histórias da terrinha bem mais que eu. Na barbearia do “General”, os gozadores de sempre, escolheram , por volta de 1960, figuras da cidade que pudessem representar a numeração do “jogo do bicho” na cidade. A lista é histórica. Acompanhe: Número 1- Primo Ribeiro, comerciante. 2- Secundino Lóes, dentista. 3- Tércio Camargo, fazendeiro. 4- José Torquatro, motorista. 5- Quintoliano Jardim, jornalista, dono do “Lavoura e Comércio”. 6- José Sexto Batista, bancário. 7- Sétimo Boscolo, empresário. 8- Oitávio Azevedo, contador. 9- Nono Prata, pecuarista. 10- Chiquito Des..cina, farmacêutico. 11- Onzório Adriano, ricaço da cidade. 12-Dozinho Bruno, advogado. 13- Antônio Trezzi dos Reis. Industrial. 14- José Catorze, puxador de carro, bastante conhecido da policia. 15- Quinzinho Maia, dono do bar “Tip-Top”. 16- Leão Borges, ex-deputado estadual por Uberaba. 17- “Coronel Delcides”, figura popular na terrinha e cujo apelido era “Macaco”. 18- “Sugismundo Mendes”, nome de rua de Uberaba. 19- Armando “Pavão”, comerciante aposentado. 20- “Peru” açougueiro no bairro São Benedito. 21- “Tourão”, eterno candidato à vereador e figura popular na cidade. 22- “Zé Onça”, bandido preso no Parque das Américas. 23- Ursulino, “vendeiro” no bairro Estados Unidos. 24- aí deu voz geral: cada um escolhe o seu. 25- Vaquinha, centro avante ídolo do futebol uberabense…
Então eu pergunto: alguém pode com a verve do uberabense, conversando em salão de barbeiro?
Aos seguidores do “Barão de Drummond”.


(Foto do acervo pessoal do Natal Rafael da Silva Maiolino)

Luiz Gonzaga de Oliveira

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Antigo Uberaba Hotel

Antigo Uberaba Hotel

Antigo Uberaba Hotel, ano 1975, demolido, suas instalações era na Rua Alaor Prata, esquina com Rua Segismundo Mendes. Na década de 1930, chamava-se Hotel Goiano e, posteriormente, foi anexo do Hotel do Comércio antes de denominar-se Uberaba Hotel.

(Foto do acervo pessoal do jornalista Paulo Nogueira)  


O RESTAURANTE “3 COROAS”

Em comentários antigos , contei-lhes como surgiu o “Bar da Viuva”, tradicional ex-casa de chope da terrinha, seguramente há mais de meio século. Outros bares e restaurantes da sagrada terrinha, já “se foram”e não mais pertencem ao mundos vivos, mas que deixaram marcas profundas naquela antiga Uberaba.O bar “Jaú”, do Babá Laterza , na Tristão e Castro, o Bar Babalu, Avenida Almirante Barroso do Bairro Fabrício, o Bar do Caixeta, na esquina da Rua Capitão Manoel Prata com a rua José de Alencar, o “Bronka’s Bar”, do Zé da Bronca e do Bulico, na Artur Machado, o “Chaparral” e o “Bar do Antero”, um perto do outro na rua Padre Zeferino, no bairro Estados Unidos, o “Bolachinha”, na praça Thomaz Ulhoa, o “Bar do Dica”, na avenida Fernando Costa, o “Bar do Yassu”, na Tristão de Castro, Bar Mil Reis, esquina da Praça Manoel Terra com a rua Dos Andradas, o Bar Buraco da Onça, na avenida Leopoldino de Oliveira, o “Bar do Omar”, na praça d’Abadia, o “Tip-Top”, “Galo de Ouro”, “Guarani” e o “Marabá”, um pertinho do outro, na Leopoldino entre Artur Machado e Segismundo Mendes, foram locais de encontro que marcaram época na terrinha...De todos eles (outros que não citei por absoluta falta de memória), sempre se guardou uma saborosa história. Figuras assíduas identificavam o bar com os seus frequentadores. Muitos desses bares aumentaram seus serviços e transformaram-se em bares e restaurantes. Aliás, até que é muito “chique” falar “ bar e restaurante”, ou não ?

