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quinta-feira, 16 de junho de 2022

TV UBERABA, CANAL 5

TV Uberaba, Canal 5

LUZ, CÂMERA, AÇÃO!

“Boa tarde, senhoras e senhores: somos, a partir de agora, a mais nova realidade da televisão brasileira. A TV Uberaba, Canal 5, se integra no presente momento a um Brasil grande e poderoso pelo milagre da multiplicação sonora e visual”, foi o que disse, com voz emocionada, o jovem locutor de cabine Paulo Sarkis. E na noite do mesmo dia o apresentador do telejornal Constantino



Imagens de cima para baixo e da esquerda para direita: 1 – Élcio Botta (Miudinho) e Jorge Gabriel, mais conhecido por Jim (já falecido);
 2 – visor com imagem de Constantino Calapodopulos e 3 – Vanderley Alves.
Fotógrafo: Itamar Rogério Vicente (Acervo particular de Constantino J Calapodopulos


Calapodopulos reafirmou a mensagem. Isso há exatos 50 anos atrás.
E com muito pouco tempo de treinamento lá estavam eles, prontos para entrarem em ação os jovens cameraman que colheram as primeiras imagens da mais nova estação de TV do Brasil.

Manuseando modernos equipamentos eletrônicos, recém adquiridos pela emissora, sob a orientação técnica de uma equipe especialmente vinda da capital mineira, entrava no ar a TV Uberaba, na tarde de um dia como o de hoje, mas em 9 de junho de 1972.

À postos na cabine de controle o supervisor artístico e diretor de tv Kefel Filho deu a esperada voz de comando: luz, câmera, ação! Dando vida à mais nova afiliada da Rede Tupi de Televisão, transmitindo para os lares da cidade e região.

Cheios de engenho, entusiasmo e arte esses valorosos jovens puderam confirmar, como nas palavras do genial Charles Chaplin, que:
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Moacir Silveira.

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FACTORAMA

Imagens: 1 – Celinha, Eduardo Gomes e Glenda Garbe; 2 – 
ao centro: Jota Carvalho (já falecido) e 3 – Glenda Garbe e Celinha


Outra atração de grande sucesso do Canal 5, TV Uberaba, era o telejornal Factorama, apresentado diariamente ao meio-dia.

Em seu início ele contou com a presença das narradoras Adriana Cecílio, Maria Helena Barra e Ângela Terra. Mais tarde, alternando com elas Juarez José e Brígido Bianco. Tempos depois, passou a contar com apresentação de Jota Carvalho, Vieira Machado, Glenda Garbe, Maria Célia (Celinha) e Eduardo Gomes.

Esse importante telejornal era redigido pelos jornalistas Januário Molinero, Élcio Moronte, Paulo Silva, Paulo Nogueira, João Cid e Maurício de Oliveira, competente equipe de profissionais sob a batuta do editor-chefe Symphronio Veiga.
Moacir Silveira

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TIO MÁRIO



Ele tem mais sobrinhos que o mundialmente famoso Tio Patinhas, herói dos quadrinhos de Walt Disney, que só possuía os conhecidos Donald, Huguinho, Zezinho e Luisinho.

Mário Salvador nasceu em Araguari, MG, em 14/1/1935, tem nacionalidade portuguesa, adquirida em 20/10/2003, títulos de cidadania das cidades de Veríssimo e Uberaba, além de ser uma das figuras mais prestigiadas e conhecidas em nossa cidade.

Técnico em contabilidade, advogado, jornalista, eleito industrial do ano em 1968, ex-diretor da ACIU, professor do SENAC (1966/68), da Faculdade de Ciências Econômicas (1972/78), do Colégio São Judas Tadeu (1985/86), diretor executivo e editor do Jornal da Manhã (1972/82), consagrou-se de forma definitiva como apresentador de TV, e desde então sendo mais conhecido pelo carinhoso apelido de Tio Mário.

No Canal 5, TV Uberaba, ele criou e apresentou o programa infantil Roda Gigante (1972/84), líder de audiência nas manhãs de domingo e um grande sucesso entre a garotada da cidade e região. Por isso é merecidamente homenageado no mês em que se comemora os 50 anos da emissora.

