EPISÓDIO
4 - O TEATRO ABOLICIONISTA EM UBERABA
(segunda
e última parte)
A
Sociedade Dramatica Abolicionista
A
S.D. Abolicionista teve curta duração. No jornal Gazeta de Uberaba, ela aparece
em fins de 1883 e desaparece em 1884(pelo que sei até agora).
Nesse
período, a companhia teatral apresentou:
Dramas:
“Caetaninho ou o Tempo Colonial” e “A Nobreza do Artista”.
Comédias:
“Trinta Botões”, “A Pupila”,do autor local, João Ludovice; “Um Marido em Suores
Frios”, “Operarios em Greve”, “A Costureira”, “A Esperteza de Rato” e “Amanhã
vou Pedil-la”.
Em
sua diretoria, trabalhadores intelectuais da melhor qualidade: Belmiro
Villarouco, João Fernandes, João Julio Vianna, Joaquim Ignacio de Souza Lima,
Lafayette de Toledo e Manoel Felippe de Souza( um dos primeiros espíritas e
socialistas declarados de Uberaba). Em palco, além daqueles que os jornais não
citam, aparece D. Mariquinhas, esposa de Belmiro.
Se
o tempo foi curto, os benefícios que essas pessoas produziram foram enormes.
Elas dignificam a Arte do Teatro.
Copio
as palavras do Gazeta de Uberaba, de 15 de março - 1884:
“[...]
Esta sociedade, composta de alguns moços desta cidade, é digno de louvores e de
animação, por concorrer com seu trabalho intelectual para a redenção de nossos
irmãos, os captivos. Avante. Que não lhe faltarão as bênçãos dos seus
protegidos e os aplausos da posteridade”.
Obs: conserva-se, no texto, alguns vocábulos com
a ortografia da época .
Miguel
Jacob Neto