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sábado, 8 de junho de 2019

Prefeito recebe doação do acervo do jornal A Flama Espírita ao Arquivo Público

Superintendência do Arquivo Público/Secretaria de Administração, recebeu nesta segunda-feira (1º) a doação do acervo do jornal A Flama Espírita, constituído por oito volumes datados de 1961 a 2003. A doação foi recebida oficialmente pelo prefeito Paulo Piau, acompanhado da superintendente de Arquivo Público, Marta Zednik, com a presença de representantes espíritas, da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e historiadores do Arquivo Público. O repasse ao Município foi feita pela União da Mocidade Espírita de Uberaba, mantenedora do jornal, dirigida por Márcio Roberto Arduini.

Pedido. Segundo Piau, a doação marca dia histórico para Uberaba. Agradeceu a iniciativa da União da Mocidade Espírita, destacando a preservação da memória do Município que caminha para seu bicentenário. “Esta doação tem tudo a ver com uma das maiores premissas do espiritismo, que é a caridade, e são atos dessa natureza que valorizam a história de Uberaba”.

O prefeito apelou à população, para que doe ao Arquivo Público acervos que preservem a memória social e cultural da cidade. “Todos que tiverem alguma coisa para guardar a memória, sejam fotos, impressos ou outros arquivos, podem procurar o Arquivo Público. Ações como essa precisam ser incentivadas. Sabemos que muitas famílias podem possuir materiais riquíssimos, guardados em gavetas, e muitas coisas vão até para o lixo. Mas para a história de Uberaba tem um grande valor”, destacou Piau.

O presidente e diretor da União da Mocidade Espírita de Uberaba, Márcio Roberto Arduini, pontuou que a doação permitirá que todos os interessados possam ter acesso e pesquisar o material de forma técnica e segura, visto que as páginas do arquivo original já estão fragilizadas pelo tempo. Representando a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, João Eurípedes Sabino e Guido Bilharinho destacaram a importância da preservação da memória, já que o acervo representa um patrimônio cultural e social de Uberaba.

Sobre - Ainda em circulação, o jornal A Flama Espírita foi fundado em 27 de setembro de 1925 por Arlindo Evangelista, José Humberto da Silva, Ruy Novaes e Hercílio Martins da Costa. As edições iniciais eram direcionadas à literatura, arte e questões sociais. Em 1º de setembro de 1930, o professor Alceu Novaes, Inácio Ferreira, José Thomaz de Oliveira e Emmanoel Martins Chaves assumiram a direção e mudaram o seu enfoque, dotando-o de orientação espírita. Nessa época, o jornal intitulava-se "Flamma". Sua circulação era semanal, tinha formato semelhante ao "Standard", pouco difundido na época, cujas dimensões aproximavam ao papel A2.

Censura. Marta Zednik, superintendente do Arquivo Público, destaca que em 1942 o jornal teve sua circulação proibida por tempo indeterminado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura e repressão durante o governo Vargas. Contudo, a Constituição Federativa do Brasil de 1946 revogou essa decisão autoritária, restabelecendo a divulgação pela comunidade kardecista de Uberaba. O jornal voltou a circular, desta vez sob a administração da "União da Mocidade Espírita Uberabense", fundada em 1940. Passou, em 1950, passou a se chamar A Flama Espírita.

O jornal editava noticiários e o pensamento do universo espírita, onde se destacavam a história e as realizações das associações espíritas da cidade, como Sanatório Espírita de Uberaba, Lar Espírita, Grupo Escola Espírita Professor Chaves, e informações sobre as principais atividades desenvolvidas na cidade, como palestras, eventos e conferências. O primeiro congresso espírita do Brasil também recebeu destaque jornalístico no dia 23 de janeiro de 1982, e suas informações podem se tornar objeto de pesquisas de estudantes e historiadores.

No acervo do jornal, entre outros assuntos de relevância, Marta Zednik pontua que é possível identificar as principais realizações espíritas da cidade. “Também podemos conhecer personagens de destaque, não só pelas práticas desenvolvidas nas instituições espíritas, como também pela participação na vida social e política de Uberaba, como Henrique Von Krüger, Fausto de Vito, Inácio Ferreira, Augusto César Vanucci, Odilon Fernandes, Divaldo Pereira Franco, Danival Roberto Alves, Carlos Bacelli, Antuza Martins, Jonas Dutra, Padre Sebastião Carmelita e Ivone Pereira, além do líder Chico Xavier”.