Levando alegria ao coração da garotada, Tio Mário por certo sempre concordou com os versos de Fernando Pessoa:
“Quando as crianças brincam / E eu as ouço brincar. / Qualquer coisa em minha alma / Começa a se alegrar / E toda aquela infância / Que não tive me vem, / Numa onda de alegria / Que não foi de ninguém. / Se quem fui é enigma, / E quem serei visão, / Quem sou ao menos sinta / Isto no meu coração.”

E que nessa singela homenagem ele possa ouvir o coro entusiasmado da garotada dizendo: muito obrigado Tio Mário! Moacir Silveira.


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TOINZINHO

Imagem: Constantino e Toinzinho, em foto de Itamar Rogério Vicente
 (acervo particular de Constantino Calapodopulos)


Sou dos que entendem ser o operário, trabalhador anônimo, elemento essencial na formação da imagem de uma empresa ou organização. Sem ele o que resta são prédios, máquinas ou equipamentos.

No Canal 5, TV Uberaba, inúmeros foram os que deram forma e vida na construção da história da emissora. Cada um destes teve papel relevante na construção dessa fábrica de sonhos e entretenimento.
Com o intuito de prestar-lhes merecida homenagem e reconhecimento, começo por Toinzinho, o mais humilde e simples de todos.

Tímido, reservado, de personalidade retraída, ele era encarregado de serviços gerais e prestava serviços em nome da Conservadora Carijós.

De maneira discreta e trabalhando nos bastidores ele em muito contribuiu para que os apresentadores pudessem, diante das câmeras, brilhar sob as luzes dos holofotes.

Para esse estimado e humilde colega de trabalho eu diria, fazendo minhas as palavras de George Sand, que:

“Um dia virá em que o trabalhador poderá ser um artista, senão pela expressão (o que cada vez importará menos) mas pelo menos para sentir o belo”.

Me caro Toinzinho, muito embora você não tenha sido um astro da tv, receba o nosso reconhecimento por seu trabalho, que deixou marca indelével em nossa memória e nos corações dos seus inúmeros colegas e amigos, merecendo entrar também para história das Coisas e Fatos Antigos de Uberaba.
Moacir Silveira.


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NICO TROVADOR

Imagens: 1 – Nico Trovador; 2 – Neném e Manuelzito e 3
 – Manuelzito, Nico e Romeu Gomes.


Seu verdadeiro nome era Pedro Luiz Henrique, mas ficou conhecido mesmo como Nico Trovador. Natural de Jubaí, MG, onde nasceu no dia 21/1/1931 ele veio para Uberaba no em 1976. Com sua inseparável viola já fazia muito sucesso bem antes de ingressar nos quadros do Canal 5, TV Uberaba, ao ser contratado por Ney Junqueira, então diretor da emissora.

Em seu programa ele ampliou em muito o espaço para apresentação do segmento sertanejo local e regional, isso sem falar nos inúmeros e grandes artistas do cenário nacional que convidava, quando passavam pela cidade.

Foi dele a iniciativa de abrir espaço para os famosos Festivais de Viola, Catira e Folias de Reis.
Alegre e comunicativo, além de competente músico e cantor, ele também compunha, nos deixando belas composições nos gêneros bolero, rancheira e sertanejo.

Vítima de um acidente doméstico, onde caiu e fraturou a coluna, ele muito padeceu antes de vir a falecer em 6/8/2008, aos 77 anos de idade.

Por todos os bons momentos de entretenimento que ele nos proporcionou eu só posso dizer, fazendo minhas as palavras de um autor desconhecido, que:

“Não sei... Se a vida é curta / Ou longa demais pra nós, / Mas sei que nada do que vivemos / Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.” /...
Por ter levado a alegria ao coração de muita gente ele merece o nosso mais caloroso reconhecimento. Muito obrigado, Nico Trovador!
Moacir Silveira.

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TOTINHO

Imagens: 1 – Vanderlei, Totinho, Edson Quirino e sua esposa Lázara, Arlei e filhos dos funcionários;
 2 – Totinho em destaque; e 3 – Nico Trovador, Dezinho, Edinho, Paulo Cabral e Totinho (de costas)


Outro grande companheiro dos tempos do Canal 5, TV Uberaba, a merecer destaque é José Antônio Costa, o popular Totinho.

