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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

GRANDE HOTEL E CINE METRÓPOLE

GRANDE HOTEL E CINE METRÓPOLE

“Dois grandes melhoramentos, da mais indiscutível utilidade pública, assinalam bem o progresso da cidade de Uberaba, o espírito dinâmico e realizador dos seus filhos. Aludimos à inauguração, alí, no dia 8 de março, do GRANDE HOTEL e do CINE METRÓPOLE, fato esse que abre novas possibilidades ao futuro da florescente e tão amável cidade mineira. (…) Às 16 horas daquele dia, presentes ainda outras pessoas de relevo na vida local, foi servido um fino “cocktail”no luxuosíssimo salão de refeições (…) De fato está o GRANDE HOTEL à altura de qualquer cidade civilizada. Nada lhe falta. Há, em tudo, um conforto completo. Dispõe a modelar casa de hospedagem de esplêndidas instalações, ótimos quartos para casais e solteiros, quartos com sala de banhos, apartamentos simples e de luxo. Em todas as suas dependências encontra o hóspede água fria e quente, havendo uma rede telefônica interna.

Dispõe o CINE-METRÓPOLE de uma elegante sala de espera e de um grande salão de projeções, sendo a melhor a sua instalação sonora, último modelo 1941, sistema Western Electric, Super Wide Range. Daí produzir uma projeção nitidíssima, perfeita em todas as suas minúcias. As poltronas em imbuia são muito elegantes, atestando os surpreendentes progressos da indústria nacional. Os espetáculos do CINE-METRÓPOLE serão organizados com os melhores filmes do mercado, escolhidos dentre o que melhor possuem a Metro G. Mayer, Fox Film do Brasil, Warner Bross, First Nacional, Universal Pictures, United Artists, Paramount Films e Columbia Pictures do Brasil.”


Foto editada por Marcellino Guimarães

Década: 1950


(André Borges Lopes)



Cidade de Uberaba

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

HOTÉIS A PREÇOS MÓDICOS EM 1941?

HOTÉIS A PREÇOS MÓDICOS EM 1941?





Esse anúncio, publicado no jornal Estadão em agosto de 1941, nos informa que o viajante ou turista que chegasse em Uberaba poderia dispor do “máximo de confôrto no seu moderno e luxuoso Grande Hotel”, recém inaugurado no coração da cidade.
Mas quanto custava ficar hospedado num dos “100 apartamentos ricamente mobiliados” do Grande Hotel? Pelo anúncio, os apartamentos custavam a partir de 12 mil-réis e as diárias a partir de 20 mil-réis (eu suponho essas incluíam as refeições). A dificuldade é saber, tanto tempo depois, se isso era caro ou barato.
Tomando como referência o salário mínimo da época (240 mil-réis) e corrigindo pelo valor do salário mínimo atual (R$ 724,00) os apartamentos custariam o equivalente a R$ 36 e as diárias o equivalente a R$ 60 – o que seria um verdadeira pechincha. Mas isso nos mostra, principalmente, o quanto o salário mínimo de 1941 era melhor do que o de hoje, apesar dos aumentos dos últimos anos.
Outra forma de fazer essa conta é comparando com o preço de capa do jornal de então (400 réis) com o que se cobra nos dias de hoje por um Estadão na banca (R$ 3,00). Por esse critério os apartamentos custavam o equivalente a R$ 90 e as diárias R$ 150 – o que ainda é barato para um hotel de luxo, mesmo no interior, embora um pouco mais realista.
Mas o valor mais assombroso eu encontrei fazendo a correção monetária com uso da “calculadora do cidadão” disponível no site do Banco Central. O índice de correção mais antigo disponível é o IPC-SP da FIPE, que existe desde novembro de 1942 (data em que o Mil-réis foi rebatizado Cruzeiro). Supondo que os preços do Grande Hotel tenham sido pouco alterados até o fim de 1942 (o salário mínimo seguia o mesmo), converti os Cr$ 12,00 de novembro de 1942 e obtive exatos R$ 12,06 em fevereiro de 2014 — quase uma equivalência nominal — o que colocaria os apartamentos do Grande Hotel em preço de banana e o Estadão nas bancas a meros 40 centavos.
Ah, os economistas e suas planilhas… E não é eu que até confiava nesse tal IPC da FIPE?

(André Borges Lopes)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Vista parcial de Uberaba em 1896.

Vista parcial de Uberaba em 1896.
Vista parcial de Uberaba em 1896.

 Foto tirada de cima do morro da Onça.

Restauração: André Borges Lopes

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

INAUGURAÇÃO DO ASFALTO NA ENTÃO RODOVIA ESTADUAL MG-177 ENTRE UBERABA E A PONTE DELTA-IGARAPAVA

Ponte Delta-Igarapava, em setembro de 1960

Inauguração do asfalto na então rodovia estadual MG-177 entre Uberaba e a ponte Delta-Igarapava, em setembro de 1960, uma velha reivindicação dos uberabenses. Esse trecho foi mais tarde federalizado, como parte da BR-050, que segue até Brasília.
Posando na ponte para a foto, da esquerda para a direita: Dr. Jorge Furtado (prefeito de Uberaba); Bias Fortes (governador de Minas), Eng. Randolpho Trindade (diretor do DER-MG) e Carlos Delamare (diretor da Comércio e Engenharia Minerva, empresa responsável pelas obras).
Foto da revista “O Cruzeiro”, edição de 08/10/1962
(André Borges Lopes‎)