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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Gabriel Toti (1889-1967)

Conheça o Patrono De Sua Rua
                                                     
                                                                                                                      

                                                                                         Uma idealização de Dorival Cicci (1931-2019)  
Pesquisa Guido Bilharinho


Nome: Gabriel Toti 1889-1967 Naturalidade: Uberaba-MG Filiação: Pascoal Toti e Artemida Toti Casado com: Maria Rosa BiIharinho Toti Profissão: Empresário e jornalista

Gabriel Toti. Foto: Arquivo Público de Uberaba.

Participação na comunidade: For aluno de primeiras letras da Professora Emelina des Genettes, filha de Henrique Raimundo des Genettes, fundador da imprensa em Uberaba. Estudou em diversos co legios de Uberaba, em São Paulo e na Itália, pais onde permaneceu três anos. De volta à cidade dedicou-se a atividades industriais e co merciais, participando, no decorrer dos anos, da fundação de inumeras entidades de classe e clubes sociais e esportivos, a exemplo da Associação dos Empregados no Comércio, Associação Comercial e Industrial. Joquei Clube e Uberaba Sport Club. Militou ativa mente na imprensa, colaborando, desde 1914 em quase todos os jornais e revistas aqui editados, tendo dirigido, por muitos anos, a Gazeta de Uberaba. Compositor, historiador, poeta, contista e pro jetista, deixou inúmeras obras em todas essas atividades. Compôs diversas músicas entre elas o Hino de Uberaha, com letra do jornalista Ari de Oliveira. E autor, entre outras poesias, de duzentos sonetos so sobre as rosas, além de diversos ensaios sobre a história de Uberaba, a exemplo de Homens (que Ajudaram Uberaba a Crescer. A Música, em Uberaba, A Medicina em Uberaba e Histórico das igrejas de Uberaba. Organizou e publicou duas edições do Álbum de Uberaba, Foi sócio correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e São Paulo. Membro da Academia de Letras do Triángulo Mineiro, ocupou a Cadeira 34, cujo patrono e Dom Eduardo Duarte da Silva.

"A memória é quem constroi a História"
Jacques Le Goff

Colaboração Arquivo Público de Uberaba, Associação Cultural Casa do Folclore e Marília Cicci Resende e Uberaba em Fotos.

Uberaba

segunda-feira, 21 de junho de 2021

A propósito de um aniversário

“Grande Hotel e Cine Metrópole: o maior edifício do Brasil Central.” Essa é uma das legendas encontradas no Álbum de Uberaba, publicado por Gabriel Toti em 1956

“Grande Hotel e Cine Metrópole: o maior edifício do Brasil Central.” Essa é uma das legendas encontradas no Álbum de Uberaba, publicado por Gabriel Toti em 1956, ano em que Uberaba completou 100 anos como cidade. Outros destaques eram o Cine Vera Cruz e o Cine Royal.

Toti mostra uma pujante cidade, com a economia exercendo intensa influência nas localidades próximas, graças à sua força no comércio, indústria e pecuária. A prova disso é que, então, a cidade possuía 215 ruas, 16 praças, duas travessas e dez avenidas.

As muitas fotos que ilustram a obra mostram o desenvolvimento estrondoso por que o município tinha passado nesse primeiro século de vida. Frondosas palmeiras decoravam a praça Rui Barbosa. O fórum estava em construção. Os Correios e Telégrafos inauguravam seu prédio. Foi fundada a Associação Comercial e Industrial de Uberaba, cuja sede fora construída por Santos Guido, na gestão de Fidélis Reis.

