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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ESSA HISTORINHA ACONTECEU NO FINAL DA DÉCADA DE 50, NUMA ANTEVÉSPERA DO NATAL. PERSONAGENS QUERIDAS E MUITO CONHECIDAS NA CIDADE. OTO SABINO ARAÚJO JR.(OTINHO),

Essa historinha aconteceu no final da década de 50, numa antevéspera do Natal. Personagens queridas e muito conhecidas na cidade. Oto Sabino Araújo Jr.(Otinho), tinha barbearia no início da Artur Machado, hoje, calçadão. Mulherengo inveterado, adorava a noite. Tinha “rapariga por conta” na rua S.Miguel, a Abadia. Morena bonita, magra, cabelos longos e “corpo de violão”. Otinho era o “coronel” e “bancava” a moça na pensão da Negrinha. Casado, raramente dormia a noite inteira na “zona”. Leite Neto, um dos melhores narradores do rádio esportivo brasileiro, fazia sucesso na saudosa P.R.E.-5. Altão, cabelos crespos, porte atlético, sempre bem vestido, também gostava da boemia. Enamorou-se da Abadia, mesmo sabendo que ela “era” do Otinho. O sempre lembrado e folclórico Nenê Mamá, diretor do USC. Amigo de Otinho, “andava” com a “Nenenzão”, mulata de 2 metros de altura, amiga da Abadiinha, como gostava de ser chamada. “Nenenzão” deu a “senha” para Nenê, que logo alertou Otinho. – “Tem boi na linha. Fica de olho, amigão.” Na semana seguinte, Otinho resolveu dormir com a Abadiinha, pois a família tinha viajado…

Leite Neto, o “gigolô”, não sabia. Como sempre fazia, naquela noite esperou que o “coronel” fosse embora. 3 da manhã, nada. Deu 4, 4 e meia, entrou em desespero. Na rua, chuva fina e o frio chegando e ele ali na marquise do Cassino Brasil. Na esquina da praça Frei Eugênio, Shin recolhia as últimas mesas, enquanto o cunhado Antônio, fazia o “caixa” da noite movimentada do “Tabu”. Sem chance do Otinho ir embora. Leite Neto, criou coragem:-“vou resolver essa parada agora”, pensou. Entrou na casa da Negrinha e começou a bater na porta. –“Abadiinha, Abadiinha, sou eu, o Leite, abra por favor, estou com frio”. Otinho acordado e a mulher apavorada.-“Será que ele tem arma? Revólver? Faca? E o Leite Neto, quase esmurrando a porta. –“Abadiinha, abra pelo amor de Deus”, dizia com voz suplicante: “é o Leite”. Abadiinha, tremendo de medo, volta perguntar: ”quem é?” . Do lado de fora, voz grossa e forte: “É o Leite”. Otinho, sarcasticamente, responde: -“Deixa só um litro. Depois do Natal, vem buscar o dinheiro”…


Luiz Gonzaga de Oliveira

ILUMINAÇÃO DE NATAL NO PARQUE FERNANDO COSTAS - UBERABA

Foto Enerson Cleiton


Iluminação de natal no Parque Fernando Costas, em Uberaba, Minas Gerais. 17/12/2010

Uberaba (MG) Iluminação de natal no Parque Fernando Costas, em Uberaba, Minas Gerais. 17/12/2010

sábado, 31 de dezembro de 2016

Mais um Natal!

É mais um Natal! Jesus renasce! E não se cansa de renascer. Vem para mostrar, mais uma vez à humanidade, a trilha que deve ser seguida para que se realizem os projetos que indiquem os caminhos da salvação.

E tudo isso só será possível quando os homens se desamarrarem das peias do egoísmo, do egocentrismo avassalador, da preocupação exclusiva com suas conquistas, principalmente materiais, como se o outro, aquele que está ao seu lado, fosse unicamente coisa descartável.

Enquanto a própria vida se torna o centro de tudo, do lado de fora há os que sofrem todo tipo de indignidade humana: faltam moradias, falta o alimento que sobra em tantas mesas, falta educação, aumentando cada vez mais as desigualdades sociais. E falta saúde! É degradante ver, pelos meios de comunicação, a situação de penúria de tantos irmãos, jogados nos corredores de hospitais, em macas ou até no chão, em meio ao caos de higiene, morrendo, tantas vezes!, sem atendimento.

