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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Serviços de Força e Luz

Serviços de Força e Luz
A energia elétrica em Uberaba foi inaugurada em 1905 num clima de grande júbilo por recebermos tão importante estigma da modernidade e do desenvolvimento. O suprimento, gerado pela Usina Monjolo (hoje desativada), era bastante limitado à zona urbana e ao consumo residencial.

No período pós-ditadura Vargas a industrialização haveria de chegar a Uberaba, que se mostraria fiscalmente receptiva às novas indústrias. Todavia, o Serviço de Força e Luz que administrava as questões referentes à eletricidade era deficiente e não acompanhava o ritmo do crescimento residencial e quiçá industrial que se viu extremamente comprometido. O vereador João Severiano Rodrigues da Cunha (1949) diz que o problema da eletricidade era primordial e recebe apoio de toda a Câmara para que este fosse solucionado. A solução parecia fácil: transferir a administração do Serviço de Força e Luz do governo estadual – omisso e negligente – ao município, que trataria de dispensar-lhe a atenção devida. Uma verdadeira enxurrada de ofícios foi enviada ao governador Milton Campos, mas os clamores uberabenses não foram prontamente atendidos deixando-nos o questionamento de como estaria nossa cidade hoje se nos finais dos anos 40 tivéssemos suporte para além de sermos a “cidade do zebu” pudéssemos também ser um desenvolvido pólo industrial.

Fontes

Livro de Ata da Câmara Municipal de Uberaba n. 11, p. 7-9.
BILHARINHO, Guido. Uberaba: Dois Séculos de História. Vol. 1. Uberaba: Arquivo Público de Uberaba, 2007, p. 195.

Escrito por Vitor Lacerda (História-UFTM).




Sanatório Espírita de Uberaba


Década de 1930

“Em 1927 os espíritas começaram a pensar na possibilidade de se fundar um hospital psiquiátrico em nossa cidade. Aos 06 dias de janeiro de 1928, foi procedido o lançamento da pedra fundamental, em terreno situado à Rua José Clemente Pereira, 42, no Bairro Estados Unidos.
A inauguração se deu no dia 31 de dezembro de 1934. Posteriormente, o mesmo foi ampliado com a construção de grandes muros, entre outros melhoramentos. O hospital está em pleno funcionamento. “(Arquivo Público de Uberaba)

Em 05 de janeiro de 1928, o jornal “Lavoura e Comércio” noticiou o lançamento da pedra fundamental para a construção de um hospital de caridade para dementes, nesta cidade, iniciativa de um grupo de espíritas.
O Sanatório seria construído em terreno situado no Bairro Estados Unidos, próximo à Praça Carlos Gomes.
Enquanto houve verba, a construção progrediu rapidamente. Porém, assim que esgotada, as obras tiveram um ritmo lento e se arrastaram por 6 anos, até que, finalmente, foram concluídas, graças aos donativos arrecadados entre os seguidores da doutrina de Alan Kardec, da população desta cidade e das cidades vizinhas.
O Sanatório Espírita de Uberaba foi construído para o tratamento de doentes pobres, de moléstias não contagiosas, principalmente os que perderam a “luz da razão”.
Desta forma, além do caráter filantrópico, o Sanatório Espírita se prestaria também a uma importante missão social, retirando os cidadãos que, pela loucura, não poderiam mais estar no convívio da cidade, pois poderiam comprometer a segurança das outras pessoas.
Sua inauguração se deu aos 31 de dezembro de 1934.
Uma grande multidão se aglomerou no local. Estavam presentes representantes dos jornais locais, do Diário de São Paulo, Diário da Noite, Estado de São Paulo, Correio da Manhã, além de representantes dos municípios de Uberlândia, Araguari, Araxá, Sacramento, Belo Horizonte e Franca.
O discurso foi feito pelo orador oficial, Professor João Augusto Chaves, do Centro Espírita.
Tocaram no evento a Corporação Musical Uberabense e mais duas orquestras.
Ao término da solenidade, o prédio foi aberto à visitação. Fonte de Pesquisa: BILHARINHO, José Soares.

domingo, 1 de janeiro de 2017

SANATÓRIO SMITH – ERA UM HOSPITAL DO MÉDICO CARLOS SMITH -- UBERABA

Hospital sanatório Smith              


Funcionou onde hoje é o edifício Manhatan, ao lado da Praça Frei Eugênio na Rua Tristão de Castro. Segundo descrição da obra “História da Medicina”, de José Soares Bilharinho, o edifício era composto da seguinte maneira:
“Na parte térrea do novo pavilhão ficaram localizados os consultórios médicos, gabinete de raios X e de eletricidade médica, capela, seção de quartos, copa e cozinha. Na parte superior, 14 quartos, 2 apartamento, salas de operação e anestesia, quarto para enfermeiras de plantão, 2 ante-salas, sala de jantar, instalações sanitárias e dois terraços. Os corredores do pavilhão mediam 1 metro de largura. O serviço de vigilância foi fornecido pela General Eletric. Até mesmo a geladeira especial foi importada. O Sanatório Smith, onde trabalharam, além do proprietário, os Drs. Djalma Smith, Duarte Tomás Miranda, José de Paiva Abreu, Vicente Nesi e João Jorge Miziara, funcionou de 9 de novembro de 1933 a novembro de 1961, quando foi adquirido pela Santa Casa de Misericórdia, pela importância de seis milhões de cruzeiros. (BILHARINHO,1983, p. 1637)