Ruy Barbosa de Oliveira |
“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado.”
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RUY BARBOSA DE OLIVEIRA – Político brasileiro (Salvador BA 1849 – Petrópolis RJ 1923), bacharel. Iniciou-se no jornalismo como colaborador do Diário da Bahia, pugnando pela abolição da escravidão. Conheceu notoriedade ao publicar uma tradução da obra ‘O para e o Concílio’, de Doelinger, contra o dogma da infalibilidade do papa: a sua introdução-prefácio, mais volumosa do que a obra traduzida, era um libelo contra a situação no Brasil ante a chamada Questão Religiosa (1877).
Deputado geral em 1879, veio a destacar-se em 1881 na elaboração da reforma eleitoral (voto direto) e em diversos pareceres emitidos sobre problemas do ensino (1882-1883) e sobre o elemento servil.
Em 1889, passou a pregar o regime federativo de governo. Ao proclamar-se a República, ocupou os cargos de vice-chefe do governo provisório e ministro da Fazenda. Foi responsável pelo plano de desenvolvimento econômico denominado Encilhamento.
Com a dissolução do Congresso pelo marechal Deodoro da Fonseca, passou à oposição. Apontado como rebelde em 1893, viu-se na contingência de exilar-se em Buenos Aires, Lisboa e Paris, e, afinal, em Londres, de onde remetia para jornais brasileiros opiniões sobre fatos e coisas do Velho Mundo (Cartas da Inglaterra).
Em 1895, voltou para o Brasil. Em 1907, aceitou o convite do barão do Rio Branco, então ministro do Exterior, para representar o Brasil junto à segunda Conferência de Paz, em Haia.
No Senado, participou da votação do projeto de código civil, devido a Clóvis Bevilacqua, ao qual opôs numerosas emendas, atinentes sobretudo à redação. Daí se originou famosa polêmica com Carneiro Ribeiro, que se havia incumbido de rever o texto do projeto. Dessa polêmica nasceu a ‘Réplica’.
Em 1910, disputou com marechal Hermes da Fonseca a presidência da República, realizando a campanha civilista. Em 1914, foi outra vez candidato à presidência da República, mas desistiu do pleito. Em 1919, entretanto, competia outra vez, contra Epitácio Pessoa. Em 1920, liderou a reação política do seu Estado, mas terminou por afastar-se definitivamente da política. Nesse ano, integrou a Corte Permanente Internacional de Justiça.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Sua atuação como advogado, sobretudo ante o Supremo Tribunal Federal, na consecução dos primeiros habeas corpus no país, é memorável.
Obras publicadas, entre muitas outras: O elogio a Castro Alves (1881), José Bonifácio (1887), Swift (1887), Visita à terra natal (1893), Cartas de Inglaterra (1896), Parecer sobre a redação do Código Civil Brasileiro (1902), Réplica (1903), Discursos e conferências (1907), Oração fúnebres a Machado de Assis (1908), Anatole France (1909), Osvaldo Cruz (1919), Oração aos moços (1920), Queda do Império (1921), Oração de apóstolo (1923).
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RUY BARBOSA DE OLIVEIRA – Político brasileiro (Salvador BA 1849 – Petrópolis RJ 1923), bacharel. Iniciou-se no jornalismo como colaborador do Diário da Bahia, pugnando pela abolição da escravidão. Conheceu notoriedade ao publicar uma tradução da obra ‘O para e o Concílio’, de Doelinger, contra o dogma da infalibilidade do papa: a sua introdução-prefácio, mais volumosa do que a obra traduzida, era um libelo contra a situação no Brasil ante a chamada Questão Religiosa (1877).
Deputado geral em 1879, veio a destacar-se em 1881 na elaboração da reforma eleitoral (voto direto) e em diversos pareceres emitidos sobre problemas do ensino (1882-1883) e sobre o elemento servil.
Em 1889, passou a pregar o regime federativo de governo. Ao proclamar-se a República, ocupou os cargos de vice-chefe do governo provisório e ministro da Fazenda. Foi responsável pelo plano de desenvolvimento econômico denominado Encilhamento.
Com a dissolução do Congresso pelo marechal Deodoro da Fonseca, passou à oposição. Apontado como rebelde em 1893, viu-se na contingência de exilar-se em Buenos Aires, Lisboa e Paris, e, afinal, em Londres, de onde remetia para jornais brasileiros opiniões sobre fatos e coisas do Velho Mundo (Cartas da Inglaterra).
Em 1895, voltou para o Brasil. Em 1907, aceitou o convite do barão do Rio Branco, então ministro do Exterior, para representar o Brasil junto à segunda Conferência de Paz, em Haia.
No Senado, participou da votação do projeto de código civil, devido a Clóvis Bevilacqua, ao qual opôs numerosas emendas, atinentes sobretudo à redação. Daí se originou famosa polêmica com Carneiro Ribeiro, que se havia incumbido de rever o texto do projeto. Dessa polêmica nasceu a ‘Réplica’.
Em 1910, disputou com marechal Hermes da Fonseca a presidência da República, realizando a campanha civilista. Em 1914, foi outra vez candidato à presidência da República, mas desistiu do pleito. Em 1919, entretanto, competia outra vez, contra Epitácio Pessoa. Em 1920, liderou a reação política do seu Estado, mas terminou por afastar-se definitivamente da política. Nesse ano, integrou a Corte Permanente Internacional de Justiça.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Sua atuação como advogado, sobretudo ante o Supremo Tribunal Federal, na consecução dos primeiros habeas corpus no país, é memorável.
Obras publicadas, entre muitas outras: O elogio a Castro Alves (1881), José Bonifácio (1887), Swift (1887), Visita à terra natal (1893), Cartas de Inglaterra (1896), Parecer sobre a redação do Código Civil Brasileiro (1902), Réplica (1903), Discursos e conferências (1907), Oração fúnebres a Machado de Assis (1908), Anatole France (1909), Osvaldo Cruz (1919), Oração aos moços (1920), Queda do Império (1921), Oração de apóstolo (1923).
Fonte: Enciclopédia Larousse Cultural