Segundo Januário Molinero, da equipe de jornalismo à época, ele “era gente muito fina. Acho que merece ser citado. Era muito amigo do Deizinho e acabou sendo meu amigo também. Considerado o ‘apoio’ da redação – papel exercido hoje por produtores. Como conhecia todo mundo, ligava para as pessoas dizendo: ‘Tem alguma notícia aí pra mim?’ E sempre tinha! Bebemos muita cerveja e doses juntos, naquele bar que funcionava na Av. Fidelis Reis, debaixo da Rádio 7 Colinas. Um excelente companheiro. Humilde e muito prestativo.”

Totinho infelizmente morreu cedo. Vítima de alcoolismo, em crise de abstinência, foi internado no ano passado em uma clínica especializada, na cidade de Ribeirão Preto. “Saiu do abrigo à noite para tomar uma e, quando voltou, errou o caminho, caindo em um apiário. Morreu picado por abelhas”, complementou Januário.

Também o tinha em grande estima. Figura simples, bem humorada e comunicativa.

É realmente com profundo pesar e grande tristeza, pois ele não está mais aqui entre nós, que relembro o seu nome dizendo em alto e bom som: José Antônio Costa, Totinho, agora vc também faz parte da história de Coisas e Fatos Antigos de Uberaba.
Obrigado meu amigo! Descanse em paz!
Moacir Silveira.


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DIRETO DA REDAÇÃO

Imagens: 1 – Paulo Nogueira; 2- Symphronio Veiga; 3
 – Paulo Silva e 4 – Januário Molinero Neto.


Em 1972 as notícias chegavam à emissora via rádio, fax ou pelo telefone fixo, mas ligações interurbanas só por intermédio das telefonistas da CTBC.

Sem o hoje onipresente celular e muito menos internet os repórteres e jornalistas de então saíam à cata de notícias. Contavam apenas com caneta e bloco de anotações ou, alguns poucos privilegiados, precários gravadores em fitas cassete. Quando retornavam para a redação era preciso datilografar tudo usando pesadas máquinas de escrever.

Em cima da hora, saiam os textos que seriam lidos pelos apresentadores dos telejornais. A rotina podia ser estressante, mas era reconfortante ver a alegria dos jornalistas quando obtinham um furo de reportagem.

Ao pessoal da redação, da valorosa equipe da TV Uberaba de então, eu diria, aproveitando os versos de Joaquim, que:

“Estou aqui para falar / de uma classe importante / que em nosso dia a dia / nos informa a todo instante / sobre os acontecimentos por / este mundo errante, seja dia / ou seja noite, na cidade ou / no sertão, em tempos de paz / ou na guerra em toda ocasião, / lá estão os detentores da verdade / e da razão; Aos amigos (as) / jornalistas do rádio ou televisão, / aqui deixo o meu abraço em nome / de toda a nação, por esses / guerreiros que fazem / da coragem, a razão.”
Moacir Silveira.


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HORA DOS COMERCIAIS



A propaganda é a alma do negócio! Um dito por demais conhecido no meio publicitário. Na vida de uma emissora de televisão nem se fala, pois de fundamental importância para sua sobrevivência.
Desde os primeiros instantes de seu funcionamento a propaganda e a publicidade tiveram relevante papel na história do Canal 5, TV Uberaba.

Dentre os pioneiros nessa área podemos destacar as figuras de Marco Antônio e Vicente Campos Ribeiro. Depois vieram Miguel Ângelo Amoni, Arlei Reinaldo Seta, Moacir Silveira, Roberto Teles Zuardi e Humberto Jardim.

