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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Professor Santino Gomes de Matos

Santino Gomes de Matos - Cadeira 2

Patrono: Hildebrando de Araújo Pontes

Posição: Fundador

Sucedido por: Agenor Gonzaga dos Santos


Santino Gomes de Matos nasceu na cidade de Icó, CE, em 1908.

Estudou em seminário e lecionou português, francês, inglês e latim nas cidades de Crato, Batatais e Orlândia.

Em 1935 transferiu sua residência para Uberaba, onde se dedicou intensamente ao jornalismo e ao magistério.

Foi redator e depois diretor da Gazeta de Uberaba e, posteriormente, por muitos anos, reda-tor-secretário do Lavoura e Comércio.

Após deixar a militância diária em jor-naíTcontinuou a colaborar na imprensa, onde manteve seção de filologia.

Foi professor de língua portuguesa na Escola Normal e Oficial de Uberaba, de filologia romântica e de língua portuguesa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santo Tomás de Aquino, de português e literatura no Colégio Triângulo Mineiro. Exerceu as funções de chefe da Agência Municipal de Estatística e de vereador à Câmara Municipal de Uberaba. Pertenceu à Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, sediada em Belo Horizonte.

Era membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, na qual ocupou a Cadeira n9 2, que tem como patrono Hildebrando Pontes.
Faleceu em 1975.

Obras publicadas:
Flagrantes ao Sol do Norte: contos
Oração dos Humildes: poesias
Porque Maquinaria e Nunca Maquinário, filologia
Inferno Divertido da Análise Sintática, filologia

Bibliografia:

Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 171 p (Academia de Letras do Triângulo Mineiro)

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Professor Santino Gomes de Matos

Aqui está uma homenagem a ele no Lavoura e Comércio, no dia 1 de março de 1940, por ocasião de seu aniversário.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Certidão de nascimento

Recebi recentemente a crônica “As primeiras farmácias e os primeiros médicos”, de autoria do nosso confrade, o Acadêmico uberlandense Antônio Pereira da Silva, profundo pesquisador da nossa história.

Relata ele embasado e de forma isenta que: “Na metade do século XIX, Uberabinha não tinha nada: apenas um aglomerado de casebres cobertos por palhas de Buritis nos arredores da capela de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião Mártir, no largo da Matriz”. Leitores, recordem que a metade do século XIX ocorreu em torno do ano de 1850.

E prossegue o Douto Acadêmico: “Só em 1852 foi criado o Distrito de Paz e a igreja criou a Paróquia. Havia então 44 casas construídas...”. Antônio Pereira da Silva desce a detalhes estatísticos descrevendo a localização das casas, inclusive nomeando os logradouros públicos. Não é segredo que a São Pedro Uberabinha (depois Uberabinha e hoje Uberlândia) foi Distrito de Uberaba (vide atas da nossa Câmara).

Peço a atenção dos mais e dos menos informados para os seguintes detalhes expostos por aquele historiador: “A primeira botica foi instalada em 1850 por Miguel Jacinto de Melo, no Largo da Matriz”. E mais: “Sete anos depois da instalação da primeira farmácia, em 1857, chega o “Pintão” (Antônio Maximiano Ferreira Pinto), boticário prático também, mas com a vantagem do licenciamento concedido pelo Imperador d. Pedro II”. E outras farmácias foram instaladas, mas o primeiro médico, Dr. Carlos Gabaglia (itinerante) só chegou em Uberabinha depois de 1906

Fato curioso: “Sempre que alguém adoecia e os práticos não conseguiam resultados, ou o doente tinha que ser removido para Uberaba, ou era chamado um médico de lá. De qualquer forma, doente e médico transportavam-se em lombo de burro ou carro de bois”.

Meus caríssimos leitores, nossa conversa já está no ponto para que eu lhes faça sem rodeios a pergunta: como pode Uberaba ter sido fundada em 1856, segundo propalam alguns, se aqui, há tempos, existiam médicos vindos de diversas partes do país? O Acadêmico José Soares Bilharinho esbanja seus nomes em sua magnífica obra “A história da Medicina em Uberaba”. Só mesmo tendo “nascido” em 1820 (36 anos antes) para experimentar tanto avanço. Uberaba estava na rota do grande Anhanguera que seguia para Goiás em busca de pedras preciosas!

