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terça-feira, 3 de maio de 2022

HERÓI DE GUERRA

3º. Sargento João Gonçalves dos Santos

Ele foi o único uberabense que não voltou pra casa, após ter participado da FEB, Força Expedicionária Brasileira, durante a II Grande Guerra.

Imagens: 1 - João Gonçalves Gonçalves dos Santos (superior); 
2 – Cemitério de Pistóia, Itália (inferior)

O 3º. Sargento João Gonçalves dos Santos, convocado aos 22 anos de idade, atuou na zona de operações na região de Montese, Itália, onde desapareceu em 22/4/1945 e foi considerado morto em combate, recebendo as Medalhas de Campanha e Cruz de Combate de 2ª. Classe.

Seu corpo permaneceu em terra estranha, como o de demais colegas da FEB, enterrados em solo italiano.

Em homenagem à esses valorosos jovens brasileiros a célebre poetisa Cecília Meireles dedicou singelo e comovente poema, publicado em 1953, em que diz:

“PISTÓIA

Eles vieram felizes, como / para grandes jogos atléticos, / com um largo sorriso, no rosto, / com forte esperança no peito, / porque eram jovens e eram belos.

Marte, porém, soprava fogo / por estes campos e estes ares. / E agora estão na calma terra, / sob estas cruzes e estas flores, / cercados por montanhas suaves.

São como um grupo de meninos / num dormitório sossegado, / com lençóis de nuvens imensas, / e um longo sono sem suspiro, / de profundíssimo cansaço.

Suas armas foram partidas / ao mesmo tempo que seu corpo. / E se acaso sua alma existe, / com melancolia recorda / o entusiasmo de cada morto.

Este cemitério tão puro / é um dormitório de meninos: / e as mães de muito longe chamam, / entre as mil cortinas do tempo,

cheias de lágrimas, seus filhos.

Chamam por seus nomes, escritos / nas placas destas cruzes brancas. / Mas, com seus ouvidos quebrados, / Com seus lábios gastos de morte, / que hão de responder estas crianças?

E as mães esperam que ainda acordem, / como foram, fortes e belos, / Depois deste rude exercício, Desta metralha e deste sangue, / destes falsos jogos atléticos.

No entanto, o céu, a terra, as flores / é tudo horizontal silêncio. / O que foi chaga é seiva e aroma, / - do que foi sonho não se sabe... – / e a dor anda longe, no vento.”

Anos depois os corpos desses jovens heróis foram transferidos para o Aterro do Flamengo, RJ, em Pistóia permaneceram as cruzes e placas com os seus nomes, mas em Uberaba só restou a dor no coração dos familiares e amigos de João Gonçalves dos Santos.

Moacir Silveira

Fonte: “Uberaba na 2ª. Guerra” – site do APU – Arquivo Público de Uberaba.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Origens de Uberaba

Origens de Uberaba


A região do Triângulo Mineiro começou a ter importância quando a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva Filho (filho de Anhanguera) saiu de São Paulo, em 1722, e passou por aqui. Em 1766, foi criado o Julgado do Desemboque, local rico em minas de ouro, que teve seu esplendor até 1781. Para dinamizar a administração dos Sertões, Antônio Eustáquio da Silva Oliveira (natural de Ouro Preto) foi nomeado para a
função de Comandante Regente dos Sertões da Farinha Podre (Triangulo Mineiro). Por volta de 1811-1812 construiu sua residência na cidade e um grande número de pessoas migraram para cá, estimuladas pelas condições geográficas propícias e também pelo prestígio e segurança que Major Eustáquio oferecia. Em 1818, ergueu-se a capela de Santo Antônio e São Sebastião. (Foto:1880).
1820 – O Rei D. João VI, por meio de um decreto datado de 02 de março, eleva o povoado à Freguesia de Santo Antônio e São Sebastião. Isso representava, segundo a estrutura colonial, a institucionalização da vida das comunidades, o reconhecimento oficial perante a Igreja e o Estado, a ordenação da vida civil. Após esse ato, o padre passa a residir permanentemente na Igreja, facilitando a vida da comunidade, cria-se um cartório eclesiástico que abrange uma área com limites definidos, o povoado passa a ter um território delimitado e impulsiona-se o desenvolvimento social e administrativo.
Fonte: Boletim Informativo do APU n°6, março de 1995
Uberaba desenvolveu-se e emancipou-se politicamente tornando-se Vila, em 1836, e Cidade, em 1856. “Uberaba, ao longo de sua história, soube desempenhar o papel de centro comercial articulador dos negócios feitos entre o litoral e o sertão; centro irradiador de povoamento de todo o Triângulo Mineiro e Sul de Goiás; centro cultural do Brasil Central; centro defensor do criatório zebuíno e, hoje, grande centro produtor de fertilizantes e defensivos agrícolas do país” (Coutinho, 2002).
Fonte: Boletim informativo do APU, n° 11, março de 2000.