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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A “RUA SÃO MIGUEL” E OS POLÍTICOS...

(Quanto mais você agacha, mais a bunda aparece...)

Pornográfico? Não ! Texto realista ? Sim ! Chega de “ puta véia”. Elas não “ dão mais caldo”, nem nos representam “.. A pedida da vez, as meninas que perderam a virgindade a pouco tempo...”Respeitosamente, esse era o “papo” dos boêmios frequentadores da famosa rua “São Miguel”, “baculerê” da saudosa Uberaba dos anos 50 do século passado. ( Tempos que não voltam mais...) .Incrustada no centro da cidade, atrás da Catedral Metropolitana, inicio da praça Frei Eugênio, direção ao bairro d’Abadia, a “ rua São Miguel”, era famosa no Brasil inteiro. Macho que visitasse Uberaba e não conhecesse a “ rua do santo”, não conheceu a sagrada terrinha..

As “ putas véias” daquele tempo, Amelinha, Negrinha, Jovita, “tia Moça” ( que era velha...), Tubertina, Isolina, Nena, além de outras menos votadas. A moçada da época queria “ficar” com as “meninas novas”, procedentes de Goiás, Mato Grosso e interiores de Minas e São Paulo... Na “São Miguel”, abrigavam eleitores de todos os partidos políticos sediados na terrinha.. Não existiam muitas legendas partidárias. . Eram o PTB, de Mário Palmério, a UDN, dos Rodrigues da Cunha, o PSP, de Boulanger Pucci e Antônio Próspero, o PR, do Tatí Prata e Homero Vieira de Freitas, o PSD, do Coronel Ranulfo e Lauro Fontoura, PCB, do Durval da Farmácia. Nada mais!

Quem era “abonado”($$$), jantava no Tabú, com as “ primas”. A plebe rude, se fartava com o churrasquinho do Jaime, à porta do Tabú. “Bebum”, sem grana, “fazia ponto” na “Boca da Onça”, do Caio Guarda. Os “shows” no “Casino Brasil” , comandado pelo Paulo da Negrinha, “estreladosera “fresco” ou “viado”. Motel não existia. O máximo que se permitia, alguns “esconderijos” para encontros furtivos, tinha o pomposo nome de “rendez-vouz”..

Hoje, a “coisa’ está mudada. “Zona do meretrício”, virou “zona eleitoral”, “michê” chama-se “propina”, “gigolô” é assessor, “bate-pau”, é “segurança”... “Puta véia”, políticos que não querem abandonar as “bocas”; “Rendez-vouz”, ou “casas de prostituição”, conhecidas como Câmara, Senado, Assembléias, Palácios e Prefeituras. “Donas de bordel”, políticos corruptos, agarrados ao Poder. “Rua São Miguel”, mudou de endereço... “Meninas novas no puteiro”, os jovens, ingressando na vida publica. Frequentadores do “puteiro”, eleitores que votam por dinheiro, cargo público, sem concurso..Esperando sempre por uma “ boquinha”....

Ao frequentar as “ ruas das eleições”, procure “ficar” com “puta nova”. Neca de “puta véia”. Política não é prostíbulo. Os políticos é que frequentam a “ casa errada”. As “Negrinhas’, “tia Moças, “, “Tubertinas”, “Nenas” e “Isolinas” da nossa política ,não devem ser reconduzidas às “velhas pensões’. São “putas véias”; não dão mais caldo”. São “bananeiras que deram cacho”. O eleitor quer “ puta nova”, recém chegada, limpinha, no “ bordel”...


Luiz Gonzaga de Oliveira


Cidade de Uberaba


domingo, 28 de julho de 2019

LÍNGUA DE FOGO

Oi, turma!
( Como dizem os políticos “ não tem virgem na zona”... )


Enquanto “teve vida”, a rua São Miguel, foi um dos locais mais seguros de Uberaba. O Delegado Lindolfo Coimbra, designou ao seu “ homem forte”, o escrivão Mário Floriano de Moraes, que por ter uma pinta no canto esquerdo do nariz, tinha o apelido de “ Pinta Roxa”, responsável pela guarda policial da cidade. Este, por seu turno, “nomeou” o cabo Tatá e o sargento Ranulfo, pela segurança, ordem e respeito, da zona do meretrício. Qualquer encrenca, logo era resolvida pela dupla.