É simples para se concluir que o título de Freguesia (à época avançando) oficializada por Dom João VI pelo decreto de 02 de março de 1820, único documento probatório conhecido, é a Certidão de Nascimento de Uberaba. Tudo mais, a meu modesto ver, em termos de aniversário da cidade é mera especulação.

Existe a ordem cronológica: 13/02/1811 - Criação do Distrito dos índios, sertão imenso esse comandado por Major Eustáquio. 22/02/1836 - Elevação do lugarejo a Vila. 23/03/1840 - Elevação da Vila a Comarca. 02/05/1856 - Elevação de Comarca a Cidade¹־²־³. Ditas datas existem, mas não abalizam a ninguém para afirmar que nessa ou naquela nasceu Uberaba. Arquivos públicos e particulares foram consultados Brasil afora sem êxito. Nosso aniversário é, portanto, em 02 de março. Quanto vivi enganado!

Fontes de Pesquisa: Hildebrando de Araújo Pontes, Antônio Borges Sampaio, José Mendonça, José Soares Bilharinho, Renato Muniz Barretto de Carvalho, Antônio Pereira da Silva, Longino Teixeira, Tito Teixeira e Atas da Câmara Municipal de Uberlândia. Arquivo Público de Uberaba. Atas da Câmara Municipal de Uberaba (1857/1900).

1 - Título honorífico que Franca/SP também recebeu em 1856.

2 - Idem para Ribeirão Preto/SP. 

3 - Idem para Juiz de Fora/MG.


(*) - João Eurípedes Sabino.
Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Uberaba/MG/Brasil.

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sábado, 8 de junho de 2019

Solenidade concederá ao Arquivo Público de Uberaba o nome do historiador Hildebrando Pontes

Reconhecendo e valorizando o legado de pesquisas metódicas e de livros publicados sobre a história de Uberaba, a Prefeitura de Uberaba vai homenagear o historiador Hildebrando Pontes nesta sexta-feira (7). O Arquivo Público receberá oficialmente o nome do historiador em uma solenidade às 14h30, com a presença de autoridades e de familiares do homenageado, em uma das ações comemorativas aos 200 anos de Uberaba. A Superintendência do Arquivo Público de Uberaba fica na Praça Dr. José Pereira Rebouças, 650 - Praça da Mogiana - Bairro Boa Vista.

Segundo a superintendente do Arquivo Público, Marta Zednik de Casanova, o livro “História de Uberaba e a Civilização do Brasil Central” de Hildebrando Pontes é o mais procurado por acadêmicos, alunos de mestrado e doutorado e pelas escolas, já que conta a história praticamente desde a fundação do município, com ricos detalhes e referências.

Hildebrando de Araújo Pontes -
Sobre - Hildebrando de Araújo Pontes nasceu em Jubaí, distrito de Conquista/MG, em 1879, mudando-se no mesmo ano para Uberaba e passando a residir na Rua Vigário Silva. Aprendeu as primeiras letras no Liceu Uberabense e, em 1896, passou a cursar o Instituto Zootécnico de Uberaba, graduando-se como engenheiro agrônomo em junho de 1898. Nesse Instituto fundou e editou, com alguns colegas, a Revista Agrícola. Iniciou a vida profissional procedendo ao trabalho de medição de terras na região do Triângulo Mineiro.

Foi, na juventude, filiado ao partido monarquista e conservador, posteriormente filiando-se ao Partido da Lavoura, fundado em Uberaba, em 02 de abril de 1899. Em 1912 foi eleito vereador na legislatura 1912/1915 e vice-presidente da Câmara nas presidências de Filipe Aché e Silvério José Bernardes e, finalmente, presidente e agente executivo (prefeito) de Uberaba.

