Edson Gonçalves Prata. |
Edson Gonçalves Prata nasceu em 1927, em Conceição das
Alagoas, MG.
Filho de Ranulfo Gonçalves Prata e Marieta de Sene Prata.
Aos cinco anos de idade, após a morte do pai, veio para
Uberaba com a mãe e os irmãos para estudar.
Nos primeiros anos residindo na cidade, Edson Prata
trabalhou como entregador da Farmácia Santa Teresinha, cujo salário era
indispensável ao sustento da família. Anos mais tarde, deixou o setor de
entregas para tornar-se caixa da farmácia. Incentivado pelo patrão, fez o curso
tEdson Gonçalves Prataécnico na Escola de Comércio José Bonifácio, onde se
formou técnico em contabilidade. Com o diploma em mãos, conseguiu emprego de
bancário, no extinto Banco do Triângulo Mineiro.
Mais tarde, tendo sido aprovado em primeiro lugar em
concurso público em nível nacional, ingressou no Banco do Brasil.
Graduou-se em Direito, na primeira turma da
recém-implanta-da Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, escola esta que
foi um dos sustentáculos da Universidade de Uberaba.
Foi professor universitário nesta Escola de Direito, na
Universidade Federal do Triângulo Mineiro e na Faculdades Integradas Santo
Tomás de Aquino, advogado militante, membro efetivo do Instituto dos Advogados
de Minas Gerais. Fundador e redator da Revista Brasileira de Direito Processual
Edson Prata atuou igualmente como colaborador em diversas obras jurídicas,
dentre as quais o Digesto de Processo, marco nas letras jurídicas brasileiras,
e várias obras estrangeiras, em especial de língua espanhola e italiana.
Na área empresarial, Edson Prata foi responsável direto pela
fundação do Jornal da Manhã, em 1972 diário que sucedeu o extinto “Correio
Católico”, o mais antigo jornal uberabense em atividade naquela época. Foi
presidente deste Jornal até 1990.
Na década de 1970 Edson Prata fundou a Editora Vitória
Ltda., em Uberaba, objetivando editar as revistas e livros jurídicos de sua
autoria e de autoria de vários outros juristas de projeção nacional.
Ocupou a cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Direito
Processual Civil, da qual é patrono.
Foi também fundador e primeiro presidente do Instituto dos
Advogados de Minas Gerais e membro-fundador da Academia de Letras do Triângulo
Mineiro, onde ocupou a Cadeira nº 27.
Foi contista, jornalista e conferencista, crítico literário
e, autêntico homem de letras, que se destacou pela pureza de estilo, pela
beleza de imagens, pelas admiráveis descrições e pela segurança das análises
psicológicas. O seu livro Contos Miúdos revela as qualidades de prosador.
Foi casado por mais de quatro décadas com Aparecida Damas de
Oliveira Prata.
Faleceu em 16 de setembro de 1990.
Fonte: Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica
de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública
Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 73 p
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