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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

CAVALO TARADO...

De formação eminentemente rural, a história de Uberaba se passa, em grande parte, nas cercanias da santa terrinha. As fazendas, sítios e povoados, se tornaram repositório de um cem número de “causos”, magníficas histórias vividas que fazem parte do folclore da nossa centenária cidade. As famílias tradicionais, o gdo zebu, os canaviais, arrozais de antigamente, hoje, a cultura da soja, milho, sorgo e trigo, dominam a paisagem do campo. 

Isso aconteceu no advento do projeto de “ parceria e arrendamento de terras”, inspirado na ação de um uberabense ilustre, bancário aposentado, José Humberto Guimarães. Funcionário do Banco do Brasil, adido à carteira agrícola, movimentou o governo Wagner Nascimento e mercê estupendo trabalho, trouxe para Uberaba, um contingente enorme de trabalhadores paulistas, paranaense, catarinenses e gaúchos, para lavrar os nossos improdutivos cerrados. O projeto foi um sucesso. 

Na roça, os “forasteiros” se deram magnificamente bem. Valentes, sem preguiça, disposto ao trabalho, mal saía o sol, lá estavam eles com suas famílias, arando a terra. De onde vieram, condições nem sempre favoráveis, encontraram em Uberaba, a “Meca” para concretizar seus sonhos. A terrinha que sempre acolheu, de braços abertos, todos que a procuram, se alegrou ! Financiamentos, modernas máquinas agrícolas e uma vontade indômita para o trabalho, mudaram o panorama agro pastoril da região. Das barrancas do rio Grande, passando por Água Comprida e Conceição das Alagoas, ganharam também o cerrado rumo a Uberlândia . Colocaram fim naquela vegetação rasteira, de capoeira, onde habitavam cobras e calangos.

Afeitos à terra, poucos se aventuraram à pecuária. Os que optaram, se deram bem. Os filhos crescendo, famílias adaptadas aos nossos costumes, vieram os primeiros casamentos e a conseqüente mistura de sangue. A “interação famíliar” estava consolidada. Um fazendeiro novato na profissão, adorava cavalos. Sonho maior, ter um produtivo haras. Pacientemente, foi adquirindo exemplares. Desde os da lida diária, aos de exposição e reprodução. Daú....

A história que lhes conto: Apaixonado pela raça “mangalarga marchador”, comprou do Quinzinho Cruvinel Borges, na “Casa Azul”, dois bonitos animais. Um, preto. O mais novo, “rajado”. “Peão” da fazenda, acostumado a lidar com tropas, logo notou algo estranho. A todo instante, o preto “subia” no “rajado”, tendo “cobrir” o parceiro. Certa tarde, não viu os dois no curral. Temendo o pior, saiu à procura. Surpreso, encontrou os dois mortos. A tristeza invadiu coração do novato fazendeiro paranaense. Quís saber o que tinha acontecido com eles.
Veio, então, a “explicação” do “peão”:-“Sabe,patrão, quando um animal, “invoca” com outro do mesmo sexo,é um perigo. Eu explico, quando o preto, vendo o “rajado” distraído, bebendo água no “melancia”, pulou em cima dele e começou a” cobrir”. O “rajado”, no susto,”trancou a entrada”. Com muita dor, o preto, pensava:- se ele afrouxar, eu tiro. “.O “rajado”, segurando a dor da penetração, pensava:- se relaxar, ele põe tudo “...”Por isso, patrão, os dois morreram... Embora decepcionado com o acontecido, o fazendo concordou com o que lhe foi contado...

A história, nada tem nada a ver com o “namoro” Prefeitura x Codau , um cedendo ao outro, encargos e obrigações que lhe cabe. Qualquer semelhança, é mera coincidência.....Abraço afetuoso do “Marquez do Cassú"



Luiz Gonzaga de Oliveira





Cidade de Uberaba

sexta-feira, 21 de abril de 2017

CAVALO TARADO...

Primeiro: Cristo crucificado
Segundo: Tiradentes enforcado
Terceiro: Brasileiro honesto, endividado...

A história é antiga. Bota antiga nisso...Rico fazendeiro (na terrinha tem muito...), além do gado de elite que criava, tinha verdadeira adoração por eqüinos. Cavalos de raça era sua verdadeira paixão.”Tropeiro”,”Pantaneiro”,”Mangalarga”,Mangalarga marchador”, enfim, onde tivesse um exemplar que o agradasse,” mandava ver”.Custasse o preço que fosse,o animal era seu.

Pastos bem cuidados,divisas com “cerca paraguaia”, postes branquinhos, alinhados simetricamente, dava gosto passear pelos campos verdejantes da bonita”Estância São Pedro”. Ao correr do tempo,o capataz começou a observar um animal trotão que viera como “carga morta” de um lote recentemente adquirido.Cavalo “inteiro”,( o que não é castrado) e apto à reprodução, o garanhão não era muito dado à “cobrir”as fêmeas da fazenda. Esquisito, né ?

O dono alertado pelo empregado,passou a observar o “crioulo”.Volta e meia,estava aos coices e barrancos com outro macho...-“Isso não é normal”,pensou. Vários dias e o fato se repetiu.
Fim de tarde de uma sexta-feira,notou a falta dos dois “garanhões” no pasto que terminava no corguinho “Piranha”. Desceu da montaria e para a sua grande surpresa e espanto, os cavalos estavam mortos à beira do riacho. O “garanhão tarado”, “coberto” num potro de sua estimação,pelo qual nutria especial cuidado. Aborrecido ao ver uma cena tão inimaginável e incomum, relatou o ocorrido ao Leopoldino, capataz da fazenda.Vendo um leve e maroto sorriso do empregado, quis saber o por que da reação tão normal do empregado. Léo, Foi curto e grosso:- “Patrão, cavalo quando acha bonito o trazeiro do outro, acontece isso...”

-“Isso o quê, Léo!”, indagou. –“Me conta”, insistiu.
-“Dotô, é o seguinte:cavalo tarado não tem noção(?) e bunda bonita, fica louco para “entrar”.Quando tá na “metade”,arrepende e quer tirar. O “outro” que não estava esperando “por isso”, leva um susto tremendo e...”tranca”. Então, vem o dilema: o que “colocou”,espera que o “outro”afrouxe para ele sair. O “outro sofredor”, pensa diferente. Se eu afrouxar ele “entala tudo”. Daí, patrão, os dois morre(...), entendeu?”

P.S.- A historinha acima, é mera fantasia. Não tem nada a ver com a planta de amônia da Petrobras e o gasoduto de Betim, tão ansiosamente esperados pelos uberabenses...


Luiz Gonzaga de Oliveira