Foi Antonio Elói Cassimiro de Araújo, personagem importante da vida econômica, social e política de Uberaba.
Filho natural do Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswick (Fundaddor de Sacramento-MG) e de D. Ludovina Clara dos Santos.
Antonio Elói Cassimiro de Araújo, Barão de Ponte Alta.
Foto do acervo pessoal da família Araújo.
Nasceu no antigo Julgado de Desemboque, no dia 16 de maio de 1816. Teve nove irmãos, dos quais lhe sobreviveu apenas uma, D. Maria Cassimira de Araújo Sampaio, a qual foi esposa do Coronel Antônio Borges Sampaio, personalidade de grande projeção na história de Uberaba.
Barão com todos os netos no dia de seu aniversário 15 de Agosto de 1.964 - Foto do acervo Pessoal da família Araújo.
Casou-se a primeira vez em 1840 com D. Marcelina Florinda da Silva e Oliveira, com quem teve dez filhos.
Próximo a foz do Ribeirão Ponte Alta, meia légua distante do Rio Grande e quatro léguas e meia da vila de Uberaba estabeleceu sua fazenda em lugar chamado Correguinho, com casa grande e demais dependências utilitárias. Abriu a trânsito público o Porto de Ponte Alta, no rio Grande, ligando Uberaba e região em comunicação e comércio com as praças de Campinas, Franca, Santos, São Paulo e as capitais de Goiás e Mato Grosso.
Sua fazenda foi pousada de muitos presidentes de província, comandantes de armas, senadores, deputados, chefes de polícia, engenheiros, carreiros, tropeiros e caminhantes, aos quais acolhia com grande hospitalidade de forma gratuita.
Tendo enviuvado em 1863, casou-se pela segunda vez com D. Francisca Augusta de Oliveira, a baronesa de Ponte Alta, com quem teve mais nove filhos.
O 18° filho do Barão foi Abadio Cassimiro de Araújo, o nosso saudoso, Vô Barão.
O Barão da Ponte Alta foi fazendeiro, comerciante, Juiz de Paz, vereador, deputado e alferes da Guarda Nacional, em 1858 recebeu a patente de Tenente Coronel e posteriormente promovido a Coronel Comandante, tendo prestado relevantes serviços ao governo do imperador D. Pedro II por ocasião da Guerra do Paraguai.
Em 02 de agosto de 1879 foi agraciado com o título de Barão da Ponte Alta, título que nenhum outro cidadão do Triângulo Mineiro conseguiu.
O Barão faleceu as dez horas da manha do dia 25 de setembro de 1903, em sua fazenda do Correguinho, devido a problemas cardíacos. Seu cadáver foi conduzido para Uberaba à mão, por amigos e parentes.
O jornal Lavoura e Comércio manifestou-se: “Com o falecimento do Exmo Sr Barão de Ponte Alta, desapareceu um dos mais proeminentes vultos da política mineira no passado regímen.”
Fausto Rocha de Araújo - Historiador
(Referência: Uberaba, história, fatos e homens de Borges Sampaio)