Os “gigolôs” das ex-donzelas, tremiam de medo e eram incapazes de achacar a namorada, ou mesmo tentar agredi-la. “Cuidado, que eu chamo o cabo Tatá”, era a senha da mulherada.

 O máximo permitido, era dormir sem pagar o “ michê” das meninas... Fato hilariante que marcou a rua São Miguel, foi protagonizado por um jovem da terrinha, filho de família rica e frequentador assíduo da rua São Miguel. Com seus 20 e poucos anos, bancário, dinheiro no bolso, era querido pela mulherada.
Boa pinta, andava na moda. “Gumex” nos cabelos, barba escanhoada, camisas seda pura, calças de vinco bem passadas, sapatos sempre engraxados, fazia sucesso. Contudo, segundo as putas, tinha um costume estranho para a época, a prática do sexo oral. Seus amigos, quando ficaram sabendo, partiram para a gozação, “ o Cidão ( apelido falso) é um tarado”, diziam.

Apreciador da comia baiana, toda vez que “Cidão” se dirigia ao quarto da “companheira”, sem que ela percebesse, mastigava com gosto, 2 a 3 pimentas “malaguetas”. No auge da prática sexual, a mocinha não se continha e começava a gritar, frenéticamente:-“ai, ai, ai, tá ardendo demais !” ocê tem língua de fogo ! Para ! Para !” “Cidão”, delirava. Ria à cântaros do desespero da pobre coitada...

A fama do bancário correu, célere, em toda a “São Miguel”. Aquelas “sofredoras”, por medo ou vergonha, sei lá, não contavam para a nova parceira do “Cidão” e assim, o “língua de fogo” ia fazendo suas “vítimas”. A queixa das meninas era uma só:- “Credo ! Tô com ardume na perereca, até hoje”, reclamavam quando a “ prática” veio à tona...

“Cidão”, ficou famoso na zona. Chegava cedo. Banho tomado, 8 da noite, já estava na zona. Comia 2 espetinhos do Jaime, esquina da rua com a praça Frei Eugênio e ia para sua habitual aventura. Madrugadão, passava no “Tabu”, comia o delicioso sanduíche de pernil do Shin (alô, Waldir !) e voltava prá casa. Até que um dia...

“Cidão”, começou namorar”firme”, moça rica da terrinha. Casou. Ficou uns tempos, quieto. Não resistiu. Continuou mulherengo. Chegava em casa sempre pela madrugada. A mulher, desconfiada das andanças dele. A desculpa era uma só: estava jogando sinuca no bilhar do Manogra”. (Saudade do Manograsse Honório Campos...) Até que uma certa madrugada...

“Cidão” chega em casa. Pé ante pé, tira a roupa. A mulher acordada, espumando de raiva . Levanta-se e ele espanta:- “quéisso, mulher?!”
-On’cê tava ?” perguntou., séria.
-“Tava na casa do Dentinho de Ouro ! E daí ?”
Ela olhou o marido, de cima em baixo.
-“Mentiroso!”
-“Tá ficando louca, mulher ?”
Olhos marejados de lágrimas, o abraça, ternamente e diz:
-“Ocê tava jogando sinuca no Manogra né , meu amor!”
Daquele noite em diante, foram felizes para sempre! Marquez do Cassú.


Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A RUA DO “SANTO”...

Há uma condicionante que, volta e meia, gosto de lembrar: Uberaba é uma cidade exemplar. Tudo aquilo que os nossos homens públicos propuseram realizar, conseguiram vitoriar-se em suas conquistas. Começou com a saga do zebu, o pioneirismo da nossa gente, o intrépido homem do campo, melhorando a genética do rebanho bovino e seus avanços. Na Educação, fomos vanguardeiros, iniciando no ensino profissionalizante e a culminância dos cursos universitários.

Em tempos idos, os bailes homéricos de uma cidade rica, incluindo até “prado de corridas de cavalos”, cassinos luxuosos, a terrinha se fez presente também . Uberaba, entre tantos fatores altamente positivos, não poderia deixar de receber o título de “cidade boêmia”. Cabarés, jogos de azar, prostituição, juntos e misturados, aliados aos “chiques” clubes sociais ...Turistas, forasteiros, visitantes que aqui aportavam em outros tempos, se assustavam quando ouviam falar que o nosso puteiro, tinha nome de santo: São Miguel...Arcanjo ? Não tenho certeza...

