Mostrando postagens com marcador Anhangüera. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Anhangüera. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Bartolomeu Bueno da Silva

Bandeirante paulista (1672-1740). Um dos principais desbravadores do ciclo do ouro, em Minas Gerais e Goiás.

Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740) nasce em Parnaíba. Herda do pai o nome e o apelido Anhanguera (Diabo Velho), dado pelos indígenas. Segundo alguns historiadores, seu pai teria enganado os índios ateando fogo em certa quantidade de álcool e ameaçando incendiar os rios. Com apenas 12 anos, Bartolomeu acompanha o pai em uma expedição ao território goiano. Na ocasião espalha-se a lenda sobre a suposta existência de minas de ouro e pedras preciosas na Serra dos Martírios. Em 1701 fixa-se em Sabará, Minas Gerais, indo mais tarde para São José do Pará e Pintangui, atraído pela descoberta de ouro na região. É nomeado fiscal do distrito, mas a Guerra dos Emboabas o força a retornar a Parnaíba. Em 1722 parte de São Paulo em mais uma expedição e, durante três anos, explora os sertões de Goiás. É acompanhado de dois religiosos beneditinos e um franciscano, 20 índios, 39 cavalos e 152 armas, além de levar munição e alimentos. Encontra algumas jazidas de ouro no rio dos Pilões e pequenas amostras no rio Claro. Nas situações de busca em que nada encontravam, Bartolomeu dizia "ou descobrir o que buscava ou morrer na empresa". Finalmente encontra ouro em abundância no rio Vermelho e volta à região em 1726, já como capitão-mor das minas. Ganha sesmarias do rei português dom João V, bem como o direito de cobrar passagem nos rios que levam às minas de Goiás. Perde o poder à medida que a administração colonial se organiza na região. Morre pobre na vila de Goiás.

Fonte:Biografias/Bartolomeu


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Dr. Henrique Raimundo Des Genettes

Dr. Henrique Raimundo Des Genettes

Francês, diplomado em medicina, veio para Uberaba, em 1853, como médico do Batalhão de Guardas Nacionais.

Homem erudito e orador fluente, por aqui, exerceu várias funções, auxiliando Fernando Vaz de Melo a fundar, em 1842, o primeiro estabelecimento de instrução secundária em Uberaba (atual Colégio Marista Diocesano). Em 1859, edificou um colégio para o ensino de português, latim, francês, geografia, aritmética, geometria e retórica (Rua Manoel Borges). Em 1862, participou da construção do Teatro São Luís e escreveu peças para serem ali representadas. Jornalista, iniciou a imprensa do Triângulo Mineiro e publicou, em 1874, o primeiro jornal de Uberaba e do Triângulo, nomeado de Eco do Sertão, O Uberabense, Monitor Uberabense, O Progresso e O Paranaíba. Além disso, assumiu os cargos de professor, médico, vereador, advogado e inspetor da instrução pública. Apoiou a construção da Santa Casa. Deu ao “Sertão da Farinha Podre” o nome de “Triângulo Mineiro” e, em 1875, desenvolveu a primeira campanha separatista, desejando anexar a região ao Estado de São Paulo. Ordenou-se em 1876 e, em seguida, foi nomeado vigário. Durante sua gestão, o município vivenciava:
A reanimação do comércio com a chegada de famílias ricas, uma vez que a guerra civil dificultou a vinda de algodão da Europa.
A promoção do alistamento de voluntários da Pátria para se incorporarem à Guarda Nacional, tendo em vista a organização do sistema de defesa militar diante da ameaça da invasão do Paraguai.
A invasão do território do Mato Grosso (atual Estado do Mato Grosso do Sul), pelas tropas do Paraguai, em 12 de fevereiro de 1865.
A criação de fundo de assistência para garantir o socorro aos soldados feridos em combate ocorre e anunciação da vitória brasileira na Batalha do Riachuelo, durante os conflitos da Guerra do Paraguai.
A divulgação da vitória brasileira na guerra do Paraguai e realização de festejos pela Câmara e Igreja Matriz, a fiscalização rigorosa sobre o comércio local, pois a abertura de novas empresas exigia a regularização da documentação junto à Prefeitura Municipal, a indicação de Hermógenes Cassimiro de Araújo, filho do Barão da Ponte Alta, para o cargo de administrador da Recebedoria de Ponte Alta[1] (1866).
O estabelecimento – pela Câmara – de critérios para o alinhamento das ruas, observados a partir das construções das casas, de forma a permitir o arruamento e a canalização de córregos e regos d’água.
A apresentação sem fardas e sem espadas dos recrutas mineiros aquartelados em Uberaba, provocando embaraços aos vereadores e alguma deserções.
A implementação do comércio de sal com o Mato Grosso, intensificando o trabalho dos condutores de carros de bois destinados àquele estado. (1867)


[1] Note-se a importância deste Porto para a economia local, devido à transferência da “rota salineira” de São João Del Rey, para a região de Uberaba. Ponte Alta era o caminho das tropas, vindas da estrada do Anhangüera, no Estado de São Paulo.


Fonte – Arquivo Público de Uberaba


Cidade de Uberaba