Brasão Municipal
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Escudo
Redondo Português, encimado pela coroa mural, distintivo das cidades. Em capo
vermelho (de goles), uma faixa prata ao início do escudo, simboliza o rio de
água brilhante, o Y-berab, de onde procede o nome de Uberaba. Uma asna, também
de prata, conjugada à faixa, deixa no campo do escudo uma área irregularmente
triangular que simboliza o Triângulo Mineiro e onde estampam cinco estrelas de
prata, postas em aspa, das quais a do centro, é a maior e uma coroa de príncipe
alto próxima ao vértice da asna. – Simbolizam as cinco estrelas as principais
cidades da região do Triângulo Mineiro, e a maior recorda a primeira de
Uberaba. – Quanto à coroa de príncipe, rememora ela a antonomásia já antiga
hoje secular, atribuída a Uberaba: “princesa do sertão”.
Na
parte inferior do escudo um touro zebu de ouro, com patas dianteiras erguidas
“possante” ou “furioso”, como se diz em tecnologia heráldica – Recorda – papel
notável e a riqueza criada pela importação do gado indiano no centro principal
de Uberaba, por iniciativa uberabense.
No
listal, em letras de vermelho (de goles), sob fundo de prata, se inscreve a
divisa escolhida para a cidade: – “indefesse pro brasilia”. – Ao listal enramam
hastes de cana de arroz, ao natural, recordando as principais culturas do
município.
Como
“tenente” do escudo figuram, à “destra”, um oficial de milícia mineira, em
princípios do século XIX, e um soldado com o uniforme dos Voluntários da
Pátria, na campanha do Paraguai, equipado em ordem de marcha. – O oficial de
milícias, envergando o seu uniforme característico, recorda os fundadores do
“Sertão da Farinha Podre” e especialmente o sargento-mor Antônio Eustáquio da
Silva e Oliveira, o principal fundador de Uberaba.
O
soldado do “17 de Voluntários Mineiros” relembra que Uberaba foi o campo de
guarnição das forças que fizeram a campanha de Mato Grosso e a Retirada da
Laguna, operação de guerra de que comparticipariam muitos de seus filhos e do
Triângulo Mineiro com real patriotismo, nas fileiras de “17 de Voluntários” e
outros corpos.
Sobre
a parte central da coroa mural vê-se um escudete com as pechas simbólicas de
São Sebastião e as chagas de Cristo da ordem de São Francisco a que pertenceu
Santo Antônio. Relembram estes atributos os oragos da cidade e do município.
PONTES,
Hildebrando. História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central. Uberaba,
Academia de Letras do Triângulo Mineiro, 1970. p. 1.
Lei
n. 582 de 11 de maio de 1928