terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ANTIGAMENTE ELE ERA APENAS O MASSAGISTA

Antigamente ele era apenas o massagista. A figura do pombo correio, mensageiro das ordens do treinador ao jogador em campo, sempre ganhou destaque no chamado grupo “ dos que não jogam , simplesmente dirigem “. Massagista que não contava com a simpatia do treinador, tinha 2 alternativas;mudava de clube ou abandonava a profissão. O mais famoso dos massagistas brasileiros foi, inegavelmente, Mário Américo,ex-Portuguesa de Desportos e, depois, 20 anos de Vasco da Gama e bi-campeão mundial (58 e 62). Pelas nossas “bandas”, conheci 3 que fizeram história e se tornaram famosos: Tupy, Xin e Aldair Martins. Cada um na sua época. Só que, hoje, massagista mudou de nome. Não sei se em função da ampliação de suas atividades no departamento médico do clube ou se por esnobação ou frescura. Massagista, atualmente, é chamado de “enfermeiro”. È mais clássico. Dá mais “status”. Dos 3, pela singeleza, educação e humildade no trato pessoal, o que mais deixou saudade foi o Tupy. Veio para Uberaba pelas mãos do lendário treinador Dorival Knipell, o Yustrich, um dos mais famosos do Brasil e que treinou o Uberaba Sport. Tupy, ficou na terrinha o tempo que quiís. Certa ocasião, trabalhando com Hector Roberto Grita, um dos melhores treinadores que passaram pelo futebol local, Tupy e Grita, foram convidados pelo saudoso Anísio Cury, outra figura lendária do nosso esporte, a “tomar umas e outras” na “boite Luna”, da querida e sempre saudosa tia Lêda, eterna companheira do grande Anisio. . Excelente cozinheira, tia Lêda, ofereceu-lhes uma suculenta e apetitosa rãzada. Escolheu as mais gordinhas, tempero ao ponto, rã à passarinho, rã à milanesa, além da tradicional cachacinha e muita cerveja. Tupy, afirmava, passara uma das melhores noites da sua vida boêmia. Uns 15 dias depois, terminado um treino do USC, Tupy puxa Grita pelo braço e cochichou no seu ouvido:”-Chefe, ‘guenta a mão, logo mais vamos ter nova rãzada”. Mais que depressa, Grita, liberou a moçada para chegar ao estádio, onde se alojavam sem hora marcada. Tupy esmerou naquela baciada. Comeram e beberam a fartar-se.Madrugada fatal ! Pouca sorte, de manhãzinha, Tupy e Grita, baixaram hospital. Bolotas vermelhas apareciam por todo o corpo. Um que vomita, o outro respondia…Um ia no vaso sanitário, o outro corria também. O que um queixava, o outro também. Foram ao desespero. O exame médico.dias depois, constatou:estavam literalmente intoxicados…Por quê? Tupy, não conhecendo e, muito menos sabendo diferenciar sapo de rã, matou todos os sapos que coaxavam no velho estádio “Boulanger Pucci” e adjacências…
Meus votos de feliz inicio de semana.


Luiz Gonzaga de Oliveira