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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

NOTÍCIA SOBRE O CASAMENTO DA DORA DOIDA NO LAVOURA E COMÉRCIO

Leitor(a). Você conhece ou sabe quem é Doralice Kabuleski? Os que não a identificam pelo sobrenome polonês, logo se lembram dela quando carinhosamente é citado o seu apelido pouco sugestivo; Dora Doida. Em cada rua de Uberaba nas últimas décadas, há o registro de algum fato que recorde o perfil irreverente de Doralice Kabuleski; mulher afetiva, irrequieta e muitas vezes falando frases desconexas.

Ao dedicar este texto a Dora, foi impossível não recordar dos folclóricos: Coronel Delcides, Laudelina, Violão, Maria Carrapata, Fumanxu, Miquinho, Coisão, Nestor e outros.

Acionado que fui pelo jornalista Wellington Cardoso em sua coluna “Falando Sério” de 30/05/2013, fui visitar Dora no Hospital Universitário, ainda situado na rua São Sebastião, n◦ 166. Ali Dora deu entrada no dia 23/05/2013 com quadro de pneumonia e insuficiência cardíaca interrogada. Encontrei-a combalida no quarto 104 – cama 3 e, no leito ao lado, estava a paciente bem-humorada Sra. Marli Martins dos Reis.

Dora foi extremamente receptiva, porém deu respostas evasivas e reticentes às perguntas que lhe fiz. “Meningite” foi a doença que ela equivocadamente me disse estar acometida. Os medicamentos a sedaram e a todo instante me pedia para desligar a luz. Minha visita por motivos óbvios durou poucos minutos, mas foi o suficiente para refletir que ali estava um ser humano enfermo que Uberaba inteira considera.

A vida é interessante. Dia desses Dora fazia incursões em programa de rádio para graça e deleite de ouvintes. Hoje ela está recolhida no silêncio que a terceira idade lhe impõe. Liga não, Dora; você é querida por todos nós.

Ataliba Guaritá Neto, com sua verve de melhor cronista e usando palavras sábias, nos convidaria a solidarizarmos com Dora no declínio de seus dias, que espero estarem longe de chegar ao fim. Fui ali representando o grupo de amigos do Salão Dom Fernandes e da Roda de Fogo.

Diante do pedido que lhe fiz para mandar um recado ao povo de sua terra, Dora encerrou a conversa dizendo:“Fala pra eles que eu tô bem...”. E fechou os olhos, num sinal de que estava cansada. Oxalá, possamos cantar a ela o “Parabéns a você” no dia 30 de setembro próximo. 07/06/2013 - JM

(João Eurípedes Sabino)


Notícia sobre o casamento da Dora e Carlito.


Década de 1970 

Notícia sobre o casamento da Dora Doida no Lavoura e Comércio, de Uberaba

(André Azevedo da Fonseca)



  Um grande acontecimento na vida de Dora foi seu casamento com um rapaz chamado Carlito Inácio. A festa foi totalmente patrocinada por amigos e pessoas que queriam garantir a ela a dignidade de amar...


Paróquia Nossa Senhora da Abadia

30 de agosto de 1979

(Acervo pessoal família Quirino de Souza)



Atualmente ela está abrigada no Lar André Luiz (Departamento da Comunhão Espírita Cristã)







Cidade de Uberaba