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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O FATO QUE VOU NARRAR, ACONTECEU NUMA ANTE VÉSPERA DE FIM DE ANO. 74|75, POR AÍ. LOCAL: BAR “TIP-TOP”

O fato que vou narrar, aconteceu numa ante véspera de fim de ano. 74|75, por aí. Local: bar “Tip-Top”,um dos mais tradicionais de Uberaba em todos os tempos, ficava no prédio da ACIU, na Leopoldino de Oliveira, quase ao lado do saudoso Grande Hotel. Ponto obrigatório dos uberabenses, o “Tip-Top”, abrigava também tipos populares. Um ficou famoso no “pedaço”: baixinho, falante, roupa limpa, embora não fosse muito amante de um bom banho, bebia como gente grande. Mãe, servente do “Grupo Brasil”. O pai, coitado, morreu cedo. Nasceu José Antônio Costa, “Totinho”, o apelido, pegou como visgo. Ligado aos meios de comunicação, os amigos eram da área. Trabalhou em rádio, depois TV, era um “faz tudo”. Baixinho de tambor grande, “Totinho” era bom de copo. Cerveja, uísque, cachaça, vinho, vodca, conhaque, rabo de galo, o que viesse, traça. Só não bebia “chumbo derretido”, avisava.

No pré-reveillon, sozinho, entrou no “Tip-Top”. Mais “prá lá do que prá cá”. O sempre lembrado, Quinzinho Maia, dono do bar, depois de um dia-noite estafante, fecha a casa e vai para o seu merecido descanso. 2 da manhã, tilinta o telefone na cabeceira da cama do Quinzinho. Sonolento, atende:- Alô”. Do outro lado da linha, uma voz pergunta:- “Aqui é o Totinho. A que horas V. vai abrir o bar amanhã?” Quinzinho, desesperou: -“Ah! Não Totinho, me amolando às 2 da manhã”…

Puft..bate o telefone e vira pro canto, “morto” de sono. 4 da madrugada, o telefone toca novamente. Desconfiado, Quinzinho, sai nos berros:-“Alô, não vai falar que é o Totinho novamente…”Era e pergunta, voz suplicante:- “Quinzinho, por favor, a que horas V. vai abrir o bar?”. Quinzinho, solta uma saraivada de palavrões e desliga o telefone. 7 da manhã, banho tomado, barba feita, café na mesa, toca o telefone. Mais calmo, atende:-“alô”. Voz rouquenha do outro lado:- “Quinzinho, me desculpe, a que horas V. vai abrir o bar?”. Segurando o riso, não se furta á clássica pergunta:”Totinho, não é possível. 7 da manhã e já querendo tomar a primeira do dia, faça-me o favor”…

Veio então a grande resposta- surpresa do Totinho:-“Não Quinzinho, não é isso não. Eu dormi debaixo da mesa, quando acordei, V. já tinha fechado o bar. Eu só quero ir embora prá casa”…
Quinzinho, correu pro “Tip-Top”, soltou o Totinho que, aliviado do susto que passou, correu prá casa para curtir a ressaca…


Luiz Gonzaga de Oliveira