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domingo, 1 de janeiro de 2017

Sr. Pedrinho da "Casa da Sogra"

GOSTAMOS DE INOVAR, MUDAR, MODIFICAR PARA QUE TUDO FIQUE COMO ESTÁ…

Ouvi, em passado não muito recente, a história de uma tesoura, sim, tesourinha de cortar pano. Amigos de Pedro Elias Miziara, da “Casa da Sogra”, foram os meus informantes. Até onde a verdade atinge as raias da ficção ou lenda, não importa, mas, sim, o fato, aquele que fica gravado para o resto da vida, é preciso que muita gente, muita mesmo, fique sabendo. Contaram-me os amigos que Pedrinho Miziara trabalhou na sua loja de tecidos com uma só tesoura , aproximadamente 60 anos. 

                                Pedro Elias Miziara -  Foto do acervo pessoal de Felipe Misiara.

Ele nunca fez ou trabalho, a não ser lidar com a loja, tecidos, aviamentos, botões, inerentes à costura e moda. Seu estabelecimento comercial, um dos mais antigos de Uberaba e o mais tradicional da principal rua de comércio da cidade, a Artur Machado, e , historicamente, conhecido de todos, a começar pelo nome, “Casa da Sogra”. Na porta ao lado, por muito tempo, permitiu que o genro, o saudoso Salatiel Oliveira abrisse uma loja de aviamentos com nome bem familiar:”Casa da Nora”…Garoto ainda, Pedrinho Miziara trabalhava com seus familiares na rua Manoel Borges, antiga rua Grande, bem defronte à Associação Esportiva e Cultural. Começou ali o “casamento” de Pedrinho com a sua inseparável companheira, a tesoura. Com ele, contavam os amigos, não se teve conta quantos metros de tecidos, rendas e fitas, foram cortados. Afirmam uns que daria para voltear a Terra, chegar à Lua e, quem sabe, na sobra, forrar uma estrada que ligaria o Amazonas ao Rio Grande do Sul… Alegre, educado, expansivo, sempre sorridente, Pedrinho Miziara criou a família vendendo sedas, gorgurões, algodão, tafetás e uma gama variada de tecidos de todas as cores, tamanhos e modelos última moda. Com a serenidade absoluta que caracteriza os homens de bem, o mesmo semblante de bom amigo e… no bolsinho da algibeira, a indefectível tesourinha de cortar pano !

Pedrinho Miziara e Anita, esposa. Foto pessoal de Felipe Misiara.

Família criada, bem criada, aliás, Pedrinho Miziara jamais desgrudou da sua grande paixão, a loja de tecidos. Entrava verão, saia verão, entrava primavera, saia primavera, chegava o outono, ia embora o outono, tempo de inverno, acabava o inverno, a figura simpática do Pedrinho Miziara estava na “Casa da Sogra” e, no bolso ou da calça ou camisa, sua companheira de mais de 60 anos, a sua tesourinha. Ela teria acompanhado o dono à morada eterna ?

Luiz Gonzaga de Oliveira


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Desde 1947, uma história de tradição e compromisso na escolha do melhor tecido. Tendo como fundador, o estimado 
 
Sr Pedrinho Miziara. (Foto do acervo pessoal da família)

Sempre lembrado pelo seu carisma , bom gosto e a frase que defendia:
" O Brasil fabrica o melhor tecido do mundo e a Casa da Sogra vende o melhor tecido do Brasil."

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