Bar e restaurante Três Coroas - (fechado)


Bar restaurante Viúva, (fechado)

Bar Mil Reis - Atualmente funcionando na Praça Manoel Terra, 382 no bairro Nossa Senhora Abadia em Uberaba, MG 



Bar Babalu - Atualmente funcionando na Av. Almirante Barroso, 319 - Fabrício, Uberaba - MG - Telefone: (34) 3332-6657


Bar do Archimedes - Atualmente funcionando na R. Tiradentes, 121 - Fabrício, Uberaba - MG, 38065-010 Telefone: (34) 3312-2050


Bar do Caixeta - Esquina da Rua Capitão Manoel Prata com a rua José de Alencar (demolido)


Bar do Dica, avenida Fernando Costa, 43 – Bairro: São Benedito (fechado)

Bar e restaurante Três Coroas - (fechado)

Bar Buraco da Onça, (fechado)

Bar do Yassu, Rua Tristão de Castro, 457 – Bairro: São Benedito, Uberaba – MG. (fechado)  

No inicio dos anos 60,frequentei, com muita assiduidade, um dos lugares mais de Uberaba e, como eu, quase que a cidade inteira: o bar e restaurante “ 3 Coroas”, na simpática Vila Maria Helena, rua Boa Esperança com Tenente Joaquim Rosa. “3 Coroas”, nome pomposo!

Coroa é símbolo de dinastia imperial e monárquica, pois até o luminoso da casa, mostrava 3 coroas imperiais superpostas uma a outra. Mas, porque “3 Coroas”?, era a curiosidade geral. Como teria originado o nome? Não me faço de rogado e prazerosamente, conto-lhes a história. O patriarca Abrahão Miguel e a esposa dona Helena, resolveram mudar-se de sua querida Veríssimo, vizinha ‘de grito” de Uberaba, aonde desde que vieram da Síria para o Brasil, “fincaram pé”e constituíram família. Família grande, diga-se. Muitas filhas e dois homens. Esses, logo casaram-se e “bateram asas” pelo mundo. Das moças, as mais velhas logo também casaram e as três “caçulas”, solteiras e inseparáveis e também inseparadas dos pais. Veríssimo estava ( como está te hoje), parada no tempo. A sorte seria tentada em cidade maior. Por que não Uberaba? Aqui, a família assentou barraca, trabalhando sempre.”Seo”Abrahão morreu. Anos depois, dona Helena. Restaram as 3 solteiras. Na portinha da casa, vendiam o “jogo do bicho”, uma verdurinhas, uma cervejinha, um “tira-gosto” e, eis que de repente, não mais que de repente, estavam as irmãs, Zaíra, Síria e Abadia, fazendo quibe assado, quibe frito, quibe “nie”, malfufe, ariche, “tirrine”, “mijadra”,pão sírio, churrasquinho e a freguesia aparecendo ao fim da tarde.

Um freguês conta para o amigo, que conta pro outro amigo, que leva outro amigo, que convida o terceiro amigo; uns levam os apetitosos aperitivos para casa e. logo, logo, a fama se espalhou; todo mundo querendo saber onde era a casa que vendia comida árabe. Solteironas convictas, educadas e alegres, além de super simpáticas até a raiz do cabelo, tratando a freguesia que aumentava dia a ia, com cortesia e delicadeza, além dos pratos de primeira qualidade, cerveja geladinha, “papo” dos melhores, a salinha foi se tornando pequena. Nildo Barroso, ia todo fim de tarde e levava os amigos.-“Vamos lá na Coroas”...”coroa”, todo mundo sabe , afetivamente, é a mulher de meia-idade e geralmente solteira. Não deu outra.-“Vamos lá nas Coroas?”-“Onde?””Nas 3 Coroas!”O nome “pegou” como cola de visgo.

No bar e restaurante, ficaram mais de 30 anos, recebendo bem a todos, brancos, negros, ricos, pobres, solteiro , casado, “tico tico no fubá”, namorados, as “ 3 Coroas” era sinônimo de encontro de amigos. Cansadas da labuta diuturna, passaram o comando aos sobrinhos, Samir, inicialmente e depois à Deladier e Tuffy Jr., dentistas que, sem deixarem a profissão,deram sequência, por algum tempo, ao grande amor d as “tias”:o Restaurante 3 Coroas” e o mesmo padrão de qualidade. As 3 coroas, foram descansar. Deus chamou-as para o seu reino. Primeiro, a Síria.Depois, a Zaira e por último, a “caçula” Abadia...Meus olhos estão marejados de saudade... com elas morreu o primeiro restaurante de comida árabe na sagrada terrinha... (Luiz Gonzaga de Oliveira)

Reunião entre amigos na Choperia Archimedes

 3ª Reunião em 26 de março de 1999 - Foto 1


Presenças: Dorival Cicci, Mario Arruda, Ely, Mário Alonso, Reynildo Chaves Mendes, José Antônio e Mário Eduardo.


