domingo, 1 de janeiro de 2017

ECT


A quinta amanheceu entre trovoadas políticas, “podres poderes”, pobres poderes, farpas corruptas, faíscas mentirosas, palavras duvidosas, cisão. Resolvi, pois, enviar, não mais pelos Correios; mas, por aqui, este meu “poemeuzinho” telegráfico.


ECT


Mando-lhe,

pelo canal do tempo,

meus poemas escondidos,

minha palavras amarradas,

meus anos esquecidos.

Mando-lhe, também,

meu envelope de sonhos,

meu grito preso na garganta,

minhas dúvidas diuturnas.

Finalmente,

mando-lhe, via estrelas,

minha ternura mais pura,

nada mais..






Zé Maria Madureira