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domingo, 2 de julho de 2017

Aparecida da Conceição Ferreira (Dona Aparecida)

Aparecida da Conceição Ferreira (Dona Aparecida)

Nasceu em Igarapava, no dia 19 de maio, provavelmente no ano de 1914. Casou-se, em 1934, com Clarimundo Emídio Martins e teve oito filhos: Ivone Martins Evangelista, Ivanda Martins Vieira, Evani Martins Evangelista, Boanésio Aparecido Martins, Cosme Dasmião Martins, Antônio Brás Martins, Rita Aparecida Martins e Maria José Ferreira.

Após o casamento, morando na Fazenda Santa Maria, aplicava injeção, fazia partos e mantinha uma escolinha, onde dava aula para os peões e os filhos. Posteriormente, na fazenda Nova Ponte, foi professora do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).

Em 1956, já em Uberaba, foi convidada a trabalhar na área de isolamento do Hospital das Clínicas, cuidando de pacientes, vítimas da febre amarela. Um ano depois, o hospital começou a receber os penfigosos¹, que ficavam sob seus cuidados. Em 1958, a situação se complicou e as circunstâncias levaram Dona Aparecida a sair do hospital com 12 doentes e instalá-los em sua própria casa. Mais tarde, o diretor da Escola de Medicina e o Diretor da Saúde Pública ofereceram, por um breve período, o necrotério do Asilo São Vicente. Aos poucos, a situação foi melhorando e os doentes em condição de trabalho contribuíam com sua ajuda.

O jornalista Saulo Gomes, após conhecer Dona Aparecida, em São Paulo, veio a Uberaba, registrou e divulgou todo o trabalho desenvolvido por ela. Muitas foram as contribuições e, em 17 de fevereiro de 1962, a pedra fundamental para construção do hospital foi lançada. Sete anos depois, ele foi inaugurado.

A estrutura criada por Dona Aparecida cresceu, chegando a abrigar sapataria, padaria, confecção, marcenaria, fazenda, granja, farmácia, reciclagem de plástico, consultório dentário, espaço para atividades infantis com monitoramente pedagógico e assistência psicológica e ambulatório para atender pacientes com outras doenças de pele.

Nas palavras de Maria Leocádia de S. Silva (Revista do APU – série Memória Viva – agosto de 2004 – nº 3): …Aparecida não conseguiu viver “só” para os doentes, ela começou a recolher os necessitados de comida, os necessitados de afeto. Seu olhar enxerga mais longe, e ela vê os que precisam e do que precisam. Este é o seu diferencial, cuidar das pessoas por inteiro: saúde, educação, profissionalização, família…

Homenagens recebidas por Dona Aparecida:

Nasceu em Igarapava, no dia 19 de maio, provavelmente no ano de 1914. Casou-se, em 1934, com Clarimundo Emídio Martins e teve oito filhos: Ivone Martins Evangelista, Ivanda Martins Vieira, Evani Martins Evangelista, Boanésio Aparecido Martins, Cosme Dasmião Martins, Antônio Brás Martins, Rita Aparecida Martins e Maria José Ferreira. Após o casamento, morando na Fazenda Santa Maria, aplicava injeção, fazia partos e mantinha uma escolinha, onde dava aula para os peões e os filhos. Posteriormente, na fazenda Nova Ponte, foi professora do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).

Em 1956, já em Uberaba, foi convidada a trabalhar na área de isolamento do Hospital das Clínicas, cuidando de pacientes, vítimas da febre amarela. Um ano depois, o hospital começou a receber os penfigosos¹, que ficavam sob seus cuidados. Em 1958, a situação se complicou e as circunstâncias levaram Dona Aparecida a sair do hospital com 12 doentes e instalá-los em sua própria casa. Mais tarde, o diretor da Escola de Medicina e o Diretor da Saúde Pública ofereceram, por um breve período, o necrotério do Asilo São Vicente. Aos poucos, a situação foi melhorando e os doentes em condição de trabalho contribuíam com sua ajuda.

O jornalista Saulo Gomes, após conhecer Dona Aparecida, em São Paulo, veio a Uberaba, registrou e divulgou todo o trabalho desenvolvido por ela. Muitas foram as contribuições e, em 17 de fevereiro de 1962, a pedra fundamental para construção do hospital foi lançada. Sete anos depois, ele foi inaugurado. A estrutura criada por Dona Aparecida cresceu, chegando a abrigar sapataria, padaria, confecção, marcenaria, fazenda, granja, farmácia, reciclagem de plástico, consultório dentário, espaço para atividades infantis com monitoramento pedagógico e assistência psicológica e ambulatório para atender pacientes com outras doenças de pele. Nas palavras de Maria Leocádia de S. Silva (Revista do APU – série Memória Viva – agosto de 2004 – nº 3): …Aparecida não conseguiu viver “só” para os doentes, ela começou a recolher os necessitados de comida, os necessitados de afeto. Seu olhar enxerga mais longe, e ela vê os que precisam e do que precisam. Este é o seu diferencial, cuidar das pessoas por inteiro: saúde, educação, profissionalização, família…

Homenagens recebidas por Dona Aparecida:

Cidadã Uberabense – CMU (1968), Destaque 1997 – PMU (1997), Cidadã Osasquense – CMO (1999), Homenagem especial – Dia da Consciência Negra – PMU (1999), Troféu Chico Xavier – PMU (2001), Comenda da Paz Chico Xavier – Governo do Estado de Minas Gerais (2001), Ordem do Mérito da Saúde no Grau “Grande Medalha do Mérito da Saúde” – Governo do Estado de Minas Gerais (2004)


Fonte- Acervo Público de Uberaba