Nasci na época em que Uberaba tinha a maior parte de suas ruas de bairro sem calçamento. Era pura terra e buracos prá todo lado. As famílias sentavam à porta das casas, ouvia rádio e a meninada brincava de “pique” e “cruzada”. A preocupação com a segurança era mínima.Hoje em dia, quem diria !, a situação caminha de mal a pior. Roubos, furtos, assaltos, drogas, juventude transviada, políticos desonestos e corruptos, empresários que lesam os cofres públicos, empreiteiros inescrupulosos, homossexualidade oficializada, prostituição escancarada, são fatos que se tornaram corriqueiros. Casamento praticamente acabou. A vez é de “amigação” ou “ficação(?)”Casamento é “gay”, homem com homem, mulher com mulher…”Soltar as amarras da tradição atrasada”, segundo afirmam.
Rouba-se e assalta-se, descaradamente, na frente das policias , que noticiam o delito, dão nomes dos bandidos e concluem nos boletins “ a policia foi atrás, mas, infelizmente, não conseguimos prendê-los”. A droga anda solta. Na rua, durante o dia, à noite, à porta das escolas, nos bares, festas e festinhas “funk”, forrós, reuniões sociais na periferia e, principalmente, nos salões enfeitados da granfinagem. A droga “corre solta”.
Os assaltos e roubos são tantos, a policia impotente, os donos de casas e condomínios, constroem um verdadeiro arsenal de segurança. Famílias recolhidas e bandidos nas ruas…Sair à pé para um inocente passeio na pracinha, já era… O mundo é outro. Formas de viver, totalmente diferente. A hora incerta, chegou. O crime não é mais privilégio das grandes cidades. Os desmandos, roubalheira, assaltos, acontecem , com freqüência, até nos lugares menores. Rouba-se de tudo. Caminhões, automóveis, motos, bicicletas, objetos pessoais, documentos, celulares, vão engordar os bolsos dos receptadores e o parco dinheiro dos larápios, direto para as drogas…Até cães de estimação são levados pelos bandidos.
Recentemente, uma cachorrinha foi levada da casa de um amigo meu. A esposa chorava sem mais parar. As filhas, amuadas no canto da sala.Os netos, em prantos. Até o sisudo marido, pai e avô, andava triste. Passados alguns meses, o ladrão foi preso e confessou a autoria do ato. Alegria na família, e lá foi o avô a buscar a cadelinha tão querida. Decepção, coitado!…A “infiel” cachorrinha, rejeitou todos os mimos do dono. Fugiu ,apavorada, e foi “aninhar-se”, comodamente, nos braços do ladrão e dalí não quis mais sair… Pode?
Luiz Gonzaga de Oliveira