Praça Rui Barbosa
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Década:
1930
É
o mais antigo logradouro público de Uberaba, pois, foi na sua parte inferior
que se começou a edificação do primeiro prédio que Uberaba teve. Dele partem as
seguintes ruas, a saber, canto inferior direito, a Coronel Manuel Borges;
centro, a Artur Machado. Esquerda, a Vigário Silva, lado sul, ao meio, a rua de
Santo Antônio. Canto superior direito, a rua Olegário Maciel e superior
esquerdo, a rua Tristão de Castro; lado norte, no meio, a rua São Sebastião. É
inteiramente calçada a paralelepípedos e com luxuoso jardim à frente da
Catedral do Bispado. Nos alinhamentos em diferentes lugares ficam o Paço
Municipal, hoje Prefeitura, o Teatro São Luís e custosos prédios particulares.
Primitivamente chamava-se ‘Largo’, mais tarde ‘Largo da Matriz Nova’, ‘Largo da
Matriz’, praça ‘Afonso Pena’ (1894-1916) e finalmente praça Rui Barbosa.”
(PONTES, 1970, p.287).
Após
a instalação da Câmara Municipal da Vila de Santo Antônio de Uberaba, no Largo
da Matriz, em 1837, foi autorizada, ali, pelos vereadores, a construção de um
chafariz. A água viria do ‘olho d’água do Indaiá’, conduzida por bicas de
tábuas. O chafariz foi um fracasso, a água não veio, e o povo o apelidou de
‘catacumba seca’.
Em
1882, o professor Cecílio Antônio da Silva iniciou uma campanha, no seu
jornalzinho “A Violeta”, para ajardinar o ‘Largo’ já que esta era uma
preocupação constante, sem nada conseguir. Em 1885, no mesmo local, foi
construído um segundo chafariz, com peças metálicas, circundado por um tanque
de tijolos, tendo nos fustes cabeças de leão, jorrando água para a frente
leste. Havia ali, ainda, um belo cruzeiro, construído inicialmente pelo
carpinteiro, Joaquim Francisco Ananias e concluído pelo artista alemão,
Fernando Ankerckrone, que foi demolido em 1896, por ordens do Cônego Aurélio de
Sousa.
Em
1894, José Augusto de Paiva Teixeira (Cazuza), através do jornal ‘A Gazetinha’,
retomou a idéia de ajardinar a Praça, que foi aceita pelo Governo Municipal,
Dr. Gabriel Teixeira Junqueira. A inauguração do jardim se deu em 15 de abril
de 1894. Era cercado por arame farpado, contornado por um grosseiro passeio de
pedra Tapiocanga. As plantas e as árvores cresceram, tornou-se um bosque
perfeito, sendo apelidado de ‘Capão Municipal’, pelo povo.
Em
1906, o Largo da Matriz, agora, com o seu jardim formado, passou a ter
denominação de ‘Praça Afonso Pena’.
Em
1911, na administração do Dr. Felipe Aché, o coreto foi transferido para o
jardim central da Cidade de Veríssimo – MG, sendo armado em seu lugar um outro,
metálico, de forma hexagonal. Na gestão do Dr. Silvino Pacheco Araújo,
substituiu-se o coreto por um outro de cimento armado. Ergueu-se também, no
lugar da fonte d’água, uma estátua de Cristo. A Praça passou a ter a
denominação de ‘Praça Rui Barbosa’.
Na
década de 1920 foi remodelada, sendo plantadas palmeiras imperiais e lindas
árvores.
Na
gestão do Dr. Whady José Nassif, sofreu outra remodelação, perdendo o coreto,
as árvores e as palmeiras imperiais. A Coluna de Cristo permaneceu. Foi erguido
um monumento em homenagem ao Governador de Estado de Minas, Dr. Benedito
Valadares, pelos benefícios por ele prestados à comunidade.
Por
ocasião do Centenário da cidade, 1956, o prefeito Arthur de Melo Teixeira fez
novas modificações na Praça Rui Barbosa. Conservou os monumentos já erguidos e
construiu uma fonte luminosa. O calçamento de paralelepípedo foi substituído
por bloquetes. A Colônia Sírio- Libanesa ofereceu à cidade uma Estátua de seu
fundador, Major Eustáquio, erguida na Praça. Também, nesta época, foi colocada
uma coluna, com o busto do Presidente Juscelino Kubistchek.
A
partir de 1967, o Prefeito Municipal Dr. João Guido, transformou a Praça Rui
Barbosa em estacionamento de automóveis. Desta vez a Coluna de Cristo foi
retirada , sendo transferida para a Av. Presidente Vargas. Os outros monumentos
foram mantidos.
Em
30 de Abril de 1971, o Prefeito Arnaldo Rosa Prata inaugurou, na praça, uma
Galeria de Artes e Sanitários Públicos.
Na
década de 1980, de estacionamento de automóveis, passou a ser terminal de
ônibus coletivos. Amontoaram-se ali uma infinidade de camelôs.
Em
novembro de 1990, retornou a estacionamento de automóveis. Em 1992, passou por
uma nova reforma sendo arborizada, com coreto e cascata, lanchonete, banca de
revistas, sanitários públicos e longos passeios construídos com pedra
portuguesa em preto e branco. Os primeiros monumentos foram retirados. O
projeto foi do arquiteto-paisagista Ricardo Ney Ururahy (BLANCATO, 1992
Foto:
Postal Colombo