Essa época dourada também repercutia nos anúncios de lojas e fábricas que fazem parte da memória afetiva do uberabense: Casa Aliança, Hawai Café, Casa Guimarães, Casa Molinar, Barros & Borges (com quatro lojas), Farmácia Cruzeiro, Notre Dame de Paris, Produtos Espéria, Relojoaria Gaia, Relojoaria Cardoso, Companhia Têxtil, Banco do Triângulo Mineiro, Casa Victor (discos, rádios, vitrolas), Loja São Geraldo, A Futurista, Fábrica de Cigarros Pachola, Livraria e Papelaria A Escolar, Lojas Riachuelo, Drogasil, Casas Pernambucanas, Sociedade Derenusson, Livraria ABC Papelaria, Loja Síria, Minerva, Joalheria Mundim, Casa de Couros Irmãos Dornfeld, Comércio João Scussel & Filhos, A Nova Ótica, Confeitaria Vasques, Casa da Sogra, Casa das Meias, Casa do Pintor, A Noiva, Sapataria Mirandinha e tantas outras...

Além desse rol, Toti fez um esboço histórico do município, computou dados geográficos, divisão judiciária e divisão eclesiástica. Também enumerou todos os jornais que circularam no município, num total de 234 publicações, como o Lavoura e Comércio, fundado em 1899, e o Correio Católico, de 1897, que se tornou este Jornal da Manhã.

Fidélis Reis, Nicanor de Sousa, Frei Eugênio de Gênova, Coronel Antônio Borges Sampaio e Hildebrando Pontes são alguns dos nomes enumerados na lista Homens de Uberaba, um dos pontos altos do álbum.

Uma das histórias mais curiosas do centenário, no entanto, foi passada apenas oralmente: Na noite do centenário, o prefeito Artur de Mello Teixeira, cujo mandato iria de 1955 a 1959, pretendia ler o discurso feito pelo secretário Lúcio Mendonça de Azevedo. Porém caiu uma tempestade na cidade e a festa foi remarcada para o dia seguinte. Dizem que, ao meio-dia, na praça central, o prefeito começou a ler o discurso: “Nesta noite memorável...”

Mario Salvador / Uma primeira versão desse texto foi publicada no Jornal da Manhã em 02/03/2010)

domingo, 3 de janeiro de 2021

A HISTÓRIA DE UBERABA DE HILDEBRANDO PONTES

INTRODUÇÃO

Desde pelo menos o início do século XX, Hildebrando Pontes (1879-1940) efetuou pesquisas sobre a História de Uberaba, acumulando, com o passar dos anos, informações, conhecimentos e documentos.

No Governo Municipal do engenheiro Guilherme Ferreira (outubro de 1930 a fevereiro de 1935) Hildebrando foi contratado para elaborar livro sobre o município com todos os dados históricos e estatísticos conhecidos e disponíveis. No apagar das luzes da referida administração municipal ou logo em seguida, Hildebrando entregou seu trabalho, então intitulado “O Município de Uberaba”.

Dado o desinteresse da sociedade e, em decorrência o dos políticos e administradores que a representam, e, ainda, a descontinuidade administrativa dos executivos municipais, a obra, em seus alentados cinco volumes manuscritos e encadernados, permaneceu inédita por décadas e só sabida e frequentada por um ou outro historiador (José Mendonça e Gabriel Toti, por exemplo), somente sobrevivendo pelos cuidados pessoais e especiais que lhe dedicou o escritor e secretário da Prefeitura, Lúcio Mendonça.

Por incrível possa parecer, atestando o alto grau de desinteresse e descaso pela História do município e pela obra de Hildebrando, nem mesmo por ocasião das ruidosas comemorações do centenário da elevação da vila (município) de Uberaba ao título honorífico de cidade, em 1956, foi lembrada e resgatada do olvido a que as administrações municipais a relegaram. Mesmo tendo a Prefeitura recebido do Governo Estadual de Juscelino Kubitschek, segundo consta, 5 milhões de cruzeiros (4 milhões para educação e/ou saúde e 1 milhão para a comemoração).


DESCOBERTA E PUBLICIDADE


Estava escrito que um dia, no futuro, essa omissão e descaso chegariam ao fim. E chegaram!

