O que pesa sobre o idoso
Não são os anos em suas costas
São as condições de um viver impiedoso
Que certamente a ele são impostas
Quem vivia liderando
Perde o trono de excelência
Não está mais no comando
Passa a dever obediência
Ocupa o posto de ocioso
Se não lutar para se independer
Acabará num mundo doloroso
Onde só espera o dia de morrer
Agora é visto como ultrapassado
Sua herança vira cobiça
Tendo recursos e saúde é aturado
Não tendo morre; eis a premissa
Mas antes da morte há opções
De encerrar a jornada dignamente
Ou vai para o asilo curtir emoções
Ou em casa declina lentamente.
Feliz do idoso que não envelhece
Que acumula histórias para contar
Ao saber que sua obra não fenece
Sua missão sem ser estorvo poderá encerrar
(*)-João Eurípedes Sabino
Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Cidade
de Uberaba