A quinta amanheceu entre trovoadas políticas, “podres poderes”, pobres poderes, farpas corruptas, faíscas mentirosas, palavras duvidosas, cisão. Resolvi, pois, enviar, não mais pelos Correios; mas, por aqui, este meu “poemeuzinho” telegráfico.
ECT
Mando-lhe,
pelo canal do tempo,
meus poemas escondidos,
minha palavras amarradas,
meus anos esquecidos.
Mando-lhe, também,
meu envelope de sonhos,
meu grito preso na garganta,
minhas dúvidas diuturnas.
Finalmente,
mando-lhe, via estrelas,
minha ternura mais pura,
nada mais..
Zé Maria Madureira