 3ª Reunião em 26 de março de 1999 - Foto 2


 3ª Reunião em 26 de março de 1999 - Foto 3


 3ª Reunião em 26 de março de 1999 - Foto 4

4ª Reunião em 28 de maio de 1999 - Foto 1       


4ª Reunião em 28 de maio de 1999 - Foto 2


4ª Reunião em 28 de maio de 1999 - Foto 3

4ª Reunião em 28 de maio de 1999 - Foto 4

4ª Reunião em 28 de maio de 1999 - Foto 5

5ª Reunião em 27 de agosto de 1999 -  Foto 1

5ª Reunião em 27 de agosto de 1999 -  Foto 2

5ª Reunião em 27 de agosto de 1999 -  Foto 3

5ª Reunião em 27 de agosto de 1999 -  Foto 4

(Fotos do acervo pessoal de Dorival Silveira Cicci)




 História


Casa antiga, repleta de portas e janelas, mesas de madeiras com tampos de granito, cadeiras singelas e uma imensa geladeira de quatro portas compunham o cenário do bar que nasceu em 1952 e deu origem a tradicional Choperia do Archimedes. A bola que ainda rola e gera paixões variadas era tocada com maestria, naqueles tempos, pelo Esporte Clube Fabrício que sagrou-se, inesperadamente, campeão do disputado Campeonato Amador de Uberaba daquele ano.

A conquista, que teve entre seus destaques o Zé do Quelé, que juntamente com o senhor Archimedes Geraldo de Almeida, decidiu abrir o Bar Campeão em homenagem a grande façanha do Fabrício. Atrás do balcão, Archimedes misturava com maestria o excelente bom humor, o sorriso largo, com a firmeza de quem recebia os fregueses na própria casa, afinal, como se diz, ali trabalhava sua família.

Naquele tempo, é bom que se diga, a esquina da rua Padre Zeferino com a Tiradentes era um subúrbio charmoso, entre muitas árvores, grandes quintais e ruas de terra batida. A Igreja de Santa Terezinha, já erguida, era a referência do alto do Fabríco. A casa, construída há mais de cem anos, pertenceu inicialmente a Antonio Pedro Naves que a vendeu a Paulo Finhold, que por sua vez, repassou o imóvel ao senhor Archimedes Geraldo de Almeida, cuja família detém até hoje a propriedade do imóvel.

Alegre e sistemático o Archimedes mantinha a freguesia servindo cervejas tradicionais, bem geladas, cachaças de alambique, com destaque para a Sacramentana e, claro, os quitutes que saiam da cozinha, especialmente o bolinho de bacalhau. Sem dedilhado de violão, sem moda de viola, sem radiola ou eletrola, o bar mantinha-se num sóbrio falatório e com a disciplina desejada; fechava as portas pontualmente à meia noite.

Mesmo sem colocar placa na porta, à medida que o campeonato do Fabrício foi se distanciando pelo tempo, o nome Bar Campeão foi gradualmente substituído por Bar do Archimedes no fim dos anos cinqüenta. Nesta mesma toada, o senhor Archimedes, que passou a ser o único dono do bar, manteve o negócio até o princípio dos anos 80, quando já era conhecido como referência de chopp bem tirado em Uberaba e região.

Entre as passagens interessantes nos anos 50, apesar da ausência de música ambiente na Choperia do Archimedes, está o fechamento do bar por um dia devido a um luto curioso. A morte do cantor Francisco Alves, no dia 27 de setembro de 1952 num desastre de automóvel. A mesma homenagem não foi prestada a Getúlio Vargas, então presidente da República, que se matou em 24 de agosto de 1954. De fora do balcão contam-se também histórias interessantes do garçom Eurípedes Rodrigues de Abreu. Ele, sem qualquer cerimônia, recomendava aos clientes, mesmo aos mais ilustres, a suspensão dos drinks para evitar exageros na embriagues.

Desde então a Choperia do Archimedes passou por inúmeras mãos até encontrar os atuais proprietários que conseguiram restabelecer a tradição da casa, ampliar seu espaço físico e diversificar a clientela. Saulo Kikuchi e Donato Cicci Neto modernizaram a gestão do negócio, ao mesmo tempo, em que restauraram a casa centenária, mantendo suas características originais, cuja arquitetura colonial, gera grande interesse por parte dos clientes locais e de outras cidades. Não é exagero dizer que a Choperia Archimedes é hoje uma forte atração turística na cidade de Uberaba.

Proprietário:Saulo Kikuchi

Fonte - Choperia do Archimedes

Site: www.choperiarchimedes.com.br/

Menu choperiarchimedes.com.br 



Fone: (34) 3312-2050