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sábado, 5 de março de 2022

DOAÇÃO HISTÓRICA

Na condição de legítimos donos de uma gleba de meia légua quadrada (equivalente a 2.500 m2) bem na região central do vilarejo eles resolveram fazer, de livre e espontânea vontade, uma “doação ao Senhor Santo Antônio e a São Sebastião para patrimônio de Sua Igreja e ao procurador que houver dos referidos Santos, aos quais cedemos e traspassamos todo o domínio que até aqui tínhamos. E por firmeza de tudo aqui fica expressado, e por eu não saber ler nem escrever somente me assino com uma Cruz sinal de que uso e pela dita mulher assina a seu rogo...” e de tudo mandaram lavrar registro no livro da paróquia.

Rua Tristão de Castro. Foto: Uberaba em Fotos.

E foi assim que Tristão de Castro Guimarães (assinado com uma cruz) repassou o terreno onde hoje se encontra a Igreja Matriz de Uberaba e toda a sua área adjacente.
Por esse nobre gesto é que um dos principais logradouros públicos da cidade leva o seu honroso nome: Rua Tristão de Castro.
Essa importante manifestação de vontade faz parte do livro de registros da paróquia, datado de 28/12/1812, trazendo as respectivas assinaturas em cruz e a rogo, com a identificação das testemunhas presentes ao ato.

Moacir Silveira

sábado, 7 de janeiro de 2017

Origens de Uberaba

Origens de Uberaba


A região do Triângulo Mineiro começou a ter importância quando a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva Filho (filho de Anhanguera) saiu de São Paulo, em 1722, e passou por aqui. Em 1766, foi criado o Julgado do Desemboque, local rico em minas de ouro, que teve seu esplendor até 1781. Para dinamizar a administração dos Sertões, Antônio Eustáquio da Silva Oliveira (natural de Ouro Preto) foi nomeado para a
função de Comandante Regente dos Sertões da Farinha Podre (Triangulo Mineiro). Por volta de 1811-1812 construiu sua residência na cidade e um grande número de pessoas migraram para cá, estimuladas pelas condições geográficas propícias e também pelo prestígio e segurança que Major Eustáquio oferecia. Em 1818, ergueu-se a capela de Santo Antônio e São Sebastião. (Foto:1880).
1820 – O Rei D. João VI, por meio de um decreto datado de 02 de março, eleva o povoado à Freguesia de Santo Antônio e São Sebastião. Isso representava, segundo a estrutura colonial, a institucionalização da vida das comunidades, o reconhecimento oficial perante a Igreja e o Estado, a ordenação da vida civil. Após esse ato, o padre passa a residir permanentemente na Igreja, facilitando a vida da comunidade, cria-se um cartório eclesiástico que abrange uma área com limites definidos, o povoado passa a ter um território delimitado e impulsiona-se o desenvolvimento social e administrativo.
Fonte: Boletim Informativo do APU n°6, março de 1995
Uberaba desenvolveu-se e emancipou-se politicamente tornando-se Vila, em 1836, e Cidade, em 1856. “Uberaba, ao longo de sua história, soube desempenhar o papel de centro comercial articulador dos negócios feitos entre o litoral e o sertão; centro irradiador de povoamento de todo o Triângulo Mineiro e Sul de Goiás; centro cultural do Brasil Central; centro defensor do criatório zebuíno e, hoje, grande centro produtor de fertilizantes e defensivos agrícolas do país” (Coutinho, 2002).
Fonte: Boletim informativo do APU, n° 11, março de 2000.