                Rua São Miguel – atual Rua Dr. Paulo Pontes                                


Bem central,início do bairro São Benedito, atrás da Catedral Metropolitana, encravada entre ruas familiares, a “São Miguel”, era conhecida no Brasil inteiro. Bem mais “falada” que a “casa da Eny”, em Baurú (SP).Logo na esquina da praça Frei Eugênio, o “Tabu”,Bar-restaurante, famoso e que resiste ao tempo, só que em outro local e inteiramente familiar. Do outro lado da rua, a “venda” do Armando Angotti. Descendo a rua, feéricamente iluminada, lâmpadas”pisca-pisca”, vermelhas , anunciavam as casas: Tunica,Amelinha,Negrinha,Jovita,”tia Moça”,a travessa Ernesto Pena,conhecida como o “beco dos aflitos”.

Do outro lado da rua, a Erotildes, o “Cassino Brasil”, a Tubertina, Nena, Isolina e, quase chegando à rua Vigário Silva, o bar “Boca da Onça”(Não confundir com o sério”Buraco da Onça”...)do Caio “Guarda”,que não fechava nunca, pois,não tinha porta...Final de semana, o movimento na rua, “dobrava”.O “Tabu”,com o Chin e o Antônio, varavam madrugada. O churrasquinho do Jaime,cheirava até no bar do “Yassu”, na rua Tristão de Castro...

A rua do “santo”,também era conhecida como”baculerê”,puteiro,”rua das primas” e outras alcunhas. A “São Miguel”, era freqüentada pela fina flor da sociedade masculina, sem distinção de classe, cor ou credo.Ali, se misturavam homens sisudos,figuras patéticas, jovens bem vestidos,maltrapilhos,pais com os filhos e outras extravagâncias.

O “Cassino Brasil”, era a atração. A mulherada vestia suas melhores roupas, os perfumes mais caros, a “maquiagem” mais atraente, a fim de conseguir o melhor “programa”. O “show” comandado pelo Paulo, amante da Negrinha, culminava com a apresentação da dupla”Birinha e Diquinha”,dois “frescos”( naquele tempo, ninguém falava em homossexual,bicha,travesti,transgênero ou outra espécie) era “fresco” ou “viado”..Além deles, tinha o Amador,viado metido a intelectual, vivia com livros debaixo do braço e puxava a “lili”, sua cachorrinha de estimação, por um cordão encardido...

O respeito na “São Miguel”,era total.Qualquer desavença entre , “gigolô” agredindo mulher,bêbado inconveniente,lá estava o “cabo Tatá”, colocando ordem na “casa”, escoltado pelo “cabo Ranulfo” e o “investigador “ Benedito.

“Andei” pesquisando sobre as “moças de vida nada fácil” que residiam na “São Miguel”. Confesso-lhes,não encontrei nenhuma mãe da atual safra de políticos da santa terrinha...


Luiz Gonzaga de Oliveira                                             

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

RUA SÃO MIGUEL, HOJE, RUA DR. PAULO PONTES - UBERABA

Maio de 1938


Bairro São Benedito/Nossa Senhora da Abadia                                    

     A rua São Miguel “começa na praça Frei Eugênio e finaliza na praça Dr. Tomás Ulhôa. Dá nascimento, à direita, à travessa Ernesto Pena. É atravessada pelas ruas Santo Antônio, Vigário Silva e do Carmo. Em tosca ponte de madeira é atravessada pelo Córrego do Capão da Igreja. É sarjeteada e abaulada acima da rua Santo Antônio. Pertence, antes da ponte, à Colina da Matriz, e além, à d’Abadia, no trecho da Misericórdia.

Em 1855 chamava-se rua da Alegria, posteriormente, do José Fernandes do Ezequiel. A Comissão Recenseadora de 1880 deu-lhe o nome de rua do Carmo, que o Tenente Coronel Sampaio mudou para São Miguel, que tem até hoje. É vulgarmente conhecida por Bacolerê” (PONTES, 1978, p.295).

          Na década de 1970, a rua São Miguel, passou a denominar-se rua Dr. Paulo Pontes. A atual rua Doutor Paulo Pontes, inicia na praça Frei Eugênio e finaliza na rua Vigário Silva, dando início à rua Quinca Vaz, que finda na praça Dr. Thomáz Ulhôa.

Foto: Autoria desconhecida

(Superintendência do Arquivo Público de Uberaba)