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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Grande perda para nossa cidade, o Gonzaga era parte da memória viva de Uberaba.

Uberaba perde uma de suas mais ilustres figuras do jornalismo e um dos pioneiros das transmissões de televisão em nossa cidade – famoso criador do bordão "Oi Turma", com o qual começava seus programas no rádio e na TV. Grande memorialista da região do Triângulo, escrevia artigos bem humorados com o pseudônimo "Marques do Cassú", contando "causos" da cidade, dos quais se recordava com memória prodigiosa.

É com profunda tristeza e uma dor imensa no coração que comunicamos o falecimento do jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira, aos 85 anos. Luiz Gonzaga esteve internado no Hospital São Domingos durante quase um mês, onde lutou bravamente contra a Covid-19. Infelizmente, a doença o venceu na manhã desta segunda-feira, 14 de junho.

 Luiz Gonzaga de Oliveira- Foto/Divulgação.

Seu exemplo de ética, de profissionalismo, de dedicação ao jornalismo e de amor à família e à vida nos enchem de orgulho e nos guiarão a partir de agora. Que Deus conforte a família e os amigos, e lhes dê a força e união necessárias para superar esse momento.

Por outro lado, já tendo visto a situação lastimável em que retornaram para casa alguns conhecidos (bem mais jovens que o Gonzaga) após ficarem semanas entubados em hospitais com Covid, eu fico em dúvida se, para os mais idosos acometidos pelo quadro grave da doença, a morte não é por vezes uma benção. No caso dele, agravado pela situação de ter que lidar com a morte da filha, que é daquelas dores inimagináveis.

Que descanse em paz. Viveu uma vida plena.

O sepultamento ocorrerá às 09h do dia 15/06/2021, no Cemitério Memorial Parque. Rua João Batista Ribeiro, 2555 - Distrito Industrial I. Uberaba - MG.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Profissionais da saúde

“Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.

Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra.

Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário.”

Eis o juramento lapidar do médico, ditado pelo filósofo grego Hipócrates (460 a.C), considerado o pai da Medicina. Tendo o médico como referência, as palavras que direi a seguir, são dedicadas a todos os profissionais da saúde.

Quando tudo está perdido, vamos encontrar a esperança nas mãos daqueles que, doutrinados para servir, se expõem como se a vida do outro fosse a própria. Não têm o direito de escolher o que querem, se diante de si estiver o semelhante a implorar para que lhe acalme a dor. Doar é a única opção e, na maioria vezes, um segundo de tempo a mais ou a menos pode fazer a diferença. Não têm pressa, mas não podem demorar.

Temos visto médicos e seus colegas correlatos darem suas vidas na batalha contra o coronavírus. Eles e elas se jogam no front sem a menor noção de onde surgirá o inimigo. Ao saírem de seus lares, beijam seus entes queridos, feito o soldado que parte para a guerra, não sabendo se voltará vivo para beijá-los novamente.

Se há uma profissão que vai além, com o perdão das outras, inclusive da minha, é a do profissional da saúde. Ao prestarem o juramento, todos os integrantes da área se disponibilizam em fazer do nosso último momento a chance de não deixar a nossa esperança morrer. Esse é o ir além.

As palavras de Hipócrates, ditas há mais de 2.000 anos, se tornam atualíssimas quando o mundo se curva diante da Covid-19 e os zelosos da saúde, nesse momento crucial, ao contrário, emergem de si mesmos com coragem titânica! Não fossem eles, o que seria de nós?

De talentosas inteligências surgirá o stop ao coronavírus. Em consonância com outros seres iluminados, os profissionais da saúde estarão na primeira fileira dos nossos heróis. Assim eles devem ser reconhecidos.

(*) - João Eurípedes Sabino.
Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Uberaba/MG/Brasil.

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