Mostrando postagens com marcador Danilo Costa Ferrari. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Danilo Costa Ferrari. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O TRANSPORTE COLETIVO EM UBERABA

 Empresa de Transportes Manoel Alcalá


Essa modalidade de transporte, em Uberaba, teve início no começo da década de 1940 e foi consolidada com a inauguração da primeira Estação Rodoviária, em 1945, na Praça da Bandeira (atual Manoel Alcalá, ), no bairro São Benedito.
Os pioneiros do transporte coletivo municipal foram os empresários Agesípolis Duarte Villela, por meio da empresa Rex, e Manoel Alcalá, cuja empresa tinha o seu nome, que já atuavam no transporte coletivo intermunicipal. No ínicio da década de 1950, Osvaldo Ribeiro do Nascimento, popularmente chamado de Espeto, comprou a firma de Alcalá que passou a se chamar Empresa de Transportes Líder.
Na primeira metade da década de 1960, surgiu a Transportes Urbano Limitada (TUL), criada por Francisco Lopes Velludo. Vale ressaltar que cada empresa ficava com determinadas linhas, portanto, nesse período, Uberaba contou com 3 empresas em atividades no transporte urbano.
Na segunda metade da década de 1960, a TUL incorporou as empresas Rex e Líder, monopolizou o ramo e manteve o nome “Líder”. Posteriormente, essa empresa – que atuou no transporte coletivo, em nossa cidade, até 1990 – foi vendida para 10 sócios. Por divergências entre o município e a empresa, a partir dessa data até os nossos dias, a Transmil é a concessionária do Transporte Coletivo em Uberaba.

(Danilo Costa Ferrari)

Foto: Autoria desconhecida

 Arquivo Público de Uberaba

domingo, 15 de janeiro de 2017

ESTÁDIO “BOULANGER PUCCI”

ESTÁDIO “BOULANGER PUCCI”


O time do Uberaba Sport Clube, fundado no ano de 1917, realizava inicialmente suas partidas num campo alugado nos fundos da Santa Casa de Misericórdia, onde atualmente se situa o Hospital Escola. As vitórias conquistadas logo nas primeiras partidas contra equipes da região e da capital paulista, permitiram a rápida expansão e a popularização do clube recém-fundado e inviabilizou a manutenção de suas atividades esportivas naquele local.

Assim, no dia 10 de março de 1920, o presidente do Uberaba Sport Clube, o médico Cantidiano de Almeida, adquiriu um terreno de 200×120 m no bairro das Mercês, onde se situava a chácara de propriedade de Stanislau Severino Soares e de Graziela Marques Soares. No mesmo ano e nesse terreno, construiu-se o estádio e lavrou-se, no Cartório do 2º Ofício, uma escritura pública, registrada no livro 3-I de transcrição de imóveis.

As dificuldades iniciais para a concretização do sonho de manter um estádio próprio foram logo superadas pela direção do clube e pela população, com a realização de inúmeras festas, quermesses e bingos, que tornaram possível a arrecadação do capital para o início das obras.

No dia 1º de novembro de 1922, o estádio do Uberaba Sport, no fim da atual Rua Hildebrando Pontes, esquina da Avenida da Saudade, foi finalmente inaugurado, com lotação para 1.120 pessoas. As dimensões do campo eram de 110×70 m, podendo ser ampliadas até 110×80 m, de acordo com as exigências da instituição que congregava as equipes de futebol do período, a Liga Mineira de Desportos Terrestres. Na partida inaugural, o time do Uberaba enfrentou o Clube Atlético Paulistano, da capital de São Paulo, e venceu a partida por 2×1. Depois disso, o Uberaba recebeu, em partida festiva, o campeão do Uruguai, o Peñarol de Montevidéu.

Na década de 1930, o estádio ganhou o nome de um dos presidentes do Uberaba Sport, “Boulanger Pucci”, prefeito de Uberaba, na gestão de 1947 a 1951. Essa homenagem, em vida – Boulanger faleceu em 1965 – decorreu do fato de que ele disponibilizou boa parte de suas atividades à organização e à administração do estádio.

Em 1976, a Câmara Municipal de Uberaba realizou uma homenagem a Rigoleto de Martino, autor do Hino do Uberaba Sport, nomeando a praça situada em frente ao estádio (cruzamento da Rua Hildebrando Pontes e Avenida da Saudade) com seu nome. No local, ainda existe, embora de difícil visualização, uma placa alusiva ao nome.

As campanhas realizadas nas décadas de 1940 e 1950: conquista do título do campeonato do Triângulo Mineiro e, duas vezes, o título de melhor time do interior de Minas Gerais, todas disputadas em seu estádio, tornaram o USC conhecido, por muito tempo, como “O Time das Mercês”. Até o ano de 1972, data em que foi inaugurado o estádio Engenheiro João Guido, conhecido popularmente como Uberabão, as principais partidas da equipe aconteceram no Boulanger Pucci.

