De espectadora a protagonista
“Oh! Bendito que semeia / Livros à mão cheia / E manda o povo pensar! O livro caindo n’alma / É germe que – faz a palma. É chuva – que faz o mar!”. Do poeta Castro Alves, na obra “Espumas flutuantes”, de 1870. Em pleno ataque do livro digital contra o de papel, assistimos dia desses em Araxá o que há de mais bendito em semeadura de livros. Milhares de pessoas conviveram harmonicamente com milhares de livros.
João Eurípedes Sabino - Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Foto: Reprodução.
A Academia de Letras do Triângulo Mineiro em 21/06/2019 se fez presente no VIII Festival Literário de Araxá, onde nossos representantes debateram sobre suas obras literárias. Muita honra, uma vez que lá perfilamos com vultos da literatura nacional e internacional. A lista é enorme e confesso que, para citá-la, ocuparíamos este espaço. Limito-me em citar apenas, com a aquiescência dos não citados, o nosso literato-mor, Machado de Assis, patrono e homenageado nos seus 180 anos de nascimento. Literatos no evento: quase 100. Livros para venda: 80 mil. Público presente: 30.000 pessoas!
Os Acadêmicos Arahilda Gomes Alves (obras premiadas no Brasil e exterior), Paulo Fernando Silveira (livros colocados na Biblioteca do Congresso Americano), Renato Muniz de Carvalho (lido no Brasil inteiro) e Vera Dias (premiada com livros sobre o Luto) não deixaram a desejar na exposição impecável de seus temas. Vai para a minha história pessoal a atribuição insigne que me conferiu o FLIAraxá de mediar tão salutar debate.
Num ambiente regado com sentimentos superiores e inspirado em pensamentos de alta hierarquia, o FLIAraxá, segundo encontro literário do País, nos faz concluir que o livro de papel não morrerá. Enquanto existirem o autor, o livro e a leitura, tal tripé subsistirá por si mesmo e não haverá quem o leve à extinção. A emoção, a sensação do contato e a visão das três dimensões tornam o livro objeto indestrutível. Ele é uma das mais belas invenções da humanidade. É a chave que abre as portas do saber.
Dezoito instituições de grande porte, incluindo-se oficiais e privadas, embasam a plataforma para que todos os anos ocorra em Araxá aquele acontecimento literário. Esse é o Brasil que tanto necessitamos.
Nossa instituição acadêmica inaugura nova fase em que de espectadora passou a protagonista. Obrigado, FLIAraxá, pela distinção, com um agradecimento especial ao Curador, Escritor Luiz Humberto França.
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Cidade de Uberaba