segunda-feira, 10 de julho de 2017

Jorge Henrique Prata Soares

Pratinha e Molinar

     APRECIAVA MÚSICA E CULTURA. ASSIM, PIONEIRO PROMOVEU E ORGANIZOU O CHAPADÃO EM 1966, ANTES DOS FESTIVAIS DA TV RECORD.

JORNALISMO FOI SUA PROFISSÃO. TEVE SEU JORNAL, O "UAI", QUE CIRCULOU NOS ÔNIBUS, NO MEIO DA MASSA, FALANDO SUA LÍNGUA. FOI CANDIDATO A VEREADOR E DIRIGENTE SINDICAL. SEMPRE À ESQUERDA. MAS, SEU PRAZER ERA SER BUTEQUEIRO. TEVE TRÊS BARES NOS QUAIS SERVIA CULTURA À LA CARTE.

DESCOBRIU-SE PESQUISADOR E ESCRITOR AO REVELAR AS IMAGENS E A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA PARA O BRASIL CENTRAL, DO SÉCULO 19, DE SEU BISAVÔ MATERNO, O FOTÓGRAFO JUCA SEVERINO.

CURTIA A UBERABA DOS FESTIVAIS DE MÚSICA E OS AMIGOS, MAS FOI VIVER SEUS ÚLTIMOS TEMPOS EM UBERLÂNDIA. DESCOBRIU AOS 56 ANOS SUA APTIDÃO, SEU TALENTO: JARDINAGEM. AMANTE E ESTUDIOSO DAS FLORES, DO VERDE, DA NATUREZA. REFUGIADO, SEMEOU SEU PARAÍSO NO CONDOMÍNIO DE CHÁCARAS MANSÕES AEROPORTO.

NO SEU ÚLTIMO DIA, SUAS CRIAS, EXIBINDO INÚMERAS CORES, VITALIDADE E A DOÇURA DAS FRUTAS, AGRADECIAM AO JARDINEIRO FIEL A DEDICAÇÃO AMOROSA ADUBADA E CULTIVADA SOB SOL ESCALDANTE, DIARIAMENTE, NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS. AS CACHORRAS COMPANHEIRAS, ARATI E BELA, NÃO MAIS OUVIRAM AS BRONCAS. SENTIRAM E CELEBRARAM EM SILÊNCIO A AUSÊNCIA DO AMIGO FIEL.



12 de dezembro de 2010



OBS: As cachorras morreram logo depois...



Jornalista Luiz Alberto Molinar