Uberaba sempre viveu horas de pesadelo com as pesadas
chuvas que caem sobre a terrinha e que, rapidamente, tornam-se quase em
catastróficas enchentes...Aliás, enchentes é como doença; quando menos se
espera ,ela chega. Estava todo mundo queixando-se do calor infernal que
assolava a cidade, pedindo uma chuvinha leve para refrescar o ambiente,verdejar
nossos campos, lavar a poeira que paira sobre ruas e calçadas empoeiradas. De
repente, a chuva cai ! Sem dó, nem piedade, levando tudo de roldão:carros, motos,lixo,bicicletas,biroscas,sanitário
ambulante e outros pertences...A cidade virou um caos. A população
estupefata,medrosa sem acreditar no que via no centro e alguns bairros. Aquela
torrente levando sujeira,muita sujeira,além de obras(?)públicas , só preservando
almas imundas,bem sujas, dos nossos políticos...”Selfies” registrados aos
montes,de baixo e de cima dos prédios da avenida...Em menos de hora de
tormento,o centro da cidade,ficou barro só.Carro sobre carro,água sobre
casas,água no leito do rio, água fora do leito de córregos e canais,água nos
bancos,água nas lojas... a poeira e o calor maldito,cederam lugar às águas
barrentas da volumosa enxurrada. Chuva que se pedia branda, manhosa,dengosa,
que pudéssemos controlar a mão divina, não veio...Chegou sim, a chuva de
alerta,de raiva, a chuva forte que a mão do homem não pode conter..Jogaram a
culpa no coitado do S.José..fazer o quê ? Diz o ditado dos antigos que “ a água
leva e água lava”...Lava a alma e o corpo, lava nossas verdades, como também
lava nossas mentiras.