Enquanto isso, milhões são desviados dos cofres públicos para os bolsos de poucos que, com certeza, se julgam eternos, mas que se esquecem de que a cobrança, um dia, virá.

Mas Jesus não se cansa. Vem vindo de novo, pois em seu pequenino/enorme coração, a esperança jamais se arrefece. Ele confia em que os homens, um dia, façam a opção pelo verdadeiro caminho que conduza ao Pai.

Suas pequeninas mãos estendidas esperam o encontro de outras mãos, que o auxiliem na condução ao Caminho, à Verdade e à Vida; seu pequenino/gigante coração se abre para que os seres humanos antevejam o sacrifício da cruz que viria para libertá-los, mesmo que não se

sensibilizassem com a entrega de Sua vida em favor da salvação de toda a humanidade.

Meu pequenino Menino Jesus, apesar de nossas fragilidades, não desista de nós. Continue com Suas mãos estendidas em nossa direção, mesmo que não mereçamos. Permita que, em vez de nós embalarmos Seu pequenino ser, possamos ser embalados em Seu olhar de ternura e paz.

Olhe por todos os que sofrem, também pelos que se alegram; continue o interminável renascer, mostrando, a cada um de nós, Seu inesgotável amor pela humanidade, amor que é nosso verdadeiro presente de Natal.

A todos os meus familiares, a todas as minhas amigas, a todos os meus amigos, votos de um santo e Feliz Natal.

Sejam quais forem as situações de nossas vidas, estejam todas elas entregues nas mãos do Menino Deus: de sua aparente fragilidade, virá a força de que cada um de nós necessita.

A Sua bênção, Menino Jesus! Mais uma vez, seja bem-vindo em nossas vidas. Amém!


24 de dezembro de 2013



Terezinha Hueb de Menezes

Mais um ano se vai...

... e vem mais um.

 
E fica difícil pensar em anseios pessoais, muitas vezes superficiais, quando a tela da televisão nos mostra as tragédias provocadas pelas chuvas em tantas regiões do Brasil, e tantas em Minas Gerais.
Enquanto o Brasil comemora o Natal e o início do Ano Novo, milhares de irmãos nossos amargam a perda de familiares, a perda de suas casas e de tudo que nelas estava.
Imaginemos a situação: você está em sua moradia, boa ou não, mas com um teto que proteja do sol, da chuva, das maldades humanas e, de repente, se vê num mar de lama e de água, sozinho com seu corpo, sem ter onde se abrigar, como se perdido na direção da vida. Imaginemos a dificuldade para os mais carentes em comprar uma geladeira, um fogão, uma televisão, gêneros alimentícios, roupas e tudo o mais de que uma família necessita! E, de repente, tudo rodopia nas impiedosas águas que devoram rapidamente o que cai em seu bojo.
Não podemos precisar as causas todas: os mais experientes dizem que é a reação da natureza contra o desrespeito que o ser humano tem praticado em relação a ela. Pode ser! Difícil, mesmo, é ver as consequências e lidar com elas. Mas a vida é mesmo “um milagre”: em meio aos escombros e à lama, a oferta de brinquedos às crianças consegue despertar sorrisos de alegria. É a vida se renovando em si mesma.
Apesar de tudo, é preciso também que nos voltemos ao nosso interior. Bem ou mal, é hora de revisão. Revisão de valores. O que fiz ou tenho feito por meu crescimento interior, e pelo crescimento dos que estão à minha volta? Estou apenas presa à minha realidade, ou me preocupo com a realidade também do outro, tantas vezes amargado por problemas de ordem tanto externa quanto interna?
Queiramos ou não, é preciso repensar valores. Repensar que um Menino renasceu para nos apontar o verdadeiro Caminho. E nem sempre queremos segui-lO, com nossa pseudoaura de autossuficiência: eu tudo posso, eu tudo sei, eu tudo quero. O outro que resolva seus problemas.
Em meio ao consumismo exacerbado de final de ano, precisamos, todos nós, sair de dentro de nós mesmos, de nosso mundinho egoísta, e dar uma espiada no mundo lá fora, e ver e refletir em que posso ser útil para melhorar, minimamente que seja, alguma situação, lembrando, sempre, que, aqui, estamos apenas de passagem. 
Aos meus queridos familiares, amigas e amigas, de coração, desejo que 2014 venha escorado em valores permanentes que promovam o crescimento de cada um, em direção a si mesmo, mas também, e principalmente, em direção ao outro.


29 de dezembro de 2013


Terezinha Hueb de Menezes