quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

UBERABA, AO TEMPO QUE A MÚSICA ERA EXECUTADA POR INSTRUMENTOS MUSICAIS, AO VIVO, TEVE MAGNÍFICAS ORQUESTRAS.


O mundo avança celeremente. Tudo acontece muito rápido, “prafrentex”. Raramente se ouve ou vê comentários de grandes orquestras para bailes ou acontecimentos sociais. Nem vou lembrar em Ray Conniff, Tommy Dorsey, Glenn Miller, Harry James, Francisco Canaro, Miguel Caló e outras típicas mais. Contentar-me-ei em lembrar de Simonetti, Cipó, Tabajara, Valdir Calmon, Casino de Sevilha , que fizeram enorme sucesso e deixaram indeléveis marcas no calendário dos bailes brasileiros e por extensão ( e por que não?) suas apresentações nos clubes da santa terrinha…
Atualmente o que manda mesmo é a música eletrônica. Nos salões, boates e casas de dança, a “moda” é o “DJ”- abreviatura do inglês- “disck-jockey”, aquele rapaz ( ou moça )que se encarrega do som, da musica de sucesso e do “agito” da moçada…
Uberaba, ao tempo que a música era executada por instrumentos musicais, ao vivo, teve magníficas orquestras, Vilaça, “Glostora”, Chaguinha, “Docinho”, Miguelzinho Reis. Depois… bem, depois, vieram os “conjuntos” musicais da terrinha, alguns músicos importados. Todos com rótulo de sucesso. “Os Mugstones”, de quem falarei ,especificamente, amanhã, encantou o Brasil. Mais: Rosseti, hoje em Brasilia (DF), liderou um “senhor” conjunto:Geraldo Barão e Cristina Cabral, cantando; sopro e cordas com Gabriel, Jaime “Touro sentado”, Gibinha, Urano Silva, Helvecinho Almeida ( grande baterista !), deixaram saudade… O “Móbile 70”, grande rival do Rossetti, era formidável ! Andrézinho Novaes, Janinho, Osvaldinho, Zé Nilton, Djalminha, Dinho, Heli Rocha… “bons pacas”. Ligeira distensão no grupo e surge o “Som Especial 7”: Janinho, Dinho, André, “Pão Velho”, Irene, mais sucesso! O “Bossa 6”, também fez a juventude dançar, papear, namorar e “ficar” no “Chop-Center”, da Ângela Gutierrez, no inicio da Odilon Fernandes.. que acabou ( acabou porque, porque acabou?…)
Não dá prá esquecer o último grande conjunto da terrinha: o “Prisma”. Jorginho Zaidan, Andrézinho Novaes, Lumumba ( que grande sax !), Osvaldinho na bateria… Cantores bons nunca faltaram: Roberto Rodrigues, Maria Irene, Mara Foroni, Ivete, Marcelo Prado, Helinho Chaves…Não! Não dá prá esquecer esses artistas da música. Cabinho, com a sua excepcional banda.“Quem ousa discordar? Craques de uma grande geração de excelentes músicos !
Repito: agora vale a eletrônica. Aquele barulhão insuportável: bum, bum, bum, bum, que, mesmo a gente gritando, o outro (a) não consegue ouvir…
Não se “fazem” conjuntos e nem orquestras como antigamente. Nem por isso deixo de registrar que, na história de Uberaba, nossos músicos tiveram presença gloriosa, ainda que tenha eu omitido nomes e “trocado” em nome dos conjuntos em que atuaram.Perdoem-me.
Amanhã, lembro a grande trajetória d”Os Mugstones”. Até lá. Abraços do “Marquez”…
*Luiz Gonzaga de Oliveira