Irmã Maria Antônia Alencar foi uma das fundadoras do Mosteiro da Imaculada Conceição da Divina Providência e de São José, da qual faz parte o Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Irmã Maria Antônia Alencar.
Foto/Mosteiro da Medalha Milagrosa.
Irmã Maria Antônia pertenceu à Ordem da Imaculada Conceição das Monjas Concepcionistas. Ela chegou em Uberaba em 1949 com mais seis irmãs, sob a condução da Madre Maria Virginia do Nascimento. Juntas, formaram o Mosteiro na rua Gonçalves Dias e, em 1951, se mudaram para a rua Afonso Rato. Em 1961, o Mosteiro foi transferido para o endereço definitivo, na rua Medalha Milagrosa.
Irmã Maria Antônia é dedicada às causas sociais e à literatura. Em 1979, fundou a Pequena Obra de Santa Beatriz, destinada a oferecer apoio moral, religioso e material para mais de cem famílias. Para contribuir com a cultura, publicou dez livros, sendo o último divulgado quando ela tinha 96 anos e intitulado “Encontra-se Deus”.
A ALTM (Academia de Letras do Triângulo Mineiro), na gestão de Ilcea Sonia Andrade Borba Marquez como presidente (2015/2016), reconheceu a dedicação da irmã. A homenagem foi tamanha que ela recebeu permissão para sair do claustro e ganhar o diploma de Honra ao Mérito.
Em 2018, nas últimas eleições, Irmã Maria Antônia deu exemplo de civismo ao superar todas as dificuldades de locomoção para votar, na esperança de ajudar a construir um país mais justo.
Irmã Maria Antônia de Alencar faleceu no dia 21 de dezembro de 2018, aos 97 anos no Mário Palmério Hospital Universitário. Deixou um legado de realizações sociais, culturais e religiosas. Deixou, ainda, além da saudade de todos que com ela conviveram, o exemplo de abnegação em favor do próximo e de uma inquebrantável fé nos desígnios de sua Ordem.
Gilberto Rezende – Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.