I Congresso Eucarístico Diocesano |
O I Congresso Eucarístico Diocesano foi realizado em 1949, em Uberaba, por ocasião do decênio de ordenação episcopal de Dom Alexandre G.Amaral, na festa de Cristo-Rei. Como consequência direta do evento, foi possível a arrecadação de recursos que permitiria o estabelecimento da Igreja da Adoração Perpétua e sua entrega à congregação dos sacramentinos em 1951. No mesmo ano, de modo a celebrar a fundação da igreja, foi realizado o II Congresso Eucarístico que igualmente foi decisivo para constituir no fiel povo de Uberaba o hábito da adoração ao Santíssimo. Entretanto, seria em 1961 que aconteceria a maior edição do evento, ainda sob o episcopado do grande entusiasta Dom Alexandre, visto que nesse ano se comemoravam dez anos de fundação da Igreja da Adoração Perpétua. Tal foi a dimensão desse congresso que houve grande participação de religiosos e leigos em sua preparação, com a formação de quatorze comissões. O congresso teve oração e escudos próprios e o Jornal Correio Católico promoveu concurso popular com prêmios para a escolha do hino do Congresso, o que permitiu integrar ainda mais a comunidade uberabense. Nesse mesmo sentido, os alunos de todas as escolas do município foram convidados a participarem de uma competição de redação voltada ao tema do III Congresso: Ave verum corpus natum de Maria Virgine (Salve, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria) e foram dispensados das aulas no decorrer do Congresso de modo que pudessem preencher as fileiras das igrejas nos momentos de adoração. As autoridades foram também convocadas a participarem através de uma sessão solene na Câmara Municipal na qual Dom Alexandre conclamou a participação do poder público. Todas as seis paróquias que existiam naquele momento fizeram, por determinação episcopal, seus próprios congressos eucarísticos de modo a prepararem os fieis para o Congresso Diocesano que então sucederia, através de pregações direcionadas, adorações, vinda da imagem de Nossa Senhora de Água Suja e de conferências com padres, professores e teólogos. O encerramento do Congresso deu-se com a presença do então cardeal-arcebispo de São Paulo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em 29 de outubro de 1961.
Vitor Lacerda – Historiador.