Não é tarefa fácil classificar o cidadão Luiz Gonzaga de Oliveira, o "Marques do Cassu".Era assim que eu cumprimentava, ou melhor, que reverenciava. O caminho menos penoso seria rotulá-lo de jornalista, pela paixão que devota à profissão. Soube dar conta do recado, colaborando, informando, registrando acontecimento e opinando construtivamente sobre a vida social uberabense. Mas o cronista, o desportista, o escritor, o advogado, o professor, o botafoguense, o zelo que sempre demonstrou para com toda a família e amigos, o amante apaixonado da música, da literatura e da natureza.
Luiz Gonzaga de Oliveira, o "Marques do Cassu" Foto/Divulgação.
O cumprimento, sempre respeitoso e afetivo, era fruto da minha admiração por aquela figura serena, bem-humorada, que parecia se divertir com o mundo onde conseguia enxergar a natureza em toda a sua plenitude.
Desde que o conheci, admirei nele essa postura sábia diante da vida. Refletida sempre no rosto iluminado por um suave sorriso de acolhimento, a sintetizar o propósito maior da transcendência de ser, no minimalismo de cada gesto. Via o que os outros não veem e era capaz de fazer uma crônica.
Dizem que o tempo passa rápido – e passa mesmo. Principalmente nos dias atuais, de vida corrida, quase frenética. Apenas os muito jovens talvez não sintam essa rapidez do tempo, tão cheios de futuro estão os que ainda não sentiram o peso da existência. Ter saudade é bom. Só o ser humano tem saudade.
Saudade é fome de presença. Imenso Gonzaga. Mestre na mistura de palavras com sentimento. Cá do fim da fila, o meu aplauso permanente. Estaremos em sintonia nas melhores frequência.
A toda a família e amigos, nossas mais elevadas vibrações de paz, amor e luz. Uberaba, 23 de outubro de 2021.
Antônio Carlos Prata