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terça-feira, 15 de junho de 2021

BANDEIRA A MEIO MASTRO

Sim, Bandeira a Meio Mastro.

Ontem -14/06/2021- no início da noite cumpri a mais árdua missão: subi as escadarias da sede do nosso Sodalício Triangulino de Letras e, lá encima, baixei o Pavilhão Nacional deixando-o a meio mastro. 

A tristeza invadiu-me e tive que ampliar minhas  forças para materializar o meu intento: homenagear nosso  herói que de nós se despediu para sempre, vítima da Covid-19, deixando vazia a Cadeira número 15.

A missão do presidente é extremamente árdua  quando se trata de comunicar à sociedade que a Academia de Letras do Triângulo Mineiro perde um de seus diletos  membros. Aí se apresenta o Pavilhão Nacional com seu silêncio mudo e, literalmente imóvel, emite a mensagem que vale por milhares de palavras: “Aqui estou para representar o luto. Minhas quatro cores (verde, amarelo, azul e branco) se transformam numa só; o preto, cor que traduz o luto”.

LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA faz as cortinas do show se fecharem e o ciclo dos combatentes por Uberaba se encerra. Quem lutou tanto por sua terra quanto ele? Nenhum outro filho, se buscarmos em nossa história que começa oficialmente no século XIX.

De Borges Sampaio, passando por Hildebrando Pontes, José Mendonça e outros autores até os dias de hoje, todos escreveram bem a história das Sete Colinas, mas LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA vestiu uma nova roupagem na história e a contou de forma a despertar no uberabense o amor pela sua terra e inadmitir a sua classificação em 

lugares longe do primeiro.

Aí está o tributo que sempre estaremos em débito com LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA. 

Segue amigo Gonzaga. A sua imortalidade se inicia agora e nós aqui ficamos para consagrar o seu bendito nome.

Abraço fraterno.

João Eurípedes Sabino. 

Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. 

Uberaba/MG/Brasil 

15/06/2021