Quem foi Leopoldino de Oliveira |
“Nasceu em Uberaba no dia 18 de junho de 1893, filho de Joaquim José de Oliveira e de D. Leopoldina Augusta de Oliveira.
[…] Desde menino revelou-se um espírito irrequieto, independente, altivo.
Tinha vocação para “chefe”, pois, em todos os agrupamentos de rapazes, era o guia e orientador.
[…] internou-se no Ginásio Diocesano e passou a ser um aluno exemplar, bacharelando-se em 1910.
Depois, matriculou-se na Faculdade de Direito de Belo Horizonte, onde se formou, em 1915.
Pobre, estudou à própria custa com muitos sacrifícios e dificuldades.
Foi revisor de jornais […] e promovido a redator do jornal, do qual, mais tarde, veio a ser proprietário.
[…] Cursava o terceiro ano de Direito, quando passou a ser redator do Estado de Minas […].
Desenvolveu pela imprensa memoráveis campanhas, sempre em prol das classes pobres e oprimidas, pelejando pela justiça social.
Nos comícios populares e nos eleitorais, fazia-se ouvir a sua voz vigorosa (era um grande orador), lutando pelos humildes e pela moralidade administrativa.
Formado, veio para Uberaba, onde abriu seu escritório de advocacia.Foi também professor, dirigindo, nesta cidade, de 1917 a 1918, o Colégio Rio Branco.
Militou, ardorosamente, na imprensa, tendo sido um dos nossos mais vibrantes jornalistas.
Colaborou no Lavoura e Comércio, na Gazeta de Uberaba e na Separação.
Empreendedor, ativo, audaz, Leopoldino de Oliveira, por ocasião do nosso magnífico ‘rush’ para as Índias esteve naquele país, de onde trouxe uma leva magnífica de zebus.
Ingressando na política, foi vereador municipal e ocupou cargo de Presidente da Câmara e Agente Executivo, nos períodos de janeiro a abril de 1923, de janeiro a abril de 1924, e de janeiro a 16 de março de 1925.
Reorganizou o ensino municipal e as nossas escolas, preocupou-se com o saneamento da cidade e com a melhoria dos serviços de força e luz, idealizou a abertura (mais tarde realizada pelo Dr. Olavo Rodrigues da Cunha) da grande avenida central que, hoje, tem o seu nome.
[…] Foi deputado federal, de 1924 a 1928.
Então, ao lado de Adolfo Bergamini, de Azevedo Lima e poucos mais, sustentou contra o governo uma campanha que empolgou o Brasil.
Seus admiráveis discursos de crítica e de combate ao Governo, principalmente no caso dos exílios para a Clevelândia, eram lidos e aplaudidos em todo o país.
[…] Tornou-se um nome nacional.
Foi casado com Maria Olímpia de Oliveira e teve dois filhos.
Faleceu em Belo Horizonte no dia 29 de agosto de 1929.”
(Mendonça, 1974, p. 257.)