Aparecida
da Conceição Ferreira (Dona Aparecida)
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Nasceu em Igarapava, no
dia 19 de maio, provavelmente no ano de 1914. Casou-se, em 1934, com Clarimundo
Emídio Martins e teve oito filhos: Ivone Martins Evangelista, Ivanda Martins
Vieira, Evani Martins Evangelista, Boanésio Aparecido Martins, Cosme Dasmião
Martins, Antônio Brás Martins, Rita Aparecida Martins e Maria José Ferreira.
Após o casamento, morando
na Fazenda Santa Maria, aplicava injeção, fazia partos e mantinha uma
escolinha, onde dava aula para os peões e os filhos. Posteriormente, na fazenda
Nova Ponte, foi professora do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).
Em 1956, já em Uberaba,
foi convidada a trabalhar na área de isolamento do Hospital das Clínicas,
cuidando de pacientes, vítimas da febre amarela. Um ano depois, o hospital
começou a receber os penfigosos¹, que ficavam sob seus cuidados. Em 1958, a
situação se complicou e as circunstâncias levaram Dona Aparecida a sair do
hospital com 12 doentes e instalá-los em sua própria casa. Mais tarde, o
diretor da Escola de Medicina e o Diretor da Saúde Pública ofereceram, por um
breve período, o necrotério do Asilo São Vicente. Aos poucos, a situação foi
melhorando e os doentes em condição de trabalho contribuíam com sua ajuda.
O jornalista Saulo Gomes,
após conhecer Dona Aparecida, em São Paulo, veio a Uberaba, registrou e
divulgou todo o trabalho desenvolvido por ela. Muitas foram as contribuições e,
em 17 de fevereiro de 1962, a pedra fundamental para construção do hospital foi
lançada. Sete anos depois, ele foi inaugurado.
A estrutura criada por
Dona Aparecida cresceu, chegando a abrigar sapataria, padaria, confecção,
marcenaria, fazenda, granja, farmácia, reciclagem de plástico, consultório
dentário, espaço para atividades infantis com monitoramente pedagógico e
assistência psicológica e ambulatório para atender pacientes com outras doenças
de pele.
Nas palavras de Maria
Leocádia de S. Silva (Revista do APU – série Memória Viva – agosto de 2004 – nº
3): …Aparecida não conseguiu viver “só” para os doentes, ela começou a recolher
os necessitados de comida, os necessitados de afeto. Seu olhar enxerga mais
longe, e ela vê os que precisam e do que precisam. Este é o seu diferencial,
cuidar das pessoas por inteiro: saúde, educação, profissionalização, família…
Homenagens recebidas por
Dona Aparecida:
Nasceu em Igarapava, no
dia 19 de maio, provavelmente no ano de 1914. Casou-se, em 1934, com Clarimundo
Emídio Martins e teve oito filhos: Ivone Martins Evangelista, Ivanda Martins
Vieira, Evani Martins Evangelista, Boanésio Aparecido Martins, Cosme Dasmião
Martins, Antônio Brás Martins, Rita Aparecida Martins e Maria José Ferreira.
Após o casamento, morando na Fazenda Santa Maria, aplicava injeção, fazia
partos e mantinha uma escolinha, onde dava aula para os peões e os filhos.
Posteriormente, na fazenda Nova Ponte, foi professora do Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL).
Em 1956, já em Uberaba,
foi convidada a trabalhar na área de isolamento do Hospital das Clínicas,
cuidando de pacientes, vítimas da febre amarela. Um ano depois, o hospital
começou a receber os penfigosos¹, que ficavam sob seus cuidados. Em 1958, a
situação se complicou e as circunstâncias levaram Dona Aparecida a sair do
hospital com 12 doentes e instalá-los em sua própria casa. Mais tarde, o
diretor da Escola de Medicina e o Diretor da Saúde Pública ofereceram, por um
breve período, o necrotério do Asilo São Vicente. Aos poucos, a situação foi
melhorando e os doentes em condição de trabalho contribuíam com sua ajuda.
O jornalista Saulo Gomes,
após conhecer Dona Aparecida, em São Paulo, veio a Uberaba, registrou e
divulgou todo o trabalho desenvolvido por ela. Muitas foram as contribuições e,
em 17 de fevereiro de 1962, a pedra fundamental para construção do hospital foi
lançada. Sete anos depois, ele foi inaugurado. A estrutura criada por Dona
Aparecida cresceu, chegando a abrigar sapataria, padaria, confecção,
marcenaria, fazenda, granja, farmácia, reciclagem de plástico, consultório
dentário, espaço para atividades infantis com monitoramento pedagógico e
assistência psicológica e ambulatório para atender pacientes com outras doenças
de pele. Nas palavras de Maria Leocádia de S. Silva (Revista do APU – série
Memória Viva – agosto de 2004 – nº 3): …Aparecida não conseguiu viver “só” para
os doentes, ela começou a recolher os necessitados de comida, os necessitados
de afeto. Seu olhar enxerga mais longe, e ela vê os que precisam e do que
precisam. Este é o seu diferencial, cuidar das pessoas por inteiro: saúde,
educação, profissionalização, família…
Homenagens recebidas por
Dona Aparecida:
Cidadã Uberabense – CMU
(1968), Destaque 1997 – PMU (1997), Cidadã Osasquense – CMO (1999), Homenagem
especial – Dia da Consciência Negra – PMU (1999), Troféu Chico Xavier – PMU
(2001), Comenda da Paz Chico Xavier – Governo do Estado de Minas Gerais (2001),
Ordem do Mérito da Saúde no Grau “Grande Medalha do Mérito da Saúde” – Governo
do Estado de Minas Gerais (2004)
Fonte- Acervo Público de
Uberaba