Alguns anos depois é que surgiram as primeiras agências de publicidade e propaganda trazendo o necessário conhecimento técnico profissional para o desenvolvimento dessa área. E alguns desses pioneiros aparecem em destaque nas imagens abaixo.
Moacir Silveira


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PAULO CABRAL JÚNIOR


Imagem: Paulo Cabral Júnior em foto de Itamar Rogério Vicente
 (acervo particular de Constantino Calapodopulos)


Para melhor falar sobre ele ninguém melhor do que o colega Januário Molinero Neto, a quem passo a palavra:

“Parecia que tudo estava indo bem. Mas em dado momento veio a notícia que os primeiros diretores, Antônio Carlos, Marco Antônio e, inclusive, o próprio superintendente Dr. Renê Barsan seriam substituídos por Paulo Cabral de Araújo Júnior. Embora muito jovem, ele era diretor comercial da TV Itacolomi, de BH, e que vinha para incrementar o faturamento da emissora. Foi assim que tive a notícia da chegada do Paulinho. Uma figura excepcional. Bravo na condução das coisas, mas tratava todos como seus filhos. Um paradoxo, sistemático e exigente com relação à qualidade a ser apresentado pela empresa que dirigia, mas um pai generoso para com os funcionários que dele precisavam.

Numa das piores crises financeiras da TV, eu me lembro quando ele me chamou em sua residência para que pudéssemos conversar. ‘Meu bom criôlo, vamos ter que reduzir o horário da TV. Penso em começar a transmissão por volta de 17h.’ Quis saber o motivo, o faturamento não cobria as despesas. Sugeri então um programa estilo pinga-fogo, ocupando todo o horário da tarde, no estilo ‘Marreta na Bigorna” do padre Galvão. ‘Que tal reduzirmos o nome para Bigorna’, foi sua pronta resposta. Decidimos que o apresentador seria o Netinho, comandando uma bancada com 4 convidados diferentes e com perguntas gravadas feitas pelo povo nas ruas. Foi um sucesso durante muito tempo, possibilitando equacionar o problema do faturamento.

Falar de Paulo Cabral? Ele era assim: um dia o Neto não pode comparecer e Paulinho não se fez de rogado: vestiu um terno foi pra bancada e tivemos, naquela noite, o exemplo do que é companheirismo sadio, pronto para resolver os nossos problemas.
Na época eu produzia, editava e dirigia o programa, mas tamanha era sua confiança em meu trabalho que ele me pediu para assumir a assessoria artística junto com a de jornalismo, porque o companheiro Moacir Silveira iria para o comercial.”

E como bem disse Augusto Cury: “A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.”

Foi com base nesse espírito de confiança e companheirismo que restou no coração dos uberabenses uma bela memória histórica da nossa querida TV Uberaba e de seu jovem diretor, que ora também fazem parte das Coisas e Fatos Antigos de Uberaba.
Moacir Silveira.


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DR. RENÊ BARSAN
 
Dr. Renê Barsan

Ele foi o primeiro diretor superintendente da TV Uberaba e eu o conheci em 1972, quando aqui cheguei para a inauguração da emissora. Tempos depois vim a saber de sua origem Armênia, pois nascera na cidade de Elasik, em 14/6/1930, de onde sua família fugira por ocasião do genocídio provocado pelos turcos.

Formou-se em medicina em 1950 e especializou-se em ortopedia, dedicando grande parte de seu tempo ao Hospital da Criança de Uberaba. Dotado de espírito associativista, reuniu colegas para criar a SMTM (Sociedade de Medicina do Triângulo Mineiro. Mais tarde empenhou-se na captação de recursos junto à comunidade e implantou a emissora local.

De espírito empreendedor ele também ocupou papel de destaque no cenário empresarial, esportivo e educacional na cidade. Chegou mesmo a ter expressiva participação nas empresas de ônibus Líder e São Geraldo, na criação da Itemel (fábrica de para-raios), presidindo a ACIU e conseguindo aprovação do curso de Ciências Contábeis para a FCETM. Participou ainda na elaboração do projeto municipal de consolidação do Código Tributário e na informatização do SPC, marcante atuação na instalação de um centro coletor para tancagem de álcool e na presidência da ACIU no período de 1980/1981.

Segundo informa o empresário Gilberto Rezende, “Renê nutria também um grande amor pelo Uberaba Sport Clube, no qual começou como assistente de jogadores com fraturas e acabou como presidente em 1978. Para dar sustentabilidade ao USC, criou o Cascata Club. Em sua gestão ficou registrada a façanha de ter sido o primeiro e único presidente do USC a vender um jogador para o exterior, Henrique Pires de Barros, que foi transferido para o Canadá.”

