Tradição familiar de um século de atividades cientificas originou o Museu de História Natural Wilson Estevanovic, fundado em 01 de outubro de 1998 em Uberaba. Destinado à divulgação das ciências naturais, o museu possui acervo de mais de 28.000 (vinte e oito mil) peças catalogadas nas áreas de astronomia, arqueologia, anatomia, antropologia, egiptologia, geologia, paleontologia e biodiversidade.
Na astronomia, o museu possui o maior observatório astronômico do Brasil Central com dezoito telescópios profissionais de alta resolução e mantém mostra permanente de meteoritos, tectites e planetário, tendo criado até mesmo a Sociedade Astronômica de Uberaba com intuito de popularizar a astronomia na região.
A seção arqueológica compõe-se de artefatos de grupos pré-históricos, coleção da indústria lítica e cerâmica, machados, falos, pontas-de-lanças, urna mortuária, crânios de primatas e hominídeos, fósseis-australopítecos, homos erectus, neandertalensis e lagoasantensis.
A de anatomia é formada de mostra osteológica de seres humanos e animais silvestres e exóticos.
A seção antropológica contém representações artísticas de grupos africanos, indonésios, mongóis, mexicanos, marajoaras, maias e incas, além de máscaras morfológicas de Lampião, Maria Bonita e componentes do bando de cangaceiros nordestinos.
Os estudo egípcios (egiptologia) expõem sarcófago, múmia, papiros e artefatos.
Em geologia, o museu é rico em coleções de rochas, desde magma (lava vulcânica) a meteoritos, pedras preciosas e minerais.
O setor de paleontologia apresenta fósseis de todos os períodos geológicos (estrematólitos, trilobitas, dinossauros, mastodontes e âmbar com insetos), tendo replica de tiranossauro montada no próprio museu com mais de 04 (quatro) metros de altura.
Na seção de biodiversidade estão representadas todas as classes, principais famílias, ordens e espécies da fauna nacional e estrangeira, animais marinhos e terrestres.
Além disso, o museu conta com biblioteca e videoteca.
Conquanto tudo isso, o museu encontra-se desativado em Uberaba, privando a cidade e toda a região de acesso à incalculável riqueza museológica.
(do livro recém-lançado Informação Sobre Uberaba,
editado com recursos do Fundo Municipal de Cultura)
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Guido Bilharinho é advogado atuante em Uberaba, editor da revista internacional de poesia Dimensão de 1980 a 2000 e autor de livros de literatura (poesia, ficção e crítica literária), cinema (história e crítica), história do Brasil e regional.