Jorn. Luiza Carvalho



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Cidade de Uberaba


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

UBERABA DOS MEUS AMORES

No templo das minhas preces, oro com amor filial pela minha Uberaba. Seus filhos, dos mais ilustres aos mais humildes, estão corados de vergonha com o que está acontecendo na sagrada terrinha. Dos que nasceram em berço de ouro, aos que estão sem teto, temos por Uberaba um amor imenso ! Um velho e simpático ditado, retrata o tanto que a queremos bem: “quem bebe da nossa água, não sai mais daqui.” Uberaba, sob o manto sagrado de Nossa Senhora d’Abadia, jamais negou , nem renegou um filho seu. Seja legítimo, por adoção, ou “intruso”...

Depois de epopéias monumentais, conquistas homéricas, berço da civilização triangulina, de excepcionais e exponenciais uberabenses como Mário Palmério, Fidélis Reis, Alaor Prata, Leopoldino de Oliveira, Antenógenes Silva, Augusto César Vanucci, João Henrique, Toniquinho Martins, Alberto Fontoura Borges, Edgard Rodrigues da Cunha, lembrando apenas alguns políticos, empresários e artistas, Uberaba, está ficando fora de” cena “no contexto nacional. Aqueles que se aventuraram à tarefa de representar a amada terrinha, não deram conta do recado. Fracassaram em cheio nas suas empreitadas. Foram insípidos e incolores...

Figuras ocas, não deixaram e nem estando deixando, um resquício de saudade. Suas atuações são medíocres, opacas, totalmente sem luminosidade. Estamos sofrendo derrotas, em cima de derrotas, perdendo posições de relevo que ostentávamos até poucos anos atrás. Nossos arremedos de políticos, funcionam como “puleiro de pato”. Preocupam-se tão somente em governar através do rádio, jornal e televisão. Esqueceram-se de Uberaba. Tiram proveito, descaradamente, em favorecer seus bolsos e dos seus “amigos diletos”. Coisa mais feia!...

Estamos perdendo todo o jogo que enfrentamos e saímos com o “ rabo entre as pernas” . Nossos políticos são uma lástima ! Nas “conquistas”, estamos disputando com o Ibis, de Pernambuco, que não ganha uma... Perdemos em competitividade em todo embate. Os impostos e taxas, aumentam ano após ano, o centro comercial, outrora tão atuante, virou “fantasma”. Lojas tradicionais fechando suas portas, cobra-se de tudo do uberabense; lixo, esgoto, limpeza pública, transporte, saúde, iluminação, educação, espaço nas ruas, praças e avenidas... E o retorno ? Nada ! Absolutamente nada! 

Os últimos prefeitos que tivemos, não disseram a que vieram. Deixaram e deixam muito a desejar. Acomodados, preguiçosos, agem , com eficiência, no apadrinhamento dos afilhados políticos e se enriqueceram no cargo. Sabem das mazelas de secretários. Fazem de conta que não “é com eles”. Negociações despudoradas, ostentam, embora contem com “ laranjas”, de vultosos patrimônios. Trabalham, acintosamente, para “fazer” sucessores e não perderem a “grande veia financeira” que é a administração pública.

A prática da cidadania, o zelo e o esforço pela cidade, “às favas”! Desapareceram ! Querem apenas manter-se no cargo e preparar “seguidores” à continuar comendo na “ panela”... A politicalha, está, umbelicalmente, colada ao DNA que praticam. A subserviência do Legislativo ao Executivo, causa arrepios, de tão vergonhoso ! É um “beija-mão” e “troca de favores’ que não acaba nunca. Virou tradição. O nepotismo, campeia despudoradamente. O Ministério Público, não é acionado e dá graças a Deus. Pois, assim, não precisa mexer na”ferida”. Secretários municipais, tidos como achacadores do cargo, permanecem intocáveis.

Nosso desenvolvimento e progresso, perdeu na corrida com a “tartaruga” e o “bicho preguiça”. Enquanto isso, a 100 kms. da terrinha, floresce e prospera uma majestosa cidade. Há quase 20 anos, o nosso moral continua patinando . Damos graças a Deus, pela vinda da ex-Fosfértil, nossa última e única bandeira de conquista. Depois dela... "Marquez do Cassú “.


Luiz Gonzaga de Oliveira


Cidade de Uberaba