Hildebrando integrou entidades culturais, filantrópicas, comunitárias e religiosas, muitas delas como sócio-fundador, estando, entre as primeiras, em Uberaba: Grêmio Agro-Científico dos Estudantes do Instituto Zootécnico de Uberaba (1896), Grêmio Recreativo Uberabense (1898), Sociedade de Instrução Mútua Cooperação de Ideias (1903), Grêmio Literário Bernardo Guimarães (1904), grupos esperantistas Suda Stelo (1908) e Uberaba Stelo (1910). Em Araxá pertenceu a mais de dez associações religiosas, profissionais e comunitárias, a exemplo, como um dos sócio-fundadores, da Sociedade Rural de Araxá, da Liga Progresso de Araxá e da já citada Sociedade de Geografia e História do Brasil Central.

É autor da publicação História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central (terminada no início da década de 1930 e inédita por quase quarenta anos) e a História do Futebol em Uberaba (escrita em 1922 e só publicada meio século depois), ambas em 1970 e 1972, respectivamente. Em 1992 a Superintendência do Arquivo Público de Uberaba editou Vida, Casos e Perfis.

Entre outros trabalhos, publicados em livros ou não, salientaram-se A Imprensa em Uberaba (divulgado no Correio Católico em 1931), O Dialeto Capiau, Genealogia Mineira, Nobiliarquia do Triângulo Mineiro e ensaios sobre café, gado bovino, fauna, folclore, coreografia, constituição geológica e riquezas naturais do Triângulo, catedral de Uberaba, tipos populares, artes dramáticas e apontamentos para a História de Araxá e Patrocínio.

Elaborou mais de noventa biografias de uberabenses que, de uma ou outra forma, destacaram-se na cidade por suas atividades pessoais e participação na comunidade. Sua obra histórica e regional constitui um grande legado intelectual e cultural, que poucas cidades e regiões possuem e que merecem ser conhecidas e divulgadas pela sociedade uberabense e região. Hildebrando faleceu em Uberaba, em novembro de 1940.


Jornalista Luiza Carvalho


Fanpage: https://www.facebook.com/UberabaemFotos/

Instagram: instagram.com/uberaba_em_fotos



Cidade de Uberaba


terça-feira, 14 de agosto de 2018

História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central de PONTES, Hildebrando

Hildebrando de Araújo Pontes é considerado, na escala do tempo, o terceiro historiador-cronista de Uberaba, depois de Vigário Silva (1826) e Antônio Borges Sampaio, que viveu em Uberaba de 1.847 a 1.908. Pontes registrou a evolução histórico-econômico-político e social de Uberaba entre os anos de 1.900 a 1.940. Produziu grande quantidade de pesquisas. Nesta obra, que as enfeixa, principia por apresentar a corografia do município - confrontações, população, situação física, sistema fluvial, etc. Escreve sobre ensino, cultura, teatros e cinematógrafos, melhoramentos públicos, como a inauguração da luz elétrica, sobre a Lavoura e criação, contando sobre a epopéia do zebu, sobre a chegada do automóvel, sobre transporte, tal como os trabalhos para a exploração da navegação no Rio Grande, sobre a ligação de Uberaba com Belo Horizonte através dos trilhos da Ferrovia Centro-Oeste, sobre o desenvolvimento urbano da cidade, sobre a administração e os partidos políticos, dando ênfase às lutas políticas pelo Poder Municipal e pela representação da região do Triângulo Mineiro na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, sobre a evolução do futebol, da educação, do comércio e da indústria.Apresenta relação das escolas e dos jornais, bem como cita os nomes dos intelectuais e de suas obra, bem como dos vereadores de 1837 a 1930. No final da obra, traz um ementário das leis , resoluções, portarias e decretos do Poder Legislativo Municipal de 1892 a 1.934.

O autor Hildebrando de Araújo Pontes nasceu no Distrito de Jubaí, Conquista, (MG), no ano de 1879. Filho de José Vieira Pontes e Joana Nepomuceno de Araújo. Foi um dos oito formados da única turma de Engenharia Agronômica, do Instituto Zootécnico de Uberaba.Atuou em diversas áreas:política, administração,jornalismo e história.Utilizava métodos pedagógicos próprios e, como jornalista, colaborou com a imprensa do interior e das capitais. Observou e pesquisou o desenvolvimento da região com critérios científicos. Suas obras históricas são importantes fontes da consulta e pesquisa para historiadores e para a administração municipal.

