sexta-feira, 11 de setembro de 2020

AS MULHERES NO COLUNISMO SOCIAL

Oi, turma !( Gratidão é uma palavra que vem do fundo coração !)

Depois de Iná de Souza, no “O Triângulo”, Leila Venceslau, “Roxana”, no “O Triângulo – Faixa Azul”, Uberaba ficou uma boa temporada sem as mulheres à ocuparem espaços nos jornais e rádios, divulgando os acontecimentos sociais da santa terrinha. Iná de Souza, a precursora de tal atividade no jornal, tornou-se pioneira no rádio. Na “Difusora”, em 1956, ao lado de Joel Lóes, apresentou durante algum tempo, o programa social “Mesa de Pista”. Só encerrou sua carreira no rádio, quando aí, encontrou seu “ Principe Encantado”; locutor da emissora e estudante de Odontologia: Pedro Sarkis, de família de radialistas. Irmão de Adib e Raimundo Sarkis, tio do excelente e atuante Paulo Sarkis , cunhado de Toninho dos Santos, grande voz do rádio uberabense, no passado. Formado, casaram-se e transferiram-se para São Paulo, onde constituíram família. Estava encerrada a primeira etapa da “ sociedade no rádio”...

Em 1962 , novamente a “Difusora”, lança o excelente programa “Encontro com Marina”, cuja titular, Marina Marquez, figura de proa da juventude uberabense e uma das moças mais bonitas que Uberaba já conheceu. Pertencente a elite local, Marina, era de uma simplicidade contagiante. “Fazia” o programa como se fosse uma veterana. Entrevistava personalidades que visitavam a cidade ( cantores, atores, autores, músicos), com categoria ímpar. Aliada a essa condição, transmitia eventos, até então, nunca realizados na terrinha. Só cessou sua atividade quando desposou o médico Wandir Ferreira de Souza, ambos, de saudosa memória.

Mesmo com a chegada do “Jornal de Uberaba”, Paulo Silva, continuou dando as cartas no “Jornal da Manhã”, com a classe que Deus lhe deu. Teve a auxiliá-lo nas lides diárias e noticias “quentes”, a jovem Vera Arantes Campos, a “Trancinha”, durante algum tempo. Depois dela, uma mocinha, ainda estudante de jornalismo e posteriormente, Direito, faro jornalístico inato, Lidia Prata, que assinava “Larissa”, bem antes da filha Larissa ( que, hoje, também escreve no jornal...)ser sua dileta filha.

No “Lavoura”, Netinho, ops! “Galileu”, comandava a banda! Combalido com um diabetes que lhe fazia companhia, teve o apoio de uma das netas. Inteligente, brilhante, com os pais e avós. O “Observatório”, não morreu. Continua vivo na memória de todos nós, uberabenses. Em 1985, Fabiano Fidélis, retornando de Brasilia, onde fez morada por muitos anos, tendo como sócio seu amigo-irmão, Jayme Moisés, fundaram o “Jornal de Uberaba”, que veio para ficar.

Moderno, maquinário atual, teve à assinar sua coluna social, uma das moças cultas, capazes e empreendedoras da cidade, Virginia Abdalla. O sucesso, como era de se esperar, não tardou. Virginia, se superou. A coluna, se incorporou no hábito do leitor uberabense. Com razão. Com os percalços naturais que estamos atravessando, mesmo antevendo dificuldades, Fabiano e Jayme, convidaram outra notável personagem da vida social, cultural e financeira de Uberaba, a se incorporar ao jornal. Olésia Borges, família tradicional da terrinha, escreve com maestria, inteligência e simplicidade, os acontecimentos diários da sacrossanta terrinha. E como ...!

À época do jornalismo eletrônico, quase tudo mudou. Inclusive o papel. A “moda é a internet”. Espero que não tenha afetado o gosto pela leitura, o interesse pela noticia, a crítica e o elogio, próprios da sagrada missão de informar. Honesta e decentemente. Encerro, amanhã, minha peregrinação nesse terreno de areia tão movediça, lembrando os primeiros grandes nomes do colunismo social do Brasil. Até lá. Abraços do “ Marquez do Cassú”.