Oi, turma!
(Eleitor gosta de ser sacaneado pelos políticos em troca de 30 dinheiros...)
Nome mais falado em Uberaba nos últimos tempos, já morreu. Leopoldino de Oliveira, a quem foi dada homenagem da ex-mais charmosa e serpenteada avenida da sagrada terrinha. De origem humilde, cursou o Grupo Escolar “Brasil”, concluiu o ginasial no Colégio Marista, mercê intenso sacrifício financeiro dos pais. Ânsia de saber, Leopoldino, foi para Belo Horizonte, trabalhando e estudando formou-se em Direito na Universidade de Minas Gerais. Jornalista, chegou a Redator-Chefe do “Estado de Minas”, o mais tradicional matutino mineiro, embora não tenha deixado de assinar artigos nos jornais locais, “Lavoura e Comércio” e “Gazeta de Uberaba”. Na capital, para manter-se e estudar, sujeitou-se a todos os tipos de serviços que lhe aparecia. Retornando a Uberaba, instalou movimentada banca de advocacia.
Seduzido pela política, fez carreira meteórica: vereador, Presidente da Câmara; depois, Agente Executivo, nome que era dado ao atual Prefeito. Dinâmico, trabalhador, sem preguiça, leal aos princípios democráticos, isento de “ manobras”, já comum à época, sem conhecer as manjadas “licitações’, super exigente no trato das “ coisas públicas”, principalmente o dinheiro sujo, sistemático na transparência dos seus atos, sofreu ataques e uma série de problemas. Por não concordar com costumeiros “ métodos” praticados pelos “ caciques políticos” que dominavam a cidade , oriundos das tradicionais famílias da terrinha, adversários ferrenhos, de morte, de Leopoldino, “armaram” de tudo, covardemente e nas sombras, infames na forma de agir, e o “apearam” do poder.
Decepcionado, não sem razão, ao sofrer tamanha “ rasteira”, aborrecido com as atitudes “sujas” de pessoas em quem confiava, mudou-se para Belo Horizonte. Candidatou-se à Deputado Federal, elegeu-se representando Uberaba. Faleceu em B.H., anos depois. Além do Agente Executivo probo, digno e decente, Leopoldino de Oliveira, nos deixou uma grande obra. Inicio da construção e canalização do córrego das Lages, que cortava o centro da cidade. Mais tarde, em u homenagem, colocaram o seu nome na recém inaugurada avenida.
Leopoldino de Oliveira, deixou um vigoroso legado à política de Uberaba: seriedade, decência, trabalho desinteressado, tino administrativo. As pressões sofridas no cargo, soube superá-las com galhardia e coragem Quando iniciou os trabalhos na avenida, trecho do “morro da Onça” ao mercado municipal, duas pistas de cada lado, advertiu:- “Não tentem “entubá-la”, nem os afluentes da Lages; o centro da cidade, situado numa encosta, não irá resistir o volume d’água das chuvas; os nossos “altos” (bairros) vão crescer e aí será o caos”...
Os “ deuses” da ignorância, prepotência e soberba, na ânsia de serem lembrados, não respeitaram o alerta, quase profecia de Leopoldino. Deu no que deu ! Leopoldino, na sua morada eterna, está remoendo de tristeza e decepção, vendo a avenida no estado em que está . Outrora charmosa, cartão-postal da cidade, ponto comercial de excelência; hoje, “entubada”, “corredor de ônibus”, “cerca de fazenda”, fedentina espalhada em grande trecho, comerciantes fugindo dela e muita gente aproveitando-se dos SEISCENTOS MILHÕES DE REAIS que teriam sido gastos no tal projeto Água viva”, que “revitalizou” uberabenses “quebrados’...A história não pode ser esquecida e muito menos, omitida. Abraços do “Marquez do Cassú”.
Cidade de Uberaba