História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central





Ano: 1970 


Nº de Páginas: 570 pp.


Editora: Academia de Letras do Triângulo Mineiro


Seus principais trabalhos publicados foram: História de Uberaba e a Civilização do Brasil Central, História do Futebol em Uberaba, O Dialeto Capiau, Fauna do Triângulo Mineiro, A Imprensa em Uberaba, A Influência do Negro na Formação Etnográfica do Brasil e Vida, Casos e Perfis. O alcance de suas obras lhe garantiu prestigio e o reconhecimento de vários institutos de pesquisa do Brasil e do exterior. Entre eles destacam-se os convites para os seguintes cargos: Presidente do “Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais” e da “Sociedade Mineira de Agricultura” (Belo Horizonte), membro da “Comissão de Lavoura Araxaense Pró-Congresso Comercial, Industrial e Agrícola do Estado de Minas Gerias”; oficial da “Academia Físico-Química Italiana de Palerno” (Itália); membro de “La Societá Academique de I’Histoire Internationale”, de Paris (França), entre outros.Com o objetivo de tornar o Triângulo Mineiro um estado independente, criou o “Clube Separatista” (1906). Suas ações enquanto vereador proporcionou melhorias na cidade e chamam a atenção do governo federal. Entre elas podemos destacar: instalação de pontes e de agência bancária, criação de escola e a volta do Batalhão da Polícia.Presidiu a Câmara e exerceu o cargo de Agente Executivo. Pretendia adquirir a Companhia de Força e Luz para adaptá-la as necessidades de Uberaba ou substituí-la por outra empresa. Por manobra política de Caldeira Júnior - um dos proprietários da Companhia - foi impedido e afastado do cargo de Agente Executivo, em 1915. Renunciou e Silvino Pacheco Araújo, outro sócio da empresa de Força e Luz, o substituiu.Faleceu em Uberaba em 1940.



Cidade de Uberaba


sábado, 14 de janeiro de 2017

Praça Carlos Gomes

Praça Carlos Gomes




Década de 1957

Foto: Autoria desconhecida

Fica no alto dos Estados Unidos.
Os seus diferentes lados são constituídos, o ocidental, pela rua 15 de Novembro; o oriental, pela General Osório; o do sul, pela Coronel Sampaio e o do norte, pela Visconde do Uruguai. Sem melhoramentos.
Sua denominação oficial data de 1900.”
(PONTES, 1970).

(Obs: O historiador Hildebrando de Araújo Pontes viveu no período de 1879 a 1940.)




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

PRAÇA AFONSO PENA ACÚSTICA

Praça Afonso Pena Acústica (Bairro Estados Unidos)

Década 1960
Praça Afonso Pena Acústica (Bairro Estados Unidos) – destaca-se a famosa e grandiosa gameleira, derrubada para a implantação da nova praça.
Começa na rua Artur Machado e termina, em cima, à direita, onde começa a rua Bernardo Guimarães e, à esquerda, no princípio, na rua Marquês do Paraná. Foi outrora, 1908, magnificamente ajardinada, tendo ao centro uma gameleira secular.
Abriu-se em 1889, quando a rua do Comércio, atual rua Artur Machado, se prolongou da rua Padre Zeferino até à Estação da Mogiana. Tomou nesse tempo, o nome de Praça ‘Dr. Crispiniano Tavares’ que, em 1900, se mudou para Praça da ‘República’. Em 1908 passou a chamar-se ‘Rui Barbosa’.”
(PONTES, 1978, p.277-278). O historiador Hildebrando de Araújo Pontes viveu no período de 1879 a 1940.
“A Câmara Municipal, modificando a nomenclatura de alguns logradouros públicos, em 1916, denominou-a de Praça Afonso Pena.
No centro de seu jardim havia uma Gameleira.
A praça é conhecida popularmente de ‘Praça da Concha Acústica’, por ter sido construído, em seu centro, um palco, em forma de uma concha, para que as apresentações musicais tivessem uma acústica melhor. Suas obras iniciaram na década de 1970, sendo inaugurada no dia 02 de abril de 1971


Foto: Autoria desconhecida

Acervo: Arquivo Público de Uberaba