Dr. Renê Barsan, com quem tive a honra de trabalhar na TV Uberaba, faleceu em 22/9/1988, deixando esposa e três filhos e merecidamente foi homenageado emprestando seu nome à FETI (Fundação de Ensino Técnico Intensivo) e à Unidade Básica de Saúde instalada no bairro Santa Marta.
E como diz J. Nascimento: “A Doutrina forma homens honrados. A Educação forma homens dignos da mais alta honraria.”

Exemplo de honradez e retidão, homem de caráter firme e elevado espírito deixou indelével marca nos corações de todos aqueles que o conheceram.
Moacir Silveira

Fonte de pesquisa: Uberaba em Fotos - 28/4/2019


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EDINHO

Imagens: 1 – Edinho recebendo Netinho em seu programa; 2 – 
Edinho (em destaque) e 3 – Toninho e Marieta com grupo de Folia de Reis.


Sempre foi grande a resistência dos dirigentes da Rede Tupi de Televisão em incluir programas sertanejos na grade de sua programação. Em Uberaba isso não foi diferente. Só depois de muito insistir é que Edson Quirino conseguiu convencer o então diretor local da emissora, Paulo Cabral Júnior, a abrir espaço para apresentação de seu programa, na recém inaugurada TV Uberaba.Então, pela primeira vez na história da televisão brasileira, a música rural conquistava o seu espaço no mais novo e moderno meio de comunicação social do Brasil Central.

Foi assim que Edson Quirino, o popular Edinho, passava a receber de braços abertos todos músicos, cantores e compositores dedicados ao segmento sertanejo.

Só alguns anos depois é que o consagrado Rolando Boldrin lançaria o seu Som Brasil, consolidando em definitivo a presença da música rural ou caipira na tv brasileira.

O que veio depois já faz parte da história. A música sertaneja consagrou-se de forma definitiva, conquistando seu merecido lugar no meio artístico e hoje reina em lugar de destaque em nossa MPB. Pode-se dizer que ela iniciou no meio rural, passou pelo colegial e hoje conquistou seu diploma superior com o Sertanejo Universitário, líder inconteste nas paradas de sucesso.

Quem diria que tudo isso teria início nos estúdios do Canal 5, TV Uberaba, há 50 anos atrás.

E para homenagear o nosso estimado Edson Quirino e aos valorosos homens do campo eu diria, fazendo minhas as palavras de Flávio Mattes:

“Por isso estamos cantando pra ti grande guerreiro / Que alimenta o mundo inteiro com frutos puros do chão / Não estou falando em vão é com certeza que eu falo / Tu provas isso com calos que maltratam tuas mãos. / Também sou homem do campo, conheço o cabo da enxada / E hoje de vida mudada me tornei um cantador / Receba esta homenagem que pra ti eu escrevi / Enquanto eu existir serei o teu defensor.”
Moacir Silveira


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GR1000


Luiz Antônio Guimarães

A importância do Canal 5 na história da cidade e região pode ser melhor avaliada através do anúncio publicado no jornal Lavoura e Comércio, em 1980, pela agência de publicidade e propaganda GR1000, que dizia:

PALAVRAS DE UM PUBLICITÁRIO
SOBRE A TV UBERABA NO SEU
8º ANIVERSÁRIO

Falar sobre a TV Uberaba é acima de tudo muito gostoso. É falar de uma emissora que tem muita iniciativa e muita vontade.

A TV Uberaba é, hoje, acredito, a única emissora do interior do país com 120 horas de programação sua, mensal, quer dizer, está criando e produzindo programas.

O esforço de uma emissora para uma produção própria é dignificante. E de longe, aqui do outro lado, podemos sentir os frutos sendo colhidos.

Vamos ressaltar, aqui, alguns programas que necessitam de muito “gás” para serem produzidos.

O Bigorna (excelente nível), O Jornalismo (virou a mesa), Nico Trovador (um repentino fenômeno de comunicação), o jornalismo esportivo (sempre presente), a grande linha de programas rurais e de folclore.

Enfim é gostoso falar de quem trabalha, de quem dá duro e de quem tenta.

A TV Uberaba vem dando, numa hora difícil, uma lição de trabalho, talento e suor. Uma mistura mineira e que mostra excelentes resultados.

