terça-feira, 8 de agosto de 2017

Arquivo Público de Uberaba digitaliza originais de Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus
Nesta quarta-feira (28), o Arquivo Público de Uberaba recebeu o secretário de Cultura e Turismo de Sacramento, que disponibilizou a coleção de obras originais da escritora Carolina de Maria de Jesus para ser digitalizados. A ação é fruto de uma parceria firmada entre a Prefeitura de Uberaba/Secretaria de Governo por meio do Arquico Público, com a Prefeitura de Sacramento, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo/Arquivo Público Municipal Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswik.

O pesquisador do Arquivo Público de Uberaba, Miguel Jacob Neto, destacou a importância de poder digitalizar esse material que será disponibilizado para os interessados em pesquisar sobre a obra da escritora e também poderá ser utilizado para pesquisas internas do arquivo. “É muito importante essa parceria entre os municípios para que haja o estreitamento entre os Arquivos Públicos que só tem a se facilitar o acesso a informações e o desenvolvimento de pesquisas”, pontua Miguel.

De acordo com o Secretário de Cultura e Turismo de Sacramento, Carlos Alberto Cerchi, o material está no arquivo de Sacramento desde 1990, doado pela filha da Carolina. “Com a digitalização esperamos socializar o trabalho da Carolina Maria de Jesus, que é uma autora muito conhecida internacionalmente tendo suas obras traduzidas em mais de 15 idiomas e comercializada em mais de 60 países”, destaca Cerchi.

Estão sendo digitalizados 37 cadernos brochura, que foram manuscritos por Carolina, onde estão obras inéditas contendo peças teatrais, romances, diários, composições de musica, poemas, enfim, uma gama de trabalhos não publicados. Também serão digitalizados os originais dos livros, Pedaço da Fome e Casa de Alvenaria, que não são mais encontrados no mercado.

A responsável pelo Arquivo Público de Sacramento, Eliana Garcia Vilas Boas, pontuou ainda a importância desse material, como um arquivo pessoal físico, onde inclusive os rascunhos estão preservados para análise da obra da autora. “Hoje com os arquivos digitais, na maioria das vezes você apaga o rascunho sobrando apenas o produto final. Já nos arquivos físicos, temos o rascunho e original, o que é uma fonte muito rica para os pesquisadores”, ressalta Boas.

Esse trabalho está sendo realizado para democratizar o acervo de Carolina Maria de Jesus, uma vez que, desde seu centenário em 2014, uma corrente de pesquisadores tem defendido que a autora seja pesquisada em suas obras inéditas, até mesmo para que eles possam desvendar novas facetas de Carolina.

Jorn. Natália Melo
Comunicação PMU