Foto: Acervo Público de Uberaba

Luiz Henrique Caetano Cellurale

Danilo Costa Ferrari

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O POPULISMO RADIOFÔNICO EM UBERABA

 O Rádio sempre foi um meio de comunicação de bastante abrangência e, em Uberaba, não foi diferente! Desde o surgimento da primeira emissora, a PRE-5 (atual, Rádio Sociedade AM), na década de 1930, esse veículo de comunicação sempre noticiou, distraiu e cumpriu seu papel social perante os ouvintes.
 
Construção do edifício Abadia Salomão -  Prédio da Ford Derenusson. PRE-5 (atual, Rádio Sociedade AM.
 Foto: Nau Mendes - Década 1960.
 
 Consequentemente, os locutores criaram uma proximidade muito grande com os espectadores e, claro, ganhando notoriedade, muitos se tornaram bastante populares e se aventuraram pela política, disputando eleições.


Ataliba Guaritá Neto. Foto: Acervo da família Guaritá.

Em 1950, o radialista Ataliba Guaritá Neto – o Netinho, que também assinava uma coluna no jornal Lavoura e Comércio – foi o pioneiro, elegendo-se vereador. Oito anos depois, Eurípedes Craide, um jovem narrador esportivo, também chegava ao Legislativo Municipal. Por dois mandatos, esteve na Câmara e foi eleito seis vezes Deputado Estadual.
 
 
Jesus Manzano.  Foto: Acervo da família Manzano.

Jesus Manzano, em 1966, foi eleito vereador e teve mandato por diversas legislaturas, Quatro anos depois, Edson Quirino de Souza, o Edinho, (Filho do casal Toninho e Marieta, artistas da música sertaneja) chegava à Câmara, onde se manteve na vereança até 1983. Em 1988, foi a vez dos radialistas Tony Carlos e Além-Mar Paranhos ocuparem suas cadeiras no poder legislativo. Tony cumpre, atualmente, o quarto mandato.
 
Toninho e Marieta. Foto: Acervo da família Quirino.
 

No ano de 1990, o comunicativo  Toninho e Marieta, da Rádio Sociedade, elegeu-se Deputado Estadual, cumprindo apenas um mandato. Em 1992, Edivaldo Santos e Paulo Silva estreavam na Câmara Municipal, onde permaneceram até 2000.

Em 2008, Almir Silva foi o vereador mais votado em nossa cidade, repetindo o feito de Eurípedes Craide, em 1962, e de Jesus Manzano, em 1976.

Mais do que saber aproveitar favoravelmente a oportunidade de se tornar popular que o rádio oferece, esses radialistas, por meio do microfone, conquistaram simpatia, notoriedade e muitos votos.

Danilo Costa Ferrari

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

IGREJA SANTA RITA – (ANTES DA RESTAURAÇÃO) UBERABA

Ano:1939

Iniciou-se a construção da Igreja de Santa Rita, em 1854, pelo agente dos correios, em Uberaba, Cândido Justiniano da Lira Gama, em pagamento a uma promessa de deixar o vício do alcoolismo. A conclusão da obra aconteceu 20 anos depois, quando o templo ganhou os contornos arquitetônicos que mantém atualmente.

Por ter sido construída por iniciativa particular, a Igreja ficou abandonada até a chegada da Ordem dos Dominicanos, em Uberaba, no ano de 1881, quando passaram a celebrar seus ofícios litúrgicos, no local. Enquanto isso, esses padres construíram a monumental Igreja de São Domingos concluída em 1904, ocasião em que transferiram os cultos religiosos para a sede definitiva, deixando mais uma vez abandonada a velha igrejinha.

Sem utilização, foi se deteriorando. Em 1939, um movimento em defesa da preservação do imóvel, integrado por Gabriel Toti e outros intelectuais, resultou no tombamento, oficializado pelo SPHAN (Hoje IPHAN). No mesmo ano, deu-se início à reforma e a reinauguração aconteceu em 1941.

Na década de 1970, passou por mais um restauro, concluído em 1987. A partir dessa data, foi celebrado um convênio entre a Prefeitura Municipal de Uberaba, a Fundação Cultural e a Arquidiocese Metropolitana no qual a edificação foi transformada em Museu de Arte Sacra, aberto à visitação pública. Além dos objetos doados pela comunidade e pelos padres da cidade, o Museu manteve em seu acervo 2 bens móveis tombados pelo município: os anjos tocheiros e as indumentárias eclesiásticas.

Em 2009, a Igreja-Museu passou por um novo restauro e teve suas portas fechadas até o dia de Santa Rita, 22 de maio, quanto foi novamente entregue aos uberabenses.
Sem demérito nenhum aos outros bens culturais de Uberaba, mas a igreja de Santa Rita simboliza, charmosamente, o patrimônio cultural uberabense.


Foto: Autoria desconhecida

Fonte: Arquivo Público de Uberaba

Danilo Ferrari
Luiz H. Cellural