Em julho de 1968 começou a ser editado o “Suplemento Cultural do Correio Católico”, em formato tabloide e periodicidade variando entre quinzenal e mensal. Com certa carência de matérias publicáveis e nenhuma atinente à História local, a editoria do Suplemento, tomando conhecimento da existência da obra de Hildebrando, considerou que ela deveria conter informações sobre a literatura e o passado cultural da cidade. Não deu outra! Lá estava incrustado, em determinado de seus cinco grandes e volumosos volumes, capítulo intitulado “O Intelectualismo em Uberaba”, que, copiado à mão e posteriormente datilografado, foi reproduzido com destaque de primeira página no nº 20, de 12 de abril de 1969, do Suplemento, antecedido de nota introdutória e ilustrado com foto do autor.

FINALMENTE, EM LIVRO


A partir daí, a editoria do Suplemento e o advogado e escritor Edson Prata, à época secretário da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, decidiram tentar publicar a obra. Edson Prata entrou em contato com a direção do então operoso Instituto Nacional do Livro, solicitando-lhe fosse incluída em sua ativa programação editorial, que exigiu fosse obra de interesse geral e não apenas local, pelo que, dada sua abrangência, com larga introdução histórica sobre a formação brasileira, Edson Prata a reintitulou, muito apropriadamente, de “História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central”.

Mesmo assim, não se logrou editá-la pelo mencionado Instituto, assoberbado por extensa lista e fila de inéditos aguardando publicação.

Em decorrência dessa impossibilidade, Edson Prata e a editoria do Suplemento voltaram suas vistas para a própria detentora dos direitos autorais da obra, a Prefeitura, cujo prefeito, engenheiro João Guido, prontificou-se a cobrir 50% (cinquenta por cento) dos custos, orçados em C$ 14.000,00.

Obtida essa participação, os originais foram em 1969 encaminhados à gráfica, estando concluída a impressão um ano depois, 1970, para lançamento no salão principal do Jóquei Clube de Uberaba, totalmente lotado.


Guido Bilharinho

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

NOSSOS MONUMENTOS

Oi, turma !
( É triste escapar do espeto e ter que cair n brasa...)


Um bom pedaço da nossa paisagem urbana, passa despercebida pela população. Lá estão instalados os nossos principais monumentos históricos e arquitetônicos. Não são vistos e nem observados como deveria ser. A Igreja de São Domingos; às suas costas, o Mercado municipal, a Faculdade Federal de Medicina, Colégio Nossa Senhora das Dores e Igreja Santa Rita. Esses monumentos retratam a imponência histórica de Uberaba. É de chamar a curiosidade popular, estando na praça Manoel Terra, observar essas antigas construções.

Respeitosamente aos padres dominicanos, comerciantes do mercadão, ex-“cadeião” da terrinha, a garra das irmãs dominicanas, mas, a igrejinha de Santa Rita, é o símbolo maior da sacra terrinha, cartão postal da quase bicentenária cidade . O visitante que aqui aporta, alegra-se em apreciar, visitar e fotografar a igrejinha que abençoa Uberaba. Turistar na terrinha e não ver o nosso mais antigo patrimônio arquitetônico e histórico, não é recomendação que se faça.

Gabriel Toti, um dos historiadores verdadeiros e autênticos da vida de todos os tempos de Uberaba, ignorado por jovens e ignorantes ditos “ historiadores modernos”, conta, com real propriedade, que a “Santa Rita”, foi construída em 1854, por Cândido Justiniano de Lira, ex- agente dos Correios e funcionário da Câmara municipal. Alcóolatra inveterado, estava prestes a ser abandonado pela família, por não largar o maléfico vicio.

Para não ser abandonado por esposa e filhos, “Candinho”, na presença deles, jurou que a partir daquele momento, iria “largar” a bebida. A mulher passou a curtir pimenta nos garrafões de pinga. Em pouco tempo, desconfiou e depois comprovou; os garrafões estavam sempre vazios... Passou a olhar a conduta do marido até que um dia, flagrou- o com a “ boca na botija”...

