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domingo, 1 de janeiro de 2017

MINEIRICE

Não é quinta, sei muito bem. Hoje é sexta, não uma qualquer, é magnânima, dia do Senhor. Não falei poesia ontem, o dia foi cumprido, de extrema longitude, com estradas, com curvas, com morros, montanhas. Finalmente cheguei aqui, o berço das alterosas, Serra do Cipó. Gratidão, Senhor, por estar “viadanjando” em mim mesmo. “Poemeuzinho”, estritamente, mineiro.

Mineirice

Quando meus olhos acariciam
as montanhas de Minas,
meu coração já trupica de prazerosidade.
Quando meus pés tateiam
as terras de Minas,
minha alma sacoleja em alentamento.
Quando minhas mãos umedecem
com as águas de Minas,
minha boca saracoteia-se em risos,
minhas lágrimas cachoeiram-se abissais.
Sei-me, finalmente, em casa.

Zé Maria Madureira

ECT


A quinta amanheceu entre trovoadas políticas, “podres poderes”, pobres poderes, farpas corruptas, faíscas mentirosas, palavras duvidosas, cisão. Resolvi, pois, enviar, não mais pelos Correios; mas, por aqui, este meu “poemeuzinho” telegráfico.


ECT


Mando-lhe,

pelo canal do tempo,

meus poemas escondidos,

minha palavras amarradas,

meus anos esquecidos.

Mando-lhe, também,

meu envelope de sonhos,

meu grito preso na garganta,

minhas dúvidas diuturnas.

Finalmente,

mando-lhe, via estrelas,

minha ternura mais pura,

nada mais..






Zé Maria Madureira