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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

GEÓLOGOS UBERABENSES: GLYCON DE PAIVA

Guido Bilharinho


O geólogo Glycon de Paiva é filho de Otávio Augusto de Paiva Teixeira, um dos formandos da única turma do legendário Instituto Zootécnico de Uberaba, e neto de José Augusto de Paiva Teixeira, o Casusa, que teve intensa atuação na Uberaba do último quartel do Século XIX, inicialmente como dirigente da tipografia do primeiro jornal uberabense, “O Paranaíba”, fundado pelo médico e escritor francês Henrique Raimundo des Genettes em 1874, depois como editor de inúmeros outros jornais e, por último, como político, chegando a ser Intendente (prefeito) no Conselho de Intendência empossado em 25 de janeiro de 1891, Conselho que desde 14 de fevereiro de 1890 substituiu a Câmara Municipal.

Glycon de Paiva, após fazer seus estudos colegiais em Uberaba, formou-se, como Avelino e Moura, na Escola de Minas de Ouro Preto.

Exerceu vários cargos no Departamento Nacional da Produção Mineral, sendo seu geólogo-chefe de 1934 a 1939. Chefiou, posteriormente, em 1943 e 1944, o Serviço de Produção Mineral da Coordenação da Mobilização Econômica, criado pelo Governo Vargas para promover a produção necessária à intervenção do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Em 1947 foi delegado do Brasil à Conferência Preparatória do Comércio e Emprego realizada em Genebra/Suíça e à Conferência de Energia em Haia/Holanda, integrando, ainda nesse ano, a Comissão Especial nomeada pelo Governo Dutra para elaborar o anteprojeto do Estatuto do Petróleo, que acabou sendo arquivado após discutido no Congresso.

Em 1948 representou o Brasil no VIII Congresso Científico Panamericano em Washington/EE.UU. e na Conferência Internacional de Comércio e Emprego em Havana/Cuba, passando, ainda, a integrar o Conselho Nacional de Minas e Metalurgia, bem como, nesse ano e no seguinte, compôs a Comissão de Exploração Mineral da Comissão Mista Brasileiro-[Norte-]Americana de Estudos Econômicos, da qual foi relator geral e, ainda, relator das subcomissões de manganês, de minerais e de fosfato. Em 1951 foi assessor econômico da delegação brasileira à IV Reunião de Consultas dos Ministros de Relações Exteriores das Repúblicas Americanas.

No Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDE (atual BNDES), criado pelo Governo Vargas, exerceu, a partir de 1952, inicialmente os cargos de diretor e, de 1954 a 1960, membro do Conselho Técnico de Economia e Finanças, ocupando, finalmente, sua presidência em 1955 e 1956.

Em 1955 foi ainda diretor da Companhia Vale do Rio Doce.

A partir de 1961 teve atuação participativo-política de tendência conservadora e contrária às diretivas autonomistas e nacionalistas do Governo Goulart, participando da organização e fundação, em 1962, do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – IPES, composta de empresários do Eixo Rio-São Paulo, sendo seu vice-presidente de 1962 a 1967, entidade que deixou de existir a partir de 1972, tendo atuado no golpe que depôs Goulart em 1964.

Na sua sempre intensa atividade, ainda integrou conselhos da Confederação Nacional do Comércio – CNC, da Mercedes Benz, da Siemens, da Confederação Nacional da Indústria – CNI, da Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração – CAEMI, da editora APEC e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo do prefeito carioca Israel Klabin.

Nem por isso tudo deixou de produzir livros e relatórios técnicos de alta significação e importância nas áreas abordadas, como “Carvão Mineral do Norte do Paraná” (1934, coautoria), “Gênese do Carvão do Norte do Pará” (1939), “Carvão Mineral de Barra Bonita e Carvãozinho – Estado do Paraná” (1941, coautoria), “Reavaliação das Possibilidades Petrolíferas do Brasil” (1962), “História da Campanha de Sondagens Para Pesquisa de Petróleo na Área de São Pedro” (1975), “Ouro e Bauxita na Região do Gurupi e Carvão Mineral do Piauí” (s/d), “A Defesa Nacional”, “Jazidas de Minério de Chumbo no Estado de São Paulo”, “Geologia do Município de Lajes – Santa Catarina”, além de relatórios de diversas das diretorias que ocupou e aproximadamente duas centenas de artigos sobre geologia, recursos minerais do Brasil, economia e demografia.