Corado de vergonha, renovou o juramento. Iria construir uma capelinha em honra de Santa Rita dos Impossíveis. Deixou a bebida e cumpriu a promessa, erguendo às suas expensas, o templo. Em 1875, o comerciante Manoel Joaquim de Vasconcelos , casado há anos, tinha loucura por um filho. Fez voto que se fosse pai, iria ampliar e consertar a capela. Major Quincota” como era conhecido, cumpriu o prometido. Seu filho nasceu em 1877..

No século passado, a Igreja de Santa Rita, foi incorporada ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ao correr dos anos, sempre com verba federal, a “Santa Rita”, é remodelada para alegria de todos nós uberabenses. Amanhã, eu volto. Abraços do “Marquez do Cassú”.


sexta-feira, 19 de julho de 2019

CARTA ( ABERTA ) Á LUIZ GUARITÁ NETO – CODAU

Oi, turma !
(É gritante a diferença entre nobres e plebeus no Brasil...)


Caro Presidente, 

Acuso sua amável lembrança (uma esferográfica do CODAU). Obrigado. Transcrevo o bilhete que veio junto>-“Gonzaga, foi um prazer enorme ,ler o seu artigo sobre o meu pai. Concordo que ele foi especial. Leal, digno, honesto. Estas foram as “fortunas” que ele deixou para mim e Dulce. Minha gratidão por este reconhecimento. Luiz Neto”.

Aprendi com meus dois “gurus”, Netinho e Jorge Zaidan, os meandros que por vocação, iniciado desde tenra idade e pratico até hoje, a comunicação. Não fossem os exemplos deles, não sei se teria continuado na profissão .Netinho e Jorge, ofereceram-me a dádiva da sabedoria – pródigo nos elogios, parcimonioso nas críticas -! Lema que pratico, sem pestanejar. A verdade é o apanágio da informação. A dignidade do jornalista, está atrelada a verdade da noticia. Faltar com a verdade, subverter a crítica ou elogio, por ato desonesto, foge daquilo que com eles, aprendi. Souberam honrar a íngreme profissão que abraçaram , que este pobre pecador, com todos os vícios e e defeitos, procura praticar.

Saiba, Presidente, acompanho sua trajetória desde a infância. Talento, inteligência, trabalho e competência, nunca lhe faltaram. Fizeram “morada” no seu curriculum , caro “Alemão”. Bom de bola como o pai, preferiu os estudos. Fez bem. Vocação para a política, veio ao depois. Secretário de Hugo Rodrigues da Cunha, o “ pulo” à Prefeito, era inevitável ! Votei em Você, 2 vezes. Suplente de senador, não conheci o titular. Sei que está preso. Você, não! Sua formação moral, não permite. Como Prefeito, deu “alma nova”, produziu a auto=estima do uberabense.Ganhou muitos louvores.

Discordei e continuo discordando da infeliz decisão da mudança do aniversário da CIDADE de Uberaba. Alterar o “registro de nascimento” da santa terrinha, onde Você, eu, nossos familiares e amigos, nascemos, foi doloroso ! Que o levou a tão infeliz medida ? Dinheiro ? Não ! Você não precisa. Vaidade do cargo? Não acredito... Ingerência externa ? Não tenho como responder... Creia-me, Presidente, a alteração foi um erro histórico ! Uberaba, não merecia tal decisão !Envelhecer a cidade 36 anos ! Praquê?

Desculpe-me a petulância ! Errar é humano; persistir no erro.. .Poderia responder porque não ouviu a população? A imprensa não ter sido convidada a participar dos debates ? Não recorrer as pesquisas sérias de historiadores sérios da terrinha, Hildebrando Pontes, José Mendonça, Gabriel Toti, Edelweis Teixeira, Guido Bilharinho, ainda vivo e são ? Não levar em consideração o parecer da Assessoria Jurídica da Câmara Municipal ? Louvar-se tão somente numa “historiadora” do Arquivo Público municipal, titubeante até na sua explanação de motivos?

