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sábado, 14 de janeiro de 2017

Quem foi Leopoldino de Oliveira

 Quem foi Leopoldino de Oliveira


“Nasceu em Uberaba no dia 18 de junho de 1893, filho de Joaquim José de Oliveira e de D. Leopoldina Augusta de Oliveira.

[…] Desde menino revelou-se um espírito irrequieto, independente, altivo.

Tinha vocação para “chefe”, pois, em todos os agrupamentos de rapazes, era o guia e orientador.

[…] internou-se no Ginásio Diocesano e passou a ser um aluno exemplar, bacharelando-se em 1910.

Depois, matriculou-se na Faculdade de Direito de Belo Horizonte, onde se formou, em 1915.

Pobre, estudou à própria custa com muitos sacrifícios e dificuldades.

Foi revisor de jornais […] e promovido a redator do jornal, do qual, mais tarde, veio a ser proprietário.

[…] Cursava o terceiro ano de Direito, quando passou a ser redator do Estado de Minas […].

Desenvolveu pela imprensa memoráveis campanhas, sempre em prol das classes pobres e oprimidas, pelejando pela justiça social.

Nos comícios populares e nos eleitorais, fazia-se ouvir a sua voz vigorosa (era um grande orador), lutando pelos humildes e pela moralidade administrativa.

Formado, veio para Uberaba, onde abriu seu escritório de advocacia.Foi também professor, dirigindo, nesta cidade, de 1917 a 1918, o Colégio Rio Branco.

Militou, ardorosamente, na imprensa, tendo sido um dos nossos mais vibrantes jornalistas.

Colaborou no Lavoura e Comércio, na Gazeta de Uberaba e na Separação.

Empreendedor, ativo, audaz, Leopoldino de Oliveira, por ocasião do nosso magnífico ‘rush’ para as Índias esteve naquele país, de onde trouxe uma leva magnífica de zebus.

Ingressando na política, foi vereador municipal e ocupou cargo de Presidente da Câmara e Agente Executivo, nos períodos de janeiro a abril de 1923, de janeiro a abril de 1924, e de janeiro a 16 de março de 1925.

Reorganizou o ensino municipal e as nossas escolas, preocupou-se com o saneamento da cidade e com a melhoria dos serviços de força e luz, idealizou a abertura (mais tarde realizada pelo Dr. Olavo Rodrigues da Cunha) da grande avenida central que, hoje, tem o seu nome.

[…] Foi deputado federal, de 1924 a 1928.

Então, ao lado de Adolfo Bergamini, de Azevedo Lima e poucos mais, sustentou contra o governo uma campanha que empolgou o Brasil.

Seus admiráveis discursos de crítica e de combate ao Governo, principalmente no caso dos exílios para a Clevelândia, eram lidos e aplaudidos em todo o país.

[…] Tornou-se um nome nacional.

Foi casado com Maria Olímpia de Oliveira e teve dois filhos.

Faleceu em Belo Horizonte no dia 29 de agosto de 1929.”

(Mendonça, 1974, p. 257.)