Por fim (mas não ainda tudo), à semelhança de Avelino e Moura, também sua contribuição à geografia no Brasil foi ressaltada pelo geógrafo José Veríssimo da Costa Pereira no ensaio anteriormente mencionado e constante de “As Ciências no Brasil”, obra em dois volumes organizada por Fernando de Azevedo.

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Guido Bilharinho - Advogado em Uberaba e autor de livros de literatura, cinema, fotografia, estudos brasileiros, História do Brasil e regional editados em papel e, desde setembro/2017, um livro por mês no blog https://guidobilharinho.blogspot.com.br/


terça-feira, 30 de julho de 2019

UBERABA ! Ô DÓ !....

Oi, turma !

( Informação e opinião, valem muito mais que um tiro de canhão ! )


Ando muito sorumbático, irmão gêmeo do macambúzio, quando relato e relembro atos, fatos e boatos da minha Uberaba. Não sei se por ter vivido momentos inesquecíveis da sagrada terrinha, convivendo com uberabenses de personalidade forte, altivos, altaneiros e edificantes, que engrandeceram a terra pátria, certo é que a nossa cidade já viveu grandes épocas. Uberaba, em qualquer setor de atividade, era reverenciada Brasil afora. Uberabenses de proa, pontificaram-se em todas as lutas em que foram envolvidos. Era comum ler na grande imprensa, um filho da santa terrinha recebendo elogios por trabalho realizado. Hoje...

Jacob Palis Júnior, mago na matemática mundial, Ademar Lopes, recebendo honrarias pelo seu trabalho na oncologia, Augusto César Vanucci, detentor de “Gramy’s” internacionais, pela sua atuação na TV brasileira. Embaixador Carlos Alberto Leite Barbosa, dirigindo as maiores embaixadas brasileiras, Romeu Sérgio Meneghello, Diretor de dois dos mais importantes hospitais brasileiros, ” Albert Einstein” e “Dante Pazanezzi”, Murilo Ferreira, ex -Presidente da Vale e um dos maiores executivos do Brasil, Antônio Carlos de Brito, o “Cacaso”, letrista mais poético do Brasil, José Pedro de Freitas, detentor de prêmios como dirigente de TVs.nacionais, Gilberto Salomão, um dos “ construtores de Brasilia”, Wilson Moreira, eleito o melhor Prefeito de cidades brasileiras, na prefeitura de Londrina (PR). Sei que a minha frágil lembrança, omitiu nomes de uberabenses consagrados no Brasil. Perdoem-me. O analfabetismo, ignorância dos atuais dirigentes de Uberaba, é incapaz de conhecer as façanhas desses nobres conterrâneos. Duvido que a imprensa local, conheça a metade desses uberabenses ilustres...

Nunca é demais lembrar aqueles que no século passado, edificaram o mural das nossas conquistas. Mário Palmério, Fidélis Reis, Marcelino de Carvalho, Antenógenes Silva, Joubert de Carvalho, Nina Chavez, Álvaro Lopes Cançado (Nariz) , Pedro Moura, Glycon de Paiva, Avelino Ignácio de Oliveira, Maurilio Cunha Campos Moraes e Castro, Alaor Prata, Urbano Lóes, José Vianna, Wanderley Greifo, glórias uberabenses que cintilaram no Brasil inteiro. Quando lhes perguntavam onde haviam nascido, gritavam a plenos pulmões: Nasci em UBERABA ! Amor com amor se paga; amar a terra da gente, é um preito de gratidão e alegria ! Infelizmente, mais da metade dos nomes citados, não são conhecidos dos nossos atuais analfabetos na vivificante e grande história da sempre amada Uberaba ! É de dar dó!!!!!

A geração atual perdeu o senso de cidadania. A cidade está entregue às traças. Estamos perdendo nossas conquistas, nossos valores. Covardemente ou por total ignorância da importância da nossa cidade, são incapazes de um gesto altruístico em favor da terrinha. Pensam apenas nas eleições de 2020, onde, mentirosamente, com a cumplicidade da imprensa comprometida e servil, mesmo conhecendo a fajutice dos “ 200 anos”, insistem em alimentar tão medíocre mentira. Nunca em tão pouco tempo, Uberaba foi dirigida por gente tão incapaz.

À bênção, Claudio Zaidan, Fábio William, Fernando Vanucci, Jorge Zaidan Jr., Paulo Frange e Alda Marcantônio, únicos uberabenses na atualidade, a “ segurarem” o nome sagrado da imortal e santa terrinha! “ Marquez do Cassú”


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Cidade de Uberaba