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sábado, 26 de dezembro de 2020

Fundação Cultural e Catedral lançam livro sobre os 200 anos de Uberaba

Como mais uma ação do ‘Uberaba 200 Anos’, a história da Igreja Matriz de Uberaba foi registrada em livro que será lançado nesta terça-feira (22), às 19h30 na Catedral Metropolitana. A obra retrata a história do surgimento da cidade a partir de análise histórica científica, os momentos do povoamento do Sertão da Farinha Podre e a instalação das primeiras famílias com a presença do cristianismo. Passa pelo surgimento da Matriz, apresentando estudos arquitetônicos e párocos que estiveram na Igreja, chegando à atualidade, contando as ações da paróquia. A ação está sendo desenvolvida pela Fundação Cultural de Uberaba Antônio Carlos Marques e Catedral Metropolitana em parceria com a Câmara Municipal de Uberaba.

De acordo com o presidente da Fundação Marcelo Palis, é uma grande oportunidade dos uberabenses saberem sobre os patrimônios de Uberaba. “O prefeito Paulo Piau acatou a ideia, pois o livro não traz só a história da Catedral, mas também, o contexto social. A Prefeitura Municipal de Uberaba apoia ações que beneficiam todos os segmentos, como por exemplo, temos o Memorial Chico Xavier e a Igreja Metodista, ambos em processo de reforma, e agora o lançamento desse livro”.

O pároco da Catedral Monsenhor Valmir explicou sobre a necessidade dessa obra para Uberaba. “Mais que um edifício. O que se comemora, vai além da data. Envolve mais que dados. A cidade tem na construção da igreja no alto do morro, um começo matricial. A matriz é o lugar onde algo é gerado. Isso vale para a língua portuguesa e para a cidade também. As ruas que levam ao edifício recebem os nomes dos padroeiros originais. São Sebastião e Santo Antônio indicam o caminho geograficamente. São eles também que apontam referências para as crenças mais íntimas dos pioneiros dessa terra. A análise da arquitetura e da iconografia depende de reflexões sobre o povo que a produziu. As escolhas estéticas de cada detalhe assinalam a cultura da região. A construção que viria a ser identificada como a Catedral, é antes disso, a matriz que origina e serve de fonte para a formação da cidade. Metropolitana que é, representa materialmente as origens do grupo civil, do núcleo inicial. Hoje, tão expandida, a população urbana pode ter mudado suas percepções simbólicas e religiosas, mas mantém o contato com essa genitora. Sabe que ali está erguida a matriz há 200 anos. Os primeiros 200 anos de muitos mais”.

O livro terá 280 páginas, trazendo fatos de 1885 a 2020, com imagens. Foi escrito por vários historiadores, coordenados pela historiadora Cida Manzan.

Jorn. Izabel Durynek
Assessoria de Comunicação – FCU


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Maria Fumaça da praça da Mogiana será restaurada

A ação faz parte das comemorações dos 200 anos de Uberaba

A restauração da locomotiva é a primeira etapa da revitalização do Complexo Turístico da Praça da Mogiana. A ação vem de encontro às comemorações dos 200 anos de Uberaba e faz parte do projeto Geopark Uberaba -Terra de Gigantes. A criação do complexo turístico histórico e cultural da Mogiana é um trabalho em equipe da Prefeitura com envolvimento de secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec), Planejamento e a Fundação Cultural de Uberaba. Inclui o restauro e a proteção da locomotiva e a posterior reforma da Praça que terá pista de caminhada, playground e novo paisagismo.

Foto - Anne Nóbrega

O recurso para a reforma da Praça é proveniente do Edital de Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística publicado pelo Ministério do Turismo por meio de convênio assinado com a Prefeitura. O prefeito Paulo Piau ressaltou a importância dessa ação já que Uberaba é considerada rica no contexto histórico. “Se tem uma coisa importante na cidade de Uberaba é a sua história. Uberaba é diferenciada de muitas cidades do seu porte ou até de cidades de porte maior. Nós temos jornais centenários que poucas cidades têm no Brasil, como é o caso do Lavoura e Comércio. A locomotiva que agora está sendo restaurada, por exemplo, segundo informações de especialistas, é um modelo raro, existindo apenas cinco no mundo”, pontua Piau.

Foto - Anne Nóbrega

“Chegando a Uberaba, serviu ao nosso desenvolvimento e se aposentou. Então, é importante valorizarmos essa história, cuidando desse patrimônio com a execução dessa restauração. Mas não só isso, pois é preciso aqui uma cobertura para protegê-la e valorizar seu entorno, para que as pessoas queiram visitar o espaço, conhecer essa história e a Maria Fumaça, que vai estar livre para a foto, trazendo a família e a criança para vivenciar melhor o local. O restauro é um resgate. Estamos muito felizes por preservar a história da nossa cidade”, afirma o prefeito.


Foto - Anne Nóbrega

De acordo com a diretora de Turismo da Sedec, Erika Cunha, no credenciamento da proposta ao Ministério do Turismo, houve o reconhecimento da importância do local que será mais um sítio histórico e cultural integrante do projeto Geopark. “Esse ponto da Mogiana conta parte da história da cidade. A linha férrea trouxe sonhos, pessoas e negócios. Por meio da criação de novos roteiros e da importância do projeto Geopark Uberaba, que almeja a chancela da Unesco, a reforma da praça e restauro da locomotiva Mogiana permitirá agregar mais um sítio histórico e cultural para a cidade. O restauro que é feito pelo Grupo Oficina de Restauro de Belo Horizonte é o pontapé para o resgate dessa história. O prazo previsto para a restauração é de três meses e o processo licitatório para a reforma da Praça já está aberto”.

Foto - Anne Nóbrega

Para a presidente da Fundação Cultural de Uberaba, Jaine Basílio, um marco nas comemorações de 200 anos da cidade que não devem ser esquecidas. “Por causa da pandemia, estamos nos esquecendo dessa grande comemoração na cidade e que a Prefeitura continua com a programação normal. Temos que comemorar mais essa grande ação”.

Foto - Anne Nóbrega

Em 1993, pela Lei 5.347 de 13 de maio, foi tombada como Patrimônio Histórico da cidade. Maria Fumaça é o nome dado a locomotiva movida à carvão, pela fumaça que a combustão do carvão provoca. Foi importada da Inglaterra e identificada por “tipo 301” (Decreto n.º1901/1999). É uma das cinco máquinas tipo A-6-0/Tenwheel, fabricada por BeyerPegcock, que a Companhia Mogiana possuía.

Jorn. Izabel Durynek
10/06/2020