Você, Luiz Neto, não precisa dessa campanha fajuta e mentirosa de “ Uberaba-200 anos “. Sua popularidade, prestigio, credibilidade e trabalho, são seus grandes e verdadeiros trunfos ! Um pedido seu à Câmara municipal, à revogar a lei de 1994, que regrediu Uberaba a condição de FREGUESIA, isto é, CURRUTELA, não coaduna com os nosso foros de civilização e cultura. Uberaba, é uma das mais importantes cidades brasileiras pelo passado que preservou, pelo presente que ostenta, com alguns senões e um futuro promissor que nos aguarda!

O uberabense ficará eternamente agradecido se tomar tal medida. Dos céus, Ataliba Guaritá Neto e Jorge Zaidan, darão pulos de alegria e aqui na terrinha, esse humilde escriba, não comentará mais a aberração produzida.

Esse espaço está a sua disposição, caso seja a sua vontade em responder a minha sugestão. Uberabensemente o meu fraterno abraço. “ Marquez do Cassú".






Cidade de Uberaba


VIVER 100 ANOS!

Oi, turma!

(Conheço uma cidade cheia de interrogações: Fiscalização? Cumpra-se. ISSQN?- Sonega-se. Lei de Zoneamento? Burla-se. Honestidade? É manga de colete. Decência ? Ora bolas...)


Mário Salvador, “imortal” da Academia de Letras Triângulo Mineiro, humor acima do normal, Presidente de entidades de classe , clubes de serviços, figura maiúscula da sociedade uberabense, semanalmente, brinda os leitores do ‘’Jornal da Manhã”, com crônicas deliciosas. A de 16 de julho passado, antológica ! Com a sua devida permissão, vou transcrevê-la:

“Há alguns dias, uma matéria na TV, apresentou um homem com 106 anos de idade, mas com aparência de 60. Lúcido, plena forma física, falou sobre sua vida e contou fatos marcantes , com enorme sorriso. Fiquei pensando: será que chego até lá ? Tenho em casa o Álbum de Uberaba, de 1956, junto de minuciosa pesquisa de Gabriel Toti, para as comemorações do Centenário de Uberaba. Dentre outros assuntos, o álbum trás fotos antigas desta cidade, a história de criação de várias entidades e apresenta a história de Uberaba, de suas origens até tornar-se cidade, em 2 de maio de 1856, além de mostrar todo o progresso que elevou a cidade a um novo patamar. E a intensa publicidade que possibilitou a edição do álbum, nos remete a casas comerciais da época do Centenário. O Prefeito era Artur de Melo Teixeira. Gabriel Toti, enumera todos os Prefeitos que ocuparam esse mesmo cargo até o Centenário.

Um fato curioso nas comemorações dos 100 anos da cidade. A praça Rui Barbosa, apinhada de cidadãos , aguardava o discurso solene do Prefeito; armou um temporal. Então, o locutor avisou:- “ A solenidade fica adiada para amanhã, às 8 horas da manhã”. A transferência visava proteger a população da borrasca, que ,de fato, aconteceu. Na manhã seguinte, o Prefeito leu o discurso da véspera:- “Nesta noite memorável...” Volto ao assunto do inicio, se chegarei aos cento e poucos anos. Pelas minhas contas , já cheguei ! Copiando um conhecido programa de TV, “peço ajuda aos universitários” nas contas que provam meu raciocínio. Vamos aos fatos:

Conforme meu registro de nascimento, nasci em janeiro de 1935. Isso quer dizer que, em 1956, no Primeiro Centenário de Uberaba, eu tinha 21 anos. Como no próximo ano, 2020, Uberaba comemorará o seu Segundo Centenário, com grandes festividades, creio que me é lícito, acrescentar aos meus 21 anos do Primeiro Centenário mais 100 anos, o que significa que terei 121 anos de idade, em 2020. Será que estou fazendo alguma conta errada ? Calma ! Só na cidade Uberaba, eu e os meus conterrâneos, podemos viver esta experiência tão aprazível, quanto “sui generis”. E olha que, para 121 anos, eu estou muito bem conservado”...

P.S.- “Especial Tio Mário, inesquecível dos tempos de TV-Uberaba; muito obrigado pela crônica. Pena ferina e verdadeira. Nascí no mesmo ano. Em 24 de outubro. Desfilamos no 1º. Centenário de Uberaba; fizemos, juntos, o Tiro de Guerra. Nossas vidas se cruzaram e a sólida amizade, perdura. Quem sabe, poderemos “marchar juntos” no” bi-centenário” que estão apregoando pelai, na “maravilhosa” idade 121 “primaveras “...Será o máximo ! Fantástico!

Para aqueles (i)responsáveis pela “mudança” e alteraram o “registro de nascimento” da CIDADE de Uberaba, tão (in)oportuna , Tio Mário e eu, possam chegar aos 121 anos, com a mesma disposição daqueles que fizeram esse” rombo” ( ou roubo?)na rica e majestosa história da nossa amada Uberaba. Abraço do conterrâneo “Marquez do Cassú”.


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Cidade de Uberaba


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

GABRIEL TOTI

Gabriel Toti

Em 1889 nascia em Uberaba, o futuro historiador e pioneiro do futebol Gabriel Toti. Este era filho de imigrante italiano Pascoal Toti, que aqui construiu fábricas de massas, cerâmicas e refrigerantes. Durante um período de sua vida Gabriel Toti dedicou aos estudos no Colégio Marista Diocesano, em São Paulo e na Itália. Quando voltou do exterior, Toti dedicou às atividades industriais e comerciais do seu pai, nas atividades artísticas, além da história e jornalismo.
Na história do esporte, Gabriel Toti foi um dos grandes pioneiros em Uberaba, colaborando com os clubes existentes, e fundando outras associações esportivas.
Toti faleceu em 1967, e atualmente no bairro Tutunas existe uma escola pública com o seu nome, em homenagem.
(Arquivo Público de Uberaba)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

IGREJA SANTA RITA – (ANTES DA RESTAURAÇÃO) UBERABA

Ano:1939

Iniciou-se a construção da Igreja de Santa Rita, em 1854, pelo agente dos correios, em Uberaba, Cândido Justiniano da Lira Gama, em pagamento a uma promessa de deixar o vício do alcoolismo. A conclusão da obra aconteceu 20 anos depois, quando o templo ganhou os contornos arquitetônicos que mantém atualmente.

Por ter sido construída por iniciativa particular, a Igreja ficou abandonada até a chegada da Ordem dos Dominicanos, em Uberaba, no ano de 1881, quando passaram a celebrar seus ofícios litúrgicos, no local. Enquanto isso, esses padres construíram a monumental Igreja de São Domingos concluída em 1904, ocasião em que transferiram os cultos religiosos para a sede definitiva, deixando mais uma vez abandonada a velha igrejinha.

Sem utilização, foi se deteriorando. Em 1939, um movimento em defesa da preservação do imóvel, integrado por Gabriel Toti e outros intelectuais, resultou no tombamento, oficializado pelo SPHAN (Hoje IPHAN). No mesmo ano, deu-se início à reforma e a reinauguração aconteceu em 1941.

Na década de 1970, passou por mais um restauro, concluído em 1987. A partir dessa data, foi celebrado um convênio entre a Prefeitura Municipal de Uberaba, a Fundação Cultural e a Arquidiocese Metropolitana no qual a edificação foi transformada em Museu de Arte Sacra, aberto à visitação pública. Além dos objetos doados pela comunidade e pelos padres da cidade, o Museu manteve em seu acervo 2 bens móveis tombados pelo município: os anjos tocheiros e as indumentárias eclesiásticas.

Em 2009, a Igreja-Museu passou por um novo restauro e teve suas portas fechadas até o dia de Santa Rita, 22 de maio, quanto foi novamente entregue aos uberabenses.
Sem demérito nenhum aos outros bens culturais de Uberaba, mas a igreja de Santa Rita simboliza, charmosamente, o patrimônio cultural uberabense.


Foto: Autoria desconhecida

Fonte: Arquivo Público de Uberaba

Danilo Ferrari
Luiz H. Cellural