(Luiz Antônio Guimarães, Diretor de Operações da GR.1000 Assessoria de Comunicação).


domingo, 30 de dezembro de 2018

GRANDES MOMENTOS DA TV – UBERABA

Teimo em lembrar a presença marcante e o que representou para a santa terrinha, a vinda e instalação da TV- Uberaba, que morreu sem que se lhes desse chance da missa de sétimo dia. O programa “Bigorna”, atingiu o ápice da audiência da emissora. Produzido por mim e o Wanderlei Alves, teve o apoio total de Cabral Filho e a competente mediação do saudoso Ataliba Guaritá Neto (Netinho). Convidados que se apresentaram no programa, entre outros, Tancredo Neves, Aureliano Chaves, Hélio Garcia, Rondon Pacheco, Aécio Neves, nomes de projeção na política nacional. No esporte, vieram João Saldanha, Valled Pery, Pedro Luís, Walter Abrahão, Osvaldo Faria, Silvio Luis, figuras de renome no esporte brasileiro. Eles se deslocavam do eixo Rio-São Paulo- Belo Horizonte, para participar do programa .Sim senhores! ‘Bigorna“, virou referência nacional. Registre-se, os convidados não recebiam “cachês”. Só o traslado aéreo ( naquele tempo Uberaba era ligada ao mundo...) e a estadia. As despesas corriam por conta da emissora, sem nenhuma verba oficial...

Àquele tempo, não era praxe e muito menos comum, a Prefeitura “bancar o jabá” das promoções dos veículos de comunicação citadinos. Rádio, jornais e a TV, noticiavam os fatos da terrinha com isenção, independência, espírito comunitário, sem “puxassaquismo”, elogiando quando merecia e criticando quando necessário. Jornalista que se prezava, fazia sacerdócio da sua profissão; orgulhava-se dela, não aceitava oferta de emprego público para falar bem do “ padrinho”. Era uma verdadeira “ofensa” querer “comprar” um radialista ou jornalista. Proprietários dos jornais existentes à época, “Lavoura e Comércio “ e “Correio Católico”, rádios “P.R.E.-5 “ e “ Difusora”, jamais cogitaram em receber “ caixa 2 “ da administração municipal para “ bancar” a folha de pagamento desses veículos. Empresários que prezavam pelas suas reputações...

Aos dias de hoje, a imprensa tem outro tipo de comportamento. Está paralisada e insiste em ficar “ em cima do muro “. De costas para as mudanças que o mundo está vivendo de forma gritante e claramente, às nossas vistas. Grande parte delas, quer nacional, quer paroquial, não querem perceber a queda de audiência, a diminuição de circulação dos seus diários. Teimam em um passado que não mais lhe pertence. As empresas independentes ( infelizmente, muito poucas...) certifiquem-se, são extremamente importantes para a democracia, o livre pensamento e etc . Contudo, esses veículos precisam modernizar-se. Fazer uma auto-crítica do papel que representam no contexto atual. Do rumo que estão tomando. Não pode“ brigar” com a força e a evidência dos fatos que estão aflorando, em novidade, a todo momento. Tem que entender os seus proprietários, a necessidade urgente de um “ leitura”correta, isenta, do que está “rolando” no mundo. Tanto lá, como cá. O povo acordou ! 


Aprendeu a escolher. Sabe discernir o que é “certo” e o que está “errado” . O povo tomou ciência da su “ força”. Sabe o que quer ! Ele não é mais o “ bobão da Laurinda”, como diziam os políticos...
Informar com objetividade, sem distorcer a noticia, opinar com balizamento, evitar deixar às claras, preferências pessoais, faltar com a verdade ao relatar um fato, omitir-se. Lembre-se , a “internet”, o “facebook”, o “twitter, o “zap-zap”, e outras tecnologias mais, vieram para ficar e ampliar-se. Elas derramam sobre a comunicação, mudanças que transformarão o mundo jornalístico. Podes crer ! Não vire as costas para essa realidade. Ela está muito presente.

Ainda tenho muito que lembrar uma perda irreparável: TV- Uberaba. Até amanhã com o fraterno abraço do ‘ Marquez do